Gabriela Tamura
Posted on

Os bastidores do programa 101 Dias de Inovação.

Era meados de 2018 quando começou a surgir uma pulga atrás da orelha dos WeGovers: em um cenário de troca de governo, como conseguimos contribuir com essa transição para que  a cultura de inovação esteja presente, os projetos inovadores do governo anterior não acabem e os novos tenham espaço de implementação?

Como gostamos de fazer por aqui, sentamos juntos para desenhar colaborativamente uma solução. Como ponto de partida, reafirmamos nossas premissas: para fazer a inovação acontecer é necessário que os agentes públicos se sintam empoderados; que tenham acesso às ideias e ações que possam ser replicadas e também que existam espaços de uma aproximação interinstitucional entre agentes públicos das esferas federais, estaduais e municipais e dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário.

Juntamos a elas um punhado de desejos: trazer exemplos de servidores e projetos que inovam na forma de pensar e fazer o serviço público; aproximar governo e cidadão para vencer os desafios da sociedade; mostrar ferramentas que ajudem no processo colaborativo; trazer pesquisas e mapeamentos no setor público e incentivar a inovação. E assim o 101 Dias de Inovação no Setor Público foi tomando forma, com a proposta de inspirar esses servidores na implementação de soluções reais em seu contexto de origem.

O programa

Do dia 01/01/2019 ao dia 11/04/2019, através do nosso modelo de aprendizado, o CRIE – Conceituar, Refletir, Implementar e Experimentar -, montamos uma programação de conteúdos enviados diariamente aos assinantes. Optamos por apresentar um panorama diverso de temáticas para que fosse aprofundado conforme o interesse do assinante em pesquisar mais a respeito. Foram vídeos, textos, webinars e podcasts feitos por nós e por mais de 50 convidados, entre pessoas e instituições, que contribuíram trazendo suas percepções ou produzindo conteúdos. Não podemos deixar de agradecer a todos esses produtores de conteúdo, como também aos patrocinadores, apoiadores e instituições assinantes, pela confiança e por terem sido aliados nessa missão. Como já sabemos: inovação não se faz sozinho.

Nosso programa inicialmente foi pensado e divulgado com o foco nos gestores públicos. No entanto, gestores públicos, servidores, professores, estudantes e cidadãos se inscreveram para receber o 101 Dias. Tivemos 7319 inscritos preocupados com o futuro do setor público. E ficamos maravilhados com essa diversidade de público. Para a inovação acontecer, precisamos de todos esses atores juntos na cocriação de soluções que melhorem a vida dos cidadãos.

Produzir o 101 Dias de Inovação nos aproximou de mais iniciativas e pessoas que visam trazer melhorias para a sociedade. O retorno e troca que tivemos ao longo do programa sobre a relevância desse conteúdo para repensar práticas, insights com a equipe de trabalho, aplicar as metodologias citadas, nos encheu de alegria.

Nossos parceiros cresceram e essa jornada sai dia 11/04/2019 dos e-mails para virar o desafio diário de todos nós. A WeGov deseja  incentivar o desenvolvimento contínuo, preparar pessoas para transformar algo. Vamos fazer a inovação acontecer?
Pelos próximos 264 dias inovadores!


Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

Gabriela Tamura
Posted on

Fechamos as inscrições com 6.712 participantes

Os primeiros dias de transição de governo são sempre um marco para a rotina da administração pública. Durante esse período, a imprensa geralmente direciona seu tempo para cobrir as primeiras ações dos políticos eleitos e seus times. Servidores públicos também constroem e confirmam suas expectativas de mudança.
Pensando nisso, a WeGov desenvolveu o programa 101 Dias de Inovação no Setor Público, que consiste em disponibilizar conteúdos web sobre inovação durante os 101 primeiros dias do ano de 2019.
O “101” é amplamente conhecido como o primeiro e mais básico conhecimento sobre qualquer coisa. É comumente visto em manuais ou em cursos para iniciantes, por exemplo. Por tal motivo, nós, da WeGov, criamos o programa para que os 101 primeiros dias do ano fossem recheados de conteúdos inovadores aos novos líderes públicos e suas equipes.
Todos os inscritos, em sua maioria servidores públicos, receberam (e continuam recebendo) conteúdos em vídeos, textos, webinars e podcasts focados em ajudá-los a transformar a realidade do setor público brasileiro. O conteúdo é entregue diariamente pelas manhãs, via email, e a assinatura foi gratuita.
Nós realmente acreditamos que a inovação é um ótimo recurso para as novas administrações públicas, e buscamos entregar o melhor que há para “capacitar” os novos líderes. O que nós não prevíamos, porém, foi o sucesso estrondoso que o programa alcançou.
Encerramos as inscrições do programa no dia 15 de fevereiro de 2019, com 6.721 inscritos. Foram 1.700 pessoas a mais do que planejávamos. Contamos com a assinatura institucional das seguintes instituições:

Instituições assinantes

  • Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
  • Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina
  • Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
  • Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo
  • Câmara de Vereadores de São Paulo
  • Câmara dos Deputados
  • Conselho Nacional de Justiça
  • Controladoria-Geral da União
  • Escola de Governo do Rio Grande do Norte
  • Fundação Instituto de Educação de Barueri
  • Gabinete Deputada Federal Luísa Canziani
  • Gabinete Deputado Federal Rodrigo Coelho
  • Governo do Estado do Rio Grande do Sul
  • Infraero
  • Inmetro
  • Instituto Hospital de Base de Brasília
  • Laboratório de Inovação do Governo do Espírito Santo
  • Justiça Federal de Santa Catarina
  • Justiça Federal do Espírito Santo
  • Justiça Federal do Rio Grande do Norte
  • Ministério Público de São Paulo
  • Prefeitura de Bento Gonçalves
  • Prefeitura de Lages
  • Prefeitura de Niterói
  • Prefeitura de Queluz
  • Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos do Espírito Santo
  • Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do Distrito Federal
  • Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina
  • Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas
  • Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
  • Senado Federal
  • Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo

Tivemos inscritos de todos os estados brasileiros, com maior concentração do Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. E, durante todo o processo, contamos com parceiros cruciais para o sucesso.
Nossos agradecimentos à Softplan e ao Institutito República, que patrocinaram o 101 Dias de Inovação. À Macroplan, IBM Brasil, BrazilLAB, Colab, R2OH e Apolitical, que apoiaram o programa através de suas redes.

E nosso maior agradecimento fica a todos 6.721 inscritos e inscritas do programa.

Achei o programa 101 Dias genial! Aliás, tudo que a WeGov faz facilita o processo de ensino, de aprendizagem e de troca de conhecimentos em temas importantes para a Administração Pública como inovação e coprodução, contribuindo para a formação de agentes públicos criativos e engajados na provisão do bem público. 

Vanessa Salm, professora de Administração Pública na UDESC

Obtivemos os melhores retornos possíveis, e saber que o 101 Dias de Inovação está sendo proveitoso para tanta pessoas nos faz acreditar que inovar é possível sim!

Muito mais do que 101 dias de conteúdo sobre inovação, são 101 Dias de Aprendizagem Real em Inovação! Conhecer casos, ter acesso a material variado e interessante, ouvir inovadores do setor público, como a Marília Assis e Adriana Aquini… Toda essa experiência oferecida pelo WeGov aumenta o nosso repertório e mostra o quão vasto, desafiador e complexo é o cenário de inovação no setor público. Sem dúvidas, uma ação que merece os parabéns e que cujo aprendizado oferecido perdurará muito além destes 101 primeiros dias de 2019.

Rodrigo Narciso, servidor público da Agência Nacional de Aviação Civi (ANAC)

E, claro, não poderíamos deixar de fechar as inscrições do programa com chave de ouro! No dia 08 de Fevereiro realizamos um evento sobre o 101 Dias, que reuniu autoridades públicas e inscritos do programa para discutir a pauta de inovação no governo. O evento aconteceu em Florianópolis, na sede da Softplan, com Moacir Marafon (Diretor-Executivo da Unidade de Gestão Pública da empresa) abrindo os trabalhos.
Trouxemos painelistas que expuseram sua visão de inovação nos três poderes: o deputado federal Rodrigo Coelho, representando o Legislativo; a juíza federal Cristiane Comde, representando o Judiciário; e o secretário da administração de Santa Catarina Jorge Eduardo Tasca, representando o Executivo.
Seguimos com palestra do Sr. Paulo Alvim, Secretário Nacional de Inovação vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e representando o Governo Federal na discussão do tema.
Por fim, reunimos em um painel diversos representantes de Estado: Leany Lemos, Secretária de Estado do Planejamento do Rio Grande do Sul; Victor Murad, Coordenador-geral de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Estado do Espírito Santo; Paulo Eli, Secretário de Estado da Fazenda de Santa Catarina; e Natalie Unterstell, Superintendente de Inovação do Estado do Paraná.
É, o 101 Dias de Inovação rendeu. Rendeu bons conteúdos, aprendizados, conexões, redes de contato… Esperamos que o programa sirva de inspiração para a implementação de soluções reais no contexto do setor público.
E que ainda venham inúmeros bons frutos, pois o 101 Dias não acabou! Ainda temos mais de 40 dias inovadores por vir!

#TáAcontecendo #101DiasDeInovação

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

WeGov
Posted on

O caso de Lagoa Grande

Por Augusto Patrus e Bruno Volpini Guimarães

Lagoa Grande, um município de pouco mais de 9 mil habitantes no centro-oeste mineiro. Economia predominantemente baseada na pecuária leiteira (terceira maior bacia do estado), agricultura familiar e baixos índices de industrialização. Prefeitura com 370 funcionários que, em sua maioria, realizam funções mais generalistas e não possuem tempo hábil para pensarem em melhorias nos setores da Administração, pouco integrados entre si, ou para a Prefeitura como um todo. Neste cenário, como propor a inovação no setor público?
Lagoa Grande (MG)
Primeiramente, uma breve explicação sobre o motivo de nós, de Belo Horizonte, estarmos em uma cidade a mais de 400 km de distância. Somos graduandos de Administração Pública da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, órgão referência em pesquisas públicas nacionais e formador de Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental para o Governo de Minas. Desde o início de janeiro, estamos participando do PRINAGEM (Programa de Internato em Administração e Gestão Municipal), projeto de imersão que visa propor aos alunos uma vivência de 25 dias em Prefeituras Municipais, em sua maioria de cidades com baixos índices de desenvolvimento, por todo o estado de Minas Gerais.
Para resolver o problema relatado no início do texto, pensamos em um modelo de capacitação em inovação e empreendedorismo para funcionários dos mais variados setores da prefeitura – uma demanda, inclusive, passada pelo Secretário Municipal de Administração e Recursos Humanos. Assim, procuramos a Gabriela Caldas Tamura e a WeGov para nos ajudarem nessa empreitada, e o resultado não poderia ter sido melhor!
Lagoa Grande (MG)
Em 2 horas e meia de dinâmica, explicamos, a servidores das mais diversas áreas da administração, o que é empreendedorismo e inovação, como os dois conceitos estão mais próximos do setor público brasileiro do que o senso comum imagina e, principalmente, como ser um agente da mudança da realidade local. Em especial, em meio à brusca queda de recursos originados de transferências estaduais: o Governo estadual deve pouco mais de R$ 4 milhões à cidade, o que corresponde a quase 14% do orçamento anual de uma cidade cuja arrecadação anual é 93,1% proveniente de transferências estaduais e federais.
Para isso, fizemos uso da Cartilha de Empreendedores, material do WeGov que orienta os servidores a tomarem boas decisões, conhecerem as políticas e personalidades do ecossistema em que estão inseridos, construírem uma comunidade para dar suporte à sua ideia, trazer a ideia à tona mesmo com o orçamento reduzido (algo presente aqui na cidade de maneira notória), e, por fim, resiliência. Após nossa explanação, foi aberto espaço para discussão. De longe, o momento de maior aprendizado do encontro.
Lagoa Grande (MG)
Quando perguntado aos servidores quais os maiores problemas da cidade, e como resolvê-los de maneira inovadora (preferencialmente, gastando poucos recursos), foi consenso geral o seguinte cenário: Lagoa Grande, como já relatado no início do texto, é uma bacia importantíssima de leite para Minas Gerais, e abastece grande parte dos laticínios e mercados consumidores da região. Porém, não há beneficiamento suficiente do produto na cidade – somente uma fábrica produz queijos, e o restante dos derivados é produzido em cidades maiores próximas ao nosso município – o que torna os produtores rurais bastante dependentes do preço pago pelas cooperativas e ganhando bem menos do que poderiam se transformassem o leite que produzem em produtos com alto valor agregado. Além disso, os produtores rurais, por verem também que não ganham tanto dinheiro assim com a agricultura e pecuária, se desmotivam, buscam outras atividades e as associações e sindicatos rurais da cidade, cada dia mais, se enfraquecem, o que torna a situação um ciclo vicioso.
Se, anteriormente, era dado como problema a falta de integração entre secretarias, a integração entre funcionários de vários perfis na capacitação de hoje foi vital para que saíssemos com boas ideias para desenvolver a cidade: cursos de capacitação e planejamento financeiro para produtores rurais, parcerias com o Sistema S e associações da região para o fortalecimento da produção e aumento de arrecadação da cidade, etc… Tantas boas ideias, em apenas 2 horas!
Segundo o controlador-geral do município, Ivan Danillo Caixeta, “A capacitação foi muito proveitosa para pensarmos em soluções para os problemas do município, principalmente em relação à resiliência. Com certeza iremos empreender aqui na Prefeitura, tanto fornecendo as capacitações para os produtores rurais, quanto nos serviços que prestamos aqui na prefeitura, aliando inovação e qualidade diariamente”. Assim, a incrível experiência de hoje mostrou que a inovação pública não tem lugar somente em grandes centros como São Paulo e Brasília, mas em todos os cantos do país. Em busca de um serviço público de alto nível, e que impacte para melhor a vida de cada vez mais cidadãos.
unsplash-logoVidar Nordli-Mathisen

Por WeGov

Somos um espaço de aprendizado para fazer acontecer a inovação no setor público.

Ricardo Pontes
Posted on

Possibilidades e benefícios da utlização da tecnologia do blockchain

No universo da inovação já é comum escutar sobre a tecnologia Blockchain, ou DLTechnologies (DLT), e suas diversas finalidades que prometiam revolucionar o mundo como conhecemos hoje na mesma proporção que a internet tem feito nas últimas décadas. No intuito de iniciar um debate sobre as diferentes contribuições da blockchain para a transformação digital dos governos, foi realizado o Fórum BlockchainGov, evento sediado no BNDES, organizado pela própria instituição em conjunto com o ITSrio.
O evento reuniu céticos e entusiastas da tecnologia ao promover palestras e debates sobre suas potencialidades e limitações no âmbito da gestão pública. Estiveram presentes representantes de algumas instituições públicas que já estão a implementar provas de conceito em determinados processos dentro de suas instituições afim de validar o uso da tecnologia.

Blockchain x bitcoin

Tendo o lançamento em 2009, a tecnologia blockchain tornou-se conhecida primeiramente como a tecnologia por trás do funcionamento do Bitcoin – a criptomoeda pioneira que recebeu um boom de investimento em 2017, chegando a valer 17 mil dólares. Assim, com o passar dos anos, a blockchain tenta descolar das sombras da incerteza do Bitcoin com o lema: Blockchain não é Bitcoin. De fato, a criptomoeda é apenas uma das possibilidades que a tecnologia pode proporcionar.
Em resumo, o blockchain fornece um sistema de confiança descentralizado pois garante registro compartilhado de todas transações de um determinado mercado. É por isso, também chamada de internet do valor, prometendo promover de forma segura e transparente a transação de qualquer ativo via internet. Uma das suas possibilidades mais citadas nos últimos anos, o smart contract, ou contrato inteligente, consiste em um código de computador executado em cima de um blockchain contendo um conjunto de regras, sob as quais as partes concordam em interagir umas com as outras.

Prova de conceito do Blockchain

Na abertura do evento o representante do BNDES, afirmando seu compromisso com a inovação e a transparência, relatou que o mais difícil para um Banco Público é não matar a inovação em seu início, pois o espirito natural de um banco é conservador. A exemplo de prova conceito do Blockchain em suas operações, ela apresentou o BNDES token, operacionalizado no blockchain da Ethereum – uma plataforma descentralizada capaz de executar contratos inteligentes e aplicações descentralizadas usando a tecnologia blockchain.
Ainda em fase de teste, o token fornece uma moeda estável, sendo um ativo com o objetivo de dar mais transparência na supply chain – a cadeia de transações dos investimentos do banco em um determinado processo logístico – no qual o lastro será em Real e cada unidade terá o valor fixo de R$ 1. Os tokens serão transferidos entre as empresas e depois serão “trocados” pelas empresas no banco pela moeda nacional. Os testes têm sido realizados em operações com o Governo do Espirito Santo e a Ancine. A promessa é que no futuro qualquer brasileiro possa ter um acesso transparente quanto as empresas envolvidas e as transações dos investimentos do banco.

Blockchain permissionada

Outras instituições presentes no evento, como o Banco Central e a Receita Federal, demonstraram outros testes que vem sendo feito com o blockchain. No entanto, a maioria das iniciativas se tratam de uma Blockchain permissionada, diferente da blockchain publica que tem com o exemplo mais clássico o Bitcoin, no qual as partes não precisam se conhecer pra ter uma relação de confiança.
No caso da blockchain permissionada, há uma camada de controle de acesso para permitir que as ações sejam executadas apenas por participantes registrados, ou seja, para visualizar e realizar transações é preciso conseguir uma autorização da empresa ou grupo de empresas responsável pela rede. Nesse panorama, há quem fale que já existem tecnologias que seriam tão eficientes, ou mais, quanto a uma blockchain permissionada. Assim, não havendo necessidade de uma mudança somente pelo modismo.
Outro comentário recorrente, é a analogia da blockchain com a história da internet que, em seu inicio também era dominada pela intranet, uma internet local e privada, e ao decorrer do tempo, a internet foi demonstrando suas possibilidades de uso e hoje se tornou indispensável no cotidiano de bilhões de pessoas. Além do mais, nos debates ficou claro que a blockchain vai ter que se provar, seguindo as leis de mercado, que se trata de uma tecnologia que vai baratear os custos das operações em comparação com as tecnologias já existentes. Enfim, não basta ser transparente e eficiente se não trazer benefícios econômicos a quem tiver disposto a investir nela.

Potencial do Blockchain

Caso alcance a potência idealizada por seus teóricos mais entusiasmados, a tecnologia poderá revolucionar a sociedade e a economia, e possivelmente será o pesadelo das instituições hegemônicas responsáveis pela validação dos valores dos ativos e suas transferências, como cartórios e bancos, que poderão ser substituídos por ela. Além disso, ela permitirá uma mudança de como fazemos política já que, por exemplo, será possível ter processos de votação altamente confiáveis através da internet, possibilitados pela criação de uma identidade digital única que seria a base para uma Ágora virtual, no qual o cidadão tomaria parte na tomada de decisão, dispensando os intermediários da velha política: os representantes eleitos.
Utopias à parte, é necessário esclarecer que atualmente a euforia passou, desde quando foi capa da revista “The Economist”, em 2015, denominada como trust machine – a máquina de confiança. Agora, é alvo de olhares céticos sobre seu real potencial no processo de transformação digital do governo, e pouco a pouco, começa a passar pelo escrutínio das provas de conceito a fim de demonstrar se realmente irá propor soluções mais inteligentes do que as tecnologias já existentes e propor realidades antes desconhecidas. Assim, aguardamos.
unsplash-logoHitesh Choudhary

Capacitação em DT de todos os servidores!

Quando a gente aqui no LAB.ges pensou em fazer uma capacitação em Design Thinking para todos, eu disse TODOS, os 180 servidores da Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos do Espírito Santo (SEGER) pareceu loucura. De todos os lados, o que a gente ouvia era: “Ah, isso não vai dar certo!”, “Pensem bem: o Design Thinking não é pra qualquer um.
Mas a gente acreditava que era sim. Para nós, o Design Thinking não só pode contribuir com todos os setores de uma organização como a SEGER, como pode colocar em evidência a importância de se valorizar e aproveitar ao máximo a diversidade dos perfis, trajetórias, conhecimentos e vivências que a compõem. Afinal, TODOS PODEMOS INOVAR!
E foi acreditando nisso que, com a parceria da maravilhosa equipe da Wegov, criamos a ideia do TSUNAMI DE DESIGN THINKING – como ondas de inovação invadindo e transformando os diversos setores da Secretaria, as oficinas disseminariam os conceitos e práticas dessa inovadora forma de resolver problemas complexos, que coloca o foco no que mais importa: as pessoas.
Tsunami Design Thinking
Confira as fotos no Flickr

Tudo certo! Então faremos o TSUNAMI!

Oficinas organizadas com todo apoio da nossa querida Escola de Governo, a Esesp. Turmas montadas de forma a promover o encontro entre servidores de diferentes setores e níveis hierárquicos. “Opa! Mas eu nunca vi isso… na mesma turma tem o pessoal da recepção e gerentes de projetos? Área de contratos com o pessoal do RH? Que bagunça é essa?!” E mais… “Ah… lá vem o pessoal do LAB.ges inventando moda… isso não é pra gente. Aqui no meu setor a operação é pesada, não dá tempo de brincar com canetinha e post-it colorido!
Mas todos compareceram. Precisamos confessar que a estratégia foi forçar ‘um pouco’ a barra e tornar a capacitação obrigatória (a gente não queria que fosse assim!). Mas tínhamos certeza que as resistências seriam vencidas durante as oficinas, conforme todos fossem se apropriando do novo aprendizado e vislumbrando as possibilidades do porvir.
Dito e feito! A cada oficina concluída, as pessoas expressavam a sua satisfação e contagiavam os colegas que ainda aguardavam o momento de vivenciar essa nova experiência.

Hoje podemos dizer que, além da disseminação dos conceitos do Design Thinking e da experimentação de sua aplicação como abordagem para enfrentar desafios, o TSUNAMI trouxe para a SEGER outros ganhos interessantes e inesperados.

Foram 36 equipes que desenharam um panorama dos desafios da Secretaria. Além dos 36 problemas identificados (ouro na mão de um gestor, pois trazem um diagnóstico construído com o olhar de quem melhor conhece a organização), foram idealizados, com prototipação e teste, 36 possíveis caminhos para resolver os problemas apontados.
Alguns dos protótipos criados no TSUNAMI foram apresentados pelos servidores ao Escritório de Projetos da SEGER para compor a Carteira de Projetos Prioritários da Secretaria. Além disso, o Escritório se encarregou de verificar a viabilidade de todas as demais propostas do TSUNAMI e algumas já estão sendo estruturadas como projetos que serão executados de forma intersetorial, com acompanhamento do LAB.ges.

Boas surpresas

Uma surpresa: descobrimos que somos muito mais conectados do que imaginávamos ser.
A interação nas oficinas mostrou que um contato mais direto e humano, baseado na empatia e na colaboração, beneficia, e muito, a produtividade e a qualidade do trabalho (e da vida!) de todos. O retrato dessa percepção foi a releitura do organograma da SEGER, realizada pelos servidores no evento de confraternização das 6 turmas do TSUNAMI, e que hoje ilustra o fundo de tela dos computadores da organização: a SEGER como uma REDE DE CONEXÕES.
Tsunami Design Thinking

Por WeGov

Somos um espaço de aprendizado para fazer acontecer a inovação no setor público.

Reconhecimento, fiscalização e avaliação de resultados

Há alguns meses, a Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, recebeu uma notícia muito boa: a instituição conseguiu um financiamento para desenvolver uma inovação que vai beneficiar os cidadãos catarinenses. O aplicativo, chamado “PMSC Cidadão”, será lançado em 2019.
Em 2017, uma equipe de oficiais da PMSC participou do Programa HubGov. O desafio definido para ser trabalhado era: Ampliar as possibilidades de interação com o cidadão catarinense. A proposta de solução ,apresentada no dia 1 de setembro de 2017, foi o aplicativo “PMSC Cidadão”.

Identificando causa e efeito

Não podemos inferir causalidade absoluta entre esses episódios, mas a correlação é evidente. Para que fique claro, duas (ou mais) coisas podem estar relacionadas, mas não necessariamente uma causou a outra. Na maioria das vezes, fatores não identificados ou uma terceira força é que está movimentando as duas anteriores.
Quando falamos sobre inovação no setor público, fica difícil identificar causa e efeito, e por consequência, mensurar impactos. Como diferenciar eventos ligados por uma relação de causa efeito daqueles que só estão associados no espaço ou no tempo?
Muitos fatores podem ter influenciado (e ainda irão influenciar) o sucesso deste projeto, mas o fato é que a equipe da Polícia Militar de Santa Catarina, idealizou o projeto no Programa HubGov. Ainda que não existam métricas detalhadas sobre a causalidade, o fato foi reconhecido publicamente no Twitter por um dos líderes do projeto, o Ten Cel Tasca.

 


As inovações podem surgir de muitos lugares, e a busca para reconhecer quando elas acontecem, por si só, já é parte do processo de transformação do setor público brasileiro. Os méritos não acontecem isoladamente. A PMSC, inclusive, já foi reconhecida no Concurso de Inovação da ENAP.
De maneira geral, estamos lidando com 3 tipos de “juízes” ou “fiscais” da inovação.
1: “Eu reconheço as inovações quando as vejo”.
2: “Eu reconheço as inovações que existem”.
3: “Só existe inovação quando eu vejo”.
Que tipo de fiscal você é? Como você reconhece uma inovação?

Inovações importantes

Existem muitas iniciativas, com objetivos diversos e vindas de atores diferentes. A verdade é que, em inovação no setor público, quanto mais melhor. O tempo é o grande fiscal para definir quais são importantes, aquelas que tem propósitos reais e acontecem em agendas transparentes. O tempo também trata de eliminar os aventureiros e os modistas.
Certamente, precisamos melhorar as métricas e até mesmo criar novas formas de mensurar impacto quando falamos de inovação. As métricas industriais ainda são utilizadas, mas já estão inadequadas. Também há um problema de codificação. Costumo dizer que não podemos medir a velocidade da internet, se não há conexão de internet. Os gestores estão querendo medir resultados de coisas que ainda não existem, ou que necessitam de mais tempo para se tornarem mensuráveis. “Sorrisos por minuto” ainda não é uma métrica para “felicidade no trabalho”.
Considerando que ainda estamos superando a fase de fazer “inovação para inglês ver”, eu sou um otimista. Seremos obrigados a encontrar métricas diferentes, quando as tecnologias avançarem e a nós humanos, restarem “apenas” as emoções.

Inovações e Inovadores

Quando formamos inovadores engajados, há a possibilidade de que eles mesmos possam criar as condições e (em alguns casos) os ambientes para que as inovações aconteçam. É quando o peixe começa a transformar o aquário.
O dilema do ovo e da galinha, ou, no caso, da inovação e do inovador, fica evidente quando colocado em perspectiva adequada. Não dizemos que um “ovo botou uma galinha”. A narrativa mais efetiva favorece o inovador, ele vem antes da inovação.
Antes de reconhecer suas inovações, reconheça seus inovadores.
Hannah Tasker

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

Glauco José Côrte
Posted on

Do setor público à indústria

A inovação é um dos principais fatores do desenvolvimento. Nossas vidas são afetadas por novos produtos e novas tecnologias que facilitam e modificam nossa maneira de nos comunicar, nos mover e trabalhar. Especificamente na indústria, as inovações têm afetado diretamente os processos de produção, tornando-os mais eficientes e aumentando a sua competitividade. Inovação também se aplica no design, em serviços, processos, formas de comercialização, comunicação e gestão.
Clicando aqui você encontra insights sobre inovação na Indústria
A inovação pode nascer na academia, a partir de uma pesquisa básica, contar com o apoio, subsídios e incentivo do governo e órgãos de fomento, pode ser incorporada nos mais diversos setores e empresas, tanto privadas quanto públicas. Para isso, é fundamental o fortalecimento do relacionamento entre os atores da chamada tríplice hélice: governo, indústrias e centros de conhecimento, bem como o desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação que acelerem o processo de adoção de novas e mais eficientes tecnologias.
Do ponto de vista da dinâmica própria às empresas, é necessário que haja investimentos na formação de seus profissionais e promovam a ambiência favorável à inovação, com metodologia de gestão na qual a sua força de trabalho possa apresentar novas ideias.  Os resultados dos investimentos precisam ser acompanhados com indicadores de prática e performance, incluindo a valorização das ideias que se transformaram em novos produtos, melhoria de processos de fabricação, novas abordagens comerciais de marketing ou melhorias na gestão. Investir nas pessoas, em ideias selecionadas e no seu desenvolvimento e implementação, de forma estruturada e continuada, são medidas necessárias para inserir as empresas no  grupo daquelas que fazem da inovação  parte estratégica de sua gestão.

Especificamente no setor público, a abordagem deve acontecer ressaltada a amplitude da escala de seus resultados, haja vista que a responsabilidade social é o pano de fundo para a atuação de cada servidor público e o número de cidadãos impactados é expressivo,  numa perspectiva de relacionamento diverso daquele posto às organizações privadas.
Boa parte das inovações realizadas são incrementais, caracterizadas por pequenas melhorias em produtos e processos. Isso não é um problema. Porém, a atuação focada somente nesse tipo de inovação não pode e não deve inibir  investimentos em inovações que vão  além, rompendo com as tecnologias atuais e com os modelos de negócios estabelecidos. Inovações nessa amplitude demandam interações com centros de conhecimento e ampliam  as chances de acesso aos recursos subsidiados, oferecidos pelos órgãos de fomento e programas governamentais.

“Boa parte das inovações realizadas são incrementais, caracterizadas por pequenas melhorias em produtos e processos. Isso não é um problema. Porém, a atuação focada somente nesse tipo de inovação não pode e não deve inibir investimentos em inovações que vão  além[…]”

Vivemos um momento onde a evolução industrial se caracteriza por um novo cenário, destacado pela confluência, integração e digitalização de tecnologias maduras e de vanguarda. Em um futuro próximo, as empresas estabelecerão redes globais que incorporarão suas máquinas, sistemas de armazenagem e instalações de produção em sistemas ciberfísicos, capazes de trocar informações de forma autônoma entre seus componentes e variáveis externas, desencadeando ações e controlando o sistema de produção de forma independente, características predominantes da chamada Indústria 4.0 – a chamada quarta revolução industrial.
Conheça mais sobre transformação digital neste link
Nesse contexto, a gestão das organizações, sejam elas de natureza pública ou privada, traz grandes desafios; gerenciar a atuação em inovação, de forma sistêmica e continuada, é um desafio ainda maior. Ganha ainda mais relevância pelo fato de as instituições necessitarem acompanhar o ritmo dessa mudança no cenário global para não perder o compasso e manterem-se competitivas.
Somente com investimentos continuados em inovação, união de esforços convergentes e ações que fortaleçam as interações entre as indústrias, os centros de conhecimento e o governo (a tríplice hélice da inovação) estarão asseguradas as condições para que as organizações estejam preparadas e bem estruturadas para esse novo momento e os desafios futuros.

Laura Orlandi
Posted on

Conheça quais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU a WeGov está trabalhando.

O ano de 2015 foi um marco muito importante para as relações entre os países, e apresentou uma oportunidade sem precedentes para uma decisão conjunta sobre os possíveis caminhos a se seguir. O resultado disto foi a adoção da nova agenda de desenvolvimento sustentável ao redor de um acordo global sobre a mudança climática, cuja conquista só será possível pelo alcance dos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), via ação conjunta da ONU, dos governos e da sociedade civil. Estudando o tema, relacionamos o trabalho da WeGov com dois desses ODS, e essa matéria é pra falar sobre isso!
A ideia inicial de mudar a agenda em 2015 se baseou nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Os ODM foram estabelecidos no ano 2000 e incluem oito objetivos de combate à pobreza a ser alcançados até o final de 2015, os quais fizeram uma verdadeira diferença na vida das pessoas, atingindo a maioria dos países. A ONU, trabalhando junto aos governos e à sociedade civil, utilizaram deste impulso para levar à frente a nova agenda de desenvolvimento.
A agenda reflete os novos desafios de desenvolvimento e está ligada ao resultado da Rio+20 – a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável – que foi realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro. Baseado na experiência de desenvolvimento e a partir de contribuições obtidas por um processo aberto e inclusivo, o relatório ‘O Caminho para a Dignidade em 2030’, elaborado pelo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apresentou um mapa com o objetivo de alcançar a dignidade nos próximos 15 anos.
A agenda de 2030 conta com 17 ODS distribuídas ao redor dos mais diversos temas que atingem a comunidade global. Pesquisando sobre elas, a WeGov ligou seus objetivos com dois deles, identificando nosso trabalho como concordante com os objetivos buscados pelas Nações Unidas. Vamos conferir quais são!

Objetivo 16: Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

Dentro deste objetivo, encontram-se discriminadas as buscas por desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes, em busca de garantir a tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e representativa em todos os níveis para fortalecer as instituições nacionais relevantes. E ainda, este objetivo é um possível caminho para ampliar e fortalecer a participação dos países em desenvolvimento nas instituições de governança global.
As três principais premissas da WeGov são: empoderar os agentes públicos; iluminar ideias e ações que possam ser replicadas; e promover a aproximação interinstitucional entre agentes públicos das três esferas e dos três poderes. A busca por estas premissas faz com que o trabalho que desenvolvemos resulte em um setor público mais eficaz, responsável e participativo, cuja inovação vai partir do próprio servidor que, empoderado, é capaz de fortalecer suas Instituições e caminhar passo a passo para uma área pública brasileira melhor e exemplar aos demais países em desenvolvimento.

Objetivo 17: Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Encapsulados neste objetivo, estão a vontade de se melhorar o acesso à inovação, e aumentar o compartilhamento de conhecimentos inclusive por meio de uma melhor coordenação entre os mecanismos existentes, buscando-se incentivar e promover parcerias públicas, público-privadas e com a sociedade civil eficazes!
Para a WeGov, muito mais do que inovação, queremos criar inovadores, e isso já diz muito! Levar a inovação para o setor público é aumentar o acesso do servidor à ela, e gerar impactos capilarizados para a sociedade civil. Isso só é possível pela melhora do acesso à inovação, e principalmente pelo compartilhamento de conhecimentos. Nossa intenção é criar espaços para parcerias interinstitucionais, para que através da replicação dos impactos positivos, o Brasil possa se tornar cada vez mais inclusivo, inovador e otimista na construção do governo do futuro.


Acompanhe

Quer saber mais sobre o que a WeGov está fazendo? Então siga a gente nas nossas redes sociais e fique por dentro!

Laura Orlandi
Posted on

Conheça as palavras mais utilizadas em inovação

A crescente utilização dos meios de comunicação como ferramenta indispensável pela busca de informações tem crescido a cada dia no mundo globalizado. Prova disso é a evolução da internet e de suas diversas ferramentas, como aplicativos, redes sociais, etc. Nesse mundo da comunicação, vemos cada vez mais a necessidade de criar formas para classificar e organizar as informações, sendo a mais comum delas feita pela utilização de palavras-chave que as relacionam por semelhança. São as chamadas Tags.

Mas o que é uma Tag?

Em inglês, ‘Tag’ quer dizer etiqueta. Na internet, as tags são palavras que ‘etiquetam’ as informações a fim de agrupá-las pela mesma marcação, facilitando a vida de quem está em busca de encontrar outras relacionadas àquela. Elas podem estar relacionadas à diferentes conteúdos distribuídos em sites, blogs, fotos, redes sociais, etc. Pra você que acompanha nossas redes sociais sabe que usamos muitas tags no Blog, no Facebook e no Instagram!
Uma das formas mais comuns de encontrá-las na internet é com o sinal hash “#” na frente, é a chamada hashtag, que facilita a classificação e busca de informações relacionadas ao tema. É uma ferramenta que possibilita que toda a rede de informações que circulam no ciberespaço possam estar etiquetadas e prontas para chegar ao servidor o mais rápido possível!
Sabemos que a inovação é uma das áreas que faz grande uso dessa ferramenta. Mas você saberia dizer quais são as tags mais usadas no mundo da inovação? Confira algumas das tags mais usadas abaixo!

#colaboração

A colaboração é essencial para a inovação, diz Paulo Henrique Pichini, e acrescenta ainda que a construção do conhecimento e de novas atitudes nasce no ambiente colaborativo. Leia o post completo aqui.

#smartcities

Segundo Gabriel Ferreira, da ACE, Falar em cidades inteligentes é falar na conexão de todas as facilities que influenciam na vida das pessoas, sendo as Smart cities a inovação que melhora a vida dessas pessoas. Leia o post completo aqui.

#transformaçãodigital

A transformação digital significa uma profunda mudança, que engloba aspectos de transformação cultural com uso da tecnologia para melhorar a prestação de serviços e entregar mais valor ao seu público alvo. Cristina Fogaça falou mais sobre a tag em entrevista com a WeGov, leia aqui!

#inovaçãosocial

A Inovação Social é uma nova solução para um problema social; uma solução mais efetiva, eficiente e sustentável do que as soluções já existentes e cujo valor gerado beneficia a sociedade como um todo e não apenas alguns indivíduos, diz Rafael Carvalho. Leia o post completo aqui.
Além destas 6, existem outras 22 delas que estão no ranking de mais utilizadas na esfera inovadora. Mas por quê comentar sobre todas elas se você pode aprofundar seu conhecimento sobre o mundo das tags em um evento incrível que vamos realizar? Se você quer saber mais sobre as tags da inovação, fique por dentro do evento que a WeGov preparou para você que se interessa pela temática!
O evento Tags da Inovação foi criado para apresentar as palavras mais usadas no mundo da inovação! Para isso, contará com uma rica programação de palestras sobre as principais tendências do Governo do Futuro, com o objetivo de apontar para as transformações mais relevantes e despertar nas Instituições Públicas um “olhar para dentro”, onde a inovação será essencial para acompanhar essa nova dinamicidade.


Inscreva-se!

O Tags acontecerá no dia 6 de junho de 2018 na Universidade Corporativa dos Correios em Brasília!
Se você é um entusiasta do tema Governo do Futuro e se interessa por inovação não perca tempo! É só clicar nesse link e você estará inscrito para o primeiro evento sobre Tags da Inovação do Brasil!
#Inovação #GovernodoFuturo #Tags #TagsdaInovação #Colaboração #SmartCities #TransformaçãoDigital #InovaçãoSocial

Jennifer Guay
Posted on

Glossário sincero da inovação no setor público


Os laboratórios e unidades de inovação tornaram-se tão populares no setor público que a questão “chegamos ao limite dos laboratórios?” Se tornou um clichê. Do “Ideation Pod” do MindLab aos “emblemas digitais” de Louisville, a cultura da inovação está se espalhando. Mas, apesar de sua popularidade, os inovadores têm que admitir um fracasso: eles simplesmente não são bons em definir o que fazem em termos diretos.

Essa confusão não se limita ao público em geral; os próprios inovadores discordam sobre o que muitas de suas palavras e frases mais distintas significam. Na primeira parte de uma série sobre chavões de inovação, damos uma leve olhada nos jargões da inovação do setor público – com comentários anônimos daqueles que estão inovando na prática – e traduzimos isso para o bom “português”.

Laboratórios de inovação

Os laboratórios de inovação são supostamente encarregados da experimentação – pense em um laboratório de ciências, mas para políticas. Mas os funcionários tendem a ficar nervosos quando perguntados sobre “Qual o impacto do seu trabalho?” E “O que exatamente você faz?” Um inovador disse: “Eu acho que eles desempenham alguma função, mas está tão na moda ter um laboratório que não fazemos perguntas sobre o quão efetivas elas realmente são. ”

Design thinking

Abominado por designers reais, o termo deve denotar um processo criativo, experimental e colaborativo em que um novo serviço ou produto é projetado com os usuários finais em mente. Na prática, muitas vezes envolve um grupo de pessoas pregando Post-its na parede .

Ideação

O processo criativo pelo qual os inovadores criam e desenvolvem ideias – uma parte crucial do pensamento de design. Ou, como diz uma pessoa: “jargão puro… usar esse tipo de linguagem é uma boa maneira de irritar todo mundo. É uma palavra que não significa nada. ”Os sinônimos incluem brainstorming, conceptualização e como um funcionário do laboratório se ofereceu, tendo uma“ sessão de injeção de inovação ”.

Co-design

Quando os usuários finais, muitas vezes os cidadãos, têm voz na construção de um produto ou serviço – não, como comumente se pensa, sempre que um grupo de pessoas se senta em uma sala e faz um brainstorm de ideias. “Mesmo pessoas altamente qualificadas usam o termo para significar que as pessoas fazem algo juntos”, disse um funcionário do laboratório. “Você não fez nada de novo ou diferente – você acabou de pensar em idéias.”

Inovação social

Lança uma solução para questões sociais desafiadoras e geralmente sistêmicas. O termo é usado indistintamente por todos, de funcionários públicos a designers e consultores, todos com idéias variadas sobre o que isso significa. Uma inovadora confidenciou que trabalhou em uma agência de inovação social por anos e ainda se esforça para definir o termo. Independentemente disso, “inovação social” deveria sugerir uma solução de longo alcance para um problema intratável – não simplesmente instalar um piano público ou plantar uma horta comunitária.

Pensamento sistêmico

A ideia de considerar a inovação como um sistema complexo, em vez de um processo – um conceito tão vago que poucos entendem o que isso significa. Os laboratórios costumam afirmar que estão “repensando o sistema” e trabalhando para “mudar estruturas governamentais inteiras”. Mas “é uma daquelas coisas que todo mundo gosta de dizer, mas ninguém realmente faz”, disse um inovador. “Na realidade, muitos desses laboratórios não interagem com grandes sistemas.”

Insights comportamentais

A aplicação da ciência comportamental – o estudo do comportamento humano – para redesenhar serviços públicos, idealmente testados com um teste de controle randomizado antes de serem escalonados. Mas tornou-se moda rotular o uso de qualquer pesquisa sobre como os seres humanos se comportam com um “cutucão” (nudge). “A maioria das pessoas parece ajustar as palavras que enviam”, disse um inovador. “Você não está usando uma visão profunda do comportamento humano – você está apenas testando as comunicações.”

*Publicado originalmente por Jennifer Guay, no Apolitical. Leia o original aqui. Traduzido e publicado com autorização prévia.

Ana Camerano
Posted on

Qual o nível da sua instituição?

Você com certeza já ouviu falar de que inovar no setor público é um desafio complexo, quase que impossível, certo? Há alguns anos, esse discurso era amplamente disseminado.
Hoje, não se pode falar em inovação sem o setor público. Mas, mesmo que a inovação já seja uma realidade dentro dos órgãos públicos, sabemos que eles se encontram em diferentes níveis de maturidade para inovar.
Por isso, a WeGov criou um instrumento de coleta de dados que vai ajudar as instituições públicas a diagnosticar a sua situação atual no contexto de inovação e a entender qual o seu nível de maturidade para inovar. Não deixe de acompanhar o post!

Maturidade para Inovar

Aqui na WeGov, entendemos que a inovação no setor público não acontece de forma pontual, ela demanda ações sistêmicas baseadas em quatro pilares principais: pessoas, conhecimento, estratégia e cultura. Cada um desses pilares se divide em subdimensões estratégicas que compõem o sistema das instituições públicas:
Maturidade para inovar
Com base nesses quatro pilares, podemos identificar onde estão as forças e fraquezas da instituição pública para inovar e potencializar os processos de aprendizagem de forma mais assertiva.
Por isso, desenvolvemos uma pesquisa a ser aplicada com as instituições públicas que desejam compreender sua maturidade para inovar.

A pesquisa de maturidade e os níveis para inovar

A pesquisa de maturidade é um instrumento de coleta de dados que vai ajudar as instituições públicas a diagnosticar em qual nível de maturidade para inovar elas se encontram. Mas, mais do que isso, a pesquisa possibilita criarmos uma radiografia do serviço público brasileiro no contexto da inovação.
São 26 perguntas de acordo com os pilares que comentamos anteriormente, que devem ser respondidas pelos servidores públicos interessados em saber em qual nível de maturidade para inovar se encontra a sua instituição. Os níveis são:
maturidade para inovar
Saber em qual nível para inovar a sua instituição se encontra não aponta apenas para o contexto da inovação, mas também permite uma visualização dos pilares que a instituição tem maior déficit.
Bom, se você chegou até aqui, provavelmente você está interessado em descobrir qual o nível de maturidade para inovar da sua instituição, certo? Para facilitar o processo, nós criamos alguns caminhos que podem ajudar a sua instituição a entender os níveis de maturidade e a subir na escala. São dois passos simples:
Passo 1: Responda a Pesquisa de maturidade
A pesquisa é dividida em 26 questões, com as respostas em escala de 01 a 05. Você levará aproximadamente 20 minutos para responder, e em alguns dias daremos um feedback com sugestões de caminhos a seguir.
Separe esses minutinhos do seu dia, faça um cafezinho e responda com calma e sinceridade. Para ter respostas mais imparciais, recomendamos que pelo menos 3 pessoas da sua instituição respondam – mas se não for possível, tudo bem!

Acesse a pesquisa aqui

Passo 2: Crie um plano de ação com base no nível de maturidade
Nosso intuito é fazer com que as instituições tenham acesso à métodos e ferramentas necessários para subir na escala de maturidade para inovar. Sabemos que trilhar esse caminho sozinho não é fácil, por isso criamos um encontro para compartilhar esses resultados, e ele se chama: Escala GP – Gestão Pública.
O Escala GP é um encontro pensado para reunir as instituições públicas que responderem a pesquisa a fim de gerar impactos positivos no compartilhamento de experiências. O encontro acontecerá no dia 18 de junho, em Florianópolis/SC e será gratuito para todas as instituições que responderem a pesquisa de maturidade.
A programação irá abordar:

  • Os resultados da Pesquisa;
  • Compartilhamento de experiências entre as instituições e;
  • uma oficina para construir um Plano de Ação com o intuito de subir na escala de maturidade para inovar.

As inscrições para o encontro já estão abertas e você pode se inscrever aqui (lembrando que responder a pesquisa é um pré-requisito para participar).
Resumindo, caso você queira uma experiência completa para entender em qual nível de maturidade para inovar a sua instituição se encontra, basta (1) responder a pesquisa de maturidade e (2) participar do encontro Escala GP.
Ficou com alguma dúvida? Estamos totalmente à disposição para ajudar no que for preciso ter você nesse movimento de inovação no setor público. Envie um email para leonardo@wegov.com.br caso queira obter mais informações 🙂


Fique por dentro

Acompanhe nossas redes sociais para ficar por dentro de todos os conteúdos de inovação no setor público!

Por Ana Camerano

Ana é formada em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Trabalhou no 3º setor como diretora de projetos sociais na cidade de Florianópolis. Tem experiência de voluntariado e estágio em países da América Latina e acredita que temos muito a aprender com os nossos vizinhos. Responsável por parcerias e relacionamento com o cliente, encontrou na WeGov uma maneira de impactar positivamente a sociedade através da co-produção e colaboração no setor público.

Nathália Rorato
Posted on

WeGover nas Zoropa!

Nathália Rorato, colaboradora da WeGov, viajou para a Geórgia e compartilhou sua experiência com o serviço público por lá. Nós ficamos chocados! Não deixe de ler 🙂

Conhecendo a Geórgia

Você já ouviu falar da Geórgia? Esse pequeno país entre a Rússia e a Turquia com pouco mais de 3,5 milhões de habitantes sofreu grandes crises nos últimos anos: sua economia impactada com o fim da União Soviética e conflitos que tiveram como consequência a perda do controle de duas partes do seu território. No entanto, adotou como medida de fortalecimento político e econômico diversas iniciativas de modernização, que podem ser inclusives visualizadas arquitetonicamente ao se visitar a sua capital, Tbilisi.
Em uma viagem de estudos tive a oportunidade de conhecer e me impressionar com esse país que mal conhecia. E dentre diversas descobertas, uma incrível inovação governamental! Um dos prédios que mais chama atenção ao se passear pelo centro da cidade, em uma grande estrutura que lembra cogumelos, é um dos casos mais emblemáticos que conheci.
O Public Service Hall (Hall de Serviços Públicos) criado em 2011, é nada mais nada menos que um prédio onde mais de 400 serviços são oferecidos em um único lugar a todos os cidadãos. Assim a estrutura reúne os mais diversos serviços governamentais, como o Registro Civil e Nacional. Outros exemplos são o Banco Nacional da Geórgia, o Ministério de Energia e de Justiça, e algumas empresas privadas (como de seguros, por exemplo).
A iniciativa ganhou o Prêmio de Serviço Público da ONU em 2012 e serviu de exemplo para alguns vizinhos, como a Ucrânia e o Azerbaijão. Além disso, o projeto não se resume apenas a capital, estando presente em mais de 40 cidades. Atendendo mais de 10 mil pessoas por dia, o tempo de espera do cidadão é de no máximo 8 minutos. Isso se deve a seus serviços automatizados que nos foram mostrados com muito orgulho pelas atendentes.
Geórgia
Um documento pode ser emitido no tempo de 1 hora, por exemplo. Alguns outros serviços que me surpreenderam foi um drive-thru (igual quando compramos fast-food no carro) para a retirada de documentos, uma área para as criança, e um local para realização de casamentos – além de um espaço café com uma atendente ‘móvel’ para que você possa fazer o seu requerimento caso queira esperar tomando um espresso.
Geórgia
Geórgia
Explorar o mundo é uma excelente forma de aprendermos com a experiência de outros países, a centralização de serviços públicos é um debate que deve ser levantado e reflexo nítido de inovação no setor público. Lugares que pouco conhecemos podem se tornar nossos exemplos! Que o governo único para cidadão único vire realidade também para todos os brasileiros.


Compartilhe conosco

Se você conhece algum outro exemplo de inovação no setor público, compartilha com a gente nos comentários!

André Tamura
Posted on

Reflexões

Finalmente, o tema “Inovação no Setor Público” está na agenda pública. Estamos descobrindo a inovação no setor público! Servidores públicos capacitados, eventos exclusivos, laboratórios e projetos inovadores são cada vez mais abundantes.
Mas vamos com calma; isso não significa (ainda) dizer que os resultados já chegaram na vida das pessoas ou os trabalhos estão transformando as instituições públicas – em seu modo de trabalhar – de forma significativa.
Através da WeGov, estamos conseguindo acompanhar os avanços do tema e também contribuir para que inovação transforme profundamente o setor público. Assim, apostamos que a prestação de serviços úteis, desejáveis e viáveis, será cada vez mais evidente em um futuro próximo.
Não é fácil. A “onda de inovação”, para aqueles que escolhem surfá-la, exige um esforço tremendo de descobrir aquilo que realmente importa ser feito e superar os obstáculos de um segmento hostil.

Como descobrir o que importa?

O verbo descobrir pode significar (i) encontrar algo novo ou simplesmente (ii) revelar algo que estava escondido. No setor público, a descoberta da inovação significa: tomar conhecimento de; perceber, notar.
Para descobrir algo novo é preciso ser um explorador. A abordagem metodológica do Design Thinking, estabeleceu-se como a principal porta de entrada para o maravilhoso mundo da inovação no setor público. O Design, é uma forma de explorar que permite a descoberta.
Em cada um dos mais variados processos de design, temos momentos de divergência e convergência, como movimentos necessários para inovação significativa. A perspectiva “das pessoas”, tomando lugar do tão famigerado “sistema”, abre espaço para que as possibilidades e oportunidades comecem a florescer.
O design thinking está intimamente ligado à inovação, temos muitos exemplos de servidores que participaram de um simples workshop, há poucos anos, e hoje são inovadores públicos explorando cada vez mais os ambientes instituicionais.

*Explorar x “Explorar”

“Ele saiu para explorar a caverna”
“O chefe estava explorando trabalhador”

Certamente, o significado do verbo explorar é diferente nas sentenças acima, (i) explorar para saber mais – reunir informação / prospectar, e (ii) explorar para usar mais – usar informação / obter resultados. Conforme a escolha do inovador, serão necessários mindset, processos e ferramentas diferentes. Alguns profissionais não conseguem estabelecer uma medida saudável entre explorar para prospectar e explorar para obter resultados.
A inovação não acontecerá se a forma de explorar estiver limitada à prospeção infinita ou encaixotada na obtenção de resultados “conhecidos”.

*Em inglês: explore/ exploit

Otimistas x Pessimistas

“O otimista acredita que vivemos no melhor dos mundos. O pessimista teme que isto seja verdade.”
James Branch Cabell

Alguns tendem a perceber a inovação como um mundo maravilhoso, e outros observam como algo desnecessário. “Não temos recursos para inovar”, acaba sendo um argumento comum, e errado. A inovação é um recurso. Não há necessidade de discutirmos quem tem razão. Entre otimistas e pessimistas, há uma realidade inegociável de que instituições públicas precisam inovar, da porta pra dentro e da porta pra fora.
https://www.youtube.com/watch?v=RNMY2G1Serc

Carência x Essência

O mundo maravilhoso da inovação, não deve ser fechado em si mesmo. Mesmo que tenhamos servidores públicos capacitados, eventos, laboratórios e projetos abundantes… As transformações ainda não aconteceram.
Quando descobrimos a inovação, devemos constantemente refletir e compreender o propósito de fazer as coisas de formas diferentes. O quanto eu preciso inovar (carência) e em quê consiste a minha inovação (essência).
Na metáfora do copo d’agua, “meio cheio” ou “meio vazio”, há um dilema de carência e essência. Se eu preciso exatamente de 200ml, o copo não pode estar “meio cheio ou meio vazio”. E, se no copo há veneno, eu não vou querer beber nenhuma gota.
Que a inovação esteja com vocês!
Foto Priscilla Du Preez

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

Lincon Shigaki
Posted on

E como elas transformam as instituições públicas

Durante quase toda a história da humanidade, o tempo foi calculado seguindo os ritmos dos corpos celestes. A noção de tempo era determinada pela observação do Sol (dias) e estrelas (estações e anos). Aos poucos fomos construindo ferramentas mais precisas para medir o tempo.
A precisão rítmica que Galileu descobriu ao observar o movimento dos pêndulos teve um impacto miraculoso na sociedade. A singela descoberta foi que “o tempo que um pêndulo leva para oscilar depende do comprimento da corda”.

Enquanto nossa noção de tempo estava na escala de dias, o relógio introduziu às nossas vidas a precisão dos segundos.

Em decorrência da invenção do relógio de pêndulo, tivemos a sua instalação em massa nas cidades fabris na revolução industrial. Nesse sentido, podemos dizer que uma descoberta no campo da física no século XVI (pêndulo) está diretamente relacionada com uma das maiores transformações na economia do século XVIII (manufatura).

O poder das mudanças sutis

Quero discutir a forma como as inovações acontecem nas organizações. Defendo a ideia de que, na maioria das vezes, inovações são consequências inesperadas de uma cadeia de pequenas inovações criadas para resolver problemas específicos.
A revolução industrial, por exemplo, dificilmente aconteceria sem o relógio. Porém, o domínio do tempo encontrou uma série de outras inovações e acontecimentos culturais e políticos para florescer essa revolução, mesmo que não fosse a intenção de Galileu.

Uma inovação demanda outras inovações

A máquina de impressão, inventada por Gutenberg, aumentou a demanda de óculos já que a prática da leitura fez com que as pessoas percebessem que não enxergavam de perto. O domínio da ciência das lentes levou a evolução de microscópios e telescópios. Por isso, podemos dizer que a invenção da imprensa levou a compreensão das bactérias (microscópios) e de que a Terra gira em torno do Sol (telescópios).
A Polícia Militar de Santa Catarina teve amplo reconhecimento em premiações de inovação com o aplicativo PMSC Mobile. Trata-se de um ferramenta para a gestão de atendimento de ocorrências, que resultou em agilidade nos atendimentos, melhoria no desempenho operacional e segurança pública.
O sucesso dessa iniciativa evidenciou outra demanda: ampliar essa tecnologia para que o próprio cidadão pudesse registrar uma ocorrência. Por isso, durante o HubGov 2017 a PMSC desenvolveu o protótipo do aplicativo PMSCidadão para melhorar a interação com o cidadão, especialmente em situações de emergência.
O caso da PMSC evidencia um padrão: as organizações que costumam ter mais sucesso nas inovações são as que conseguem “conectar os pontos”. Ao contrário, as que fracassam tentam gerenciar grandes revoluções, pulam etapas e não resolvem problemas. É como se estivessem tentando entender as bactérias e não tivessem um microscópio.

Como as inovações acontecem

Inovações acabam provocando mudanças que parecem pertencer a um domínio completamente diverso, para o bem ou para o mal. Algumas são bastante intuitivas e outras são mais sutis e deixam marcas menos evidentes.
Reverter o estigma de que no setor público “não dá pra inovar” exige dos servidores a capacidade de fazer com que uma ideia reverbere na instituição. É preciso conectar a necessidade da população, crenças internas, recursos disponíveis, regulamentações e outras variáveis.
O status quo é resultado de um conjunto de decisões e acontecimentos que aconteceram dentro e fora da instituição, mesmo que de forma difusa. O futuro da sua instituição está sendo construído agora. Possivelmente, soluções que você propôs só encontrarão o contexto para florescer quando você não estiver mais na instituição. Por isso, as inovações acontecem conectando ideias criadas para resolver outros problemas.

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

Lincon Shigaki
Posted on

Conheça 5 princípios para utilizar na sua instituição

Usualmente, associamos a aparência e estética de um produto com a qualidade do design. Se você acompanha a WeGov, você já deve saber que o design thinking se refere ao processo de design, e não ao resultado final.

“O design de serviços é uma forma holística por meio da qual um negócio pode obter uma compreensão abrangente e empática das necessidades do seu cliente” FRONTIER SERVICE DESIGN, 2010.

Desta forma, podemos compreender como uma abordagem focada na criação de experiências de serviços planejadas sob a ótica do usuário. Além disso, considera a aplicação de habilidades e processos para garantir que as interfaces do serviços sejam úteis e desejáveis.

5 princípios do design thinking de serviços (Marc Stickdorn)

O design thinking de serviço se trata de um mindset como abordagem para melhorar serviços existentes ou inovar em proposta de valor. Cito 5 princípios para serem aplicados no desenvolvimento de serviços:
1 Centrado no Usuário – os serviços devem ser testados através do olhar do cliente
O profundo entendimento das necessidades vai além de descrições estatísticas. O designer de serviços utiliza métodos e ferramentas para obter insights autênticos ao colocar-se no seu lugar para entender a sua experiência individual. As necessidades e percepções dos usuários devem ser a linguagem da sua equipe.
2 Cocriativo – todos os stakeholders devem ser incluídos no processo de design de serviços
O processo de design pressupõe a complexidade de envolver diferentes grupos de usuários, expectativas e departamentos.
Os designers de serviços intencionalmente criam um ambiente que facilita a geração e a avaliação de ideias dentro de grupos heterogêneos de stakeholders. Desta forma, utilizam métodos para obter insights, a partir de diferentes perspectivas de usuário e fases de desenvolvimento.
3 Sequencial – o serviço deve ser visualizado como uma sequência de ações inter-relacionadas
O processo de serviços segue uma transição em uma linha do tempo, percorrendo as etapas: pré-serviço, serviço e pós-serviço. Por isso, é importante pensar desde a forma como o usuário irá perceber a necessidade do serviço e os pontos de contato com a organização (máquina ou humano).
O serviço precisa ter uma boa narrativa para capturar interesse do usuário e garantir um ritmo agradável. Em cada ponto de contato, garanta que o estado de humor do usuário seja positivo, com uma mensagem condizente com a proposta de valor.
4 Evidente – serviços intangíveis devem ser visualizados como artefatos físicos
É comum serviços ocorrerem com discrição, nos bastidores como retaguarda. A evidência física ajuda a prolongar a experiência, desencadeando memórias das interações mais positivas no pós-serviço, aumentando as chances de recomendação e fortalecimento da imagem da instituição/setor provedor.
5 Holístico – todo o ambiente de um serviço deve ser levado em consideração
O design thinking de serviços assume um papel integrador. Por isso, o desafio de perceber: alternativas possíveis das jornadas de usuários (reavaliar e repetir sob diferentes perspectivas); e elementos da organização provedora (cultura, valores, normas). Além disso, integrar expectativas em todo o ambiente de prestação de serviço, considerando os sentidos utilizados, mesmo que inconscientemente, na percepção de serviço.


Saiba mais

Quer melhorar os serviços prestados pela sua instituição? Compartilhe os princípios com seus colegas de trabalho (se possível, cole em local visivel). Se estiver procurando uma experiência imersiva em Design Thinking aplicado, deixe uma mensagem

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.