Fabrício Espíndola
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O significado da comunicação pública de qualidade

O que é preciso para que o responsável pela comunicação pública de um governo, ou de qualquer órgão público, abandone o mais do mesmo, as notícias prontas e as matérias de promoção política, e pense em algo que influencie diretamente a vida de um cidadão, que seja em seu município?
As respostas podem ser diversas, as justificativas também. Fazer a diferença, muitas vezes, requer recursos financeiros e, quem trabalha em Prefeitura sabe exatamente a situação atual dos combalidos cofres públicos municipais. Aí vem educação, saúde, obras, agricultura, social, tudo a frente de qualquer ideia de comunicação que não seja pragmática. Investimentos viáveis acabam sendo apenas em algo que possa, digamos, ser tocado.
Mas aí você sai de um evento espetacular como foi o 6º Redes eGov, e se vê tomado por uma dúvida da qualidade do seu serviço prestado. Já que é preciso fazer mais. É preciso fazer mais pela população. Comunicação no setor público não é apenas noticiar o que seus gestores estão fazendo. É facilitar o dia a dia do cidadão. Mostrar-lhe caminhos que vão melhorar a sua vida. E, nesse ponto, eu confesso. Estava pecando.
Indagava a Prefs, fiz isso no encontro, sobre sua forma de se expressar nas redes sociais que era um sucesso. Um grande case, mas que não levou seu Prefeito ao segundo turno das eleições na cidade. As explicações me pareceram muito boas. E aquilo também me marcou. Porque o serviço da equipe de comunicação da Prefs estava sendo prestado. Muito bem prestado, aliás, Não havia desinformação. Havia sim espírito público fortíssimo em cada arte, em cada capivara…
Se politicamente não foi aproveitado, culpa de quem não soube fazer a captação depois disso tudo.

Dois sentimentos e uma crise

Voltei pra minha cidade, Sombrio, extremo sul de Santa Catarina, 28 mil habitantes, com dois sentimentos: orgulho e preocupação. Orgulho por ter estado entre grandes feras de todo o país. E preocupação de fazer mais. Comecei a elaborar projetos e, todos eles, novamente, travando na capacidade financeira. Mas eles estão aqui, guardados para assim que possível serem tirados da gaveta. Especialmente os que envolvem tecnologia.
Pois aí veio, de uma forma muito ruim e trágica a luz para fazer algo: uma série de suicídios, três, em quatro dias, sendo um deles um colega de trabalho de Prefeitura. Algo estava errado. Procurei o Serviço de Saúde Mental de Sombrio. O alerta se acendeu, era diário o aumento na procura por tratamentos psiquiátricos e psicológicos e o índice de tentativa de suicídio.
Aí estava algo que eu poderia fazer. Uma campanha sobre esse assunto. Uma pesquisa para ver tudo o que era feito nesse sentido, não gostei de nada. Sempre silhuetas sombrias e o assunto suicídio ganhando mais espaço que a superação. Busquei fazer diferente. E fiz, ou melhor, fizemos.

Viver vale a pena

Com uma parceria espetacular realizada com a Ápice 360, do meu amigo Lucas Borges, criamos um modelo de campanha extremamente feliz. Pra cima. Viver Vale a pena. Esse é o nome dela. Um vídeo, uma série de Gifs e artes para as redes sociais e algumas impressões e publicações na mídia comum também, para que a campanha se espalhasse ainda mais forte. Os personagens? Pessoas que passaram ou passam por tratamento e, das quatro, três que tentaram o suicídio, e que valorizam a vida atualmente a ponto de dar depoimentos emocionantes e marcantes, que tocam as emoções das pessoas.

Que resultado!

Não faço análise profunda de dados, não tenho equipe para isso e também não sei fazer direito, ainda. Dentro das nossas expectativas e monitoramento, os resultados que tivemos em poucos dias – sem investimento para impulsionar no Facebook – foram espetaculares. Os números da página a serem analisados, e aí convido a você, que lê esta postagem para comentar, são esses:
6.883 fãs na página de Prefeitura de uma cidade 28 mil habitantes, com extrema divisão política daquelas que ninguém do partido A dá o braço a torcer por algo feito pelo partido B, inclusive nas publicações.
O vídeo, peça principal da campanha já obteve, desde sexta-feira, 23 de Junho às 9h20, até esta segunda-feira, 26 de junho, 10h35, horário em que escrevi este texto, seis mil visualizações. A publicação atingiu 19.874 pessoas. Foram 256 compartilhamentos, 155 reações e 29 comentários.
Aqui, de acordo com a minha realidade e contexto, comemoro muito estes números. Mas comemoro algo mais especial. Com dois dias úteis de campanha, comemoro que já atingimos verdadeiramente uma pessoa. Sim, uma. Ela procurou nossas unidades de saúde por causa da campanha, e comentou sobre seus pensamentos de tirar a própria vida, mas pode perceber através no nosso trabalho que, Viver Vale a Pena!

A experiência na comunicação do Exército Brasileiro

Para ir direto ao “bizú”, siga para Tutorial. Para conhecer como o Whatsapp do Exército nasceu, morreu e retornou das cinzas, continue a leitura.

O WhatsApp do Exército (Nascimento)

A história começou no início de 2015, quando decidimos utilizar o WhatsApp com ferramenta de comunicação unidirecional e top-down, para veicular informações dos concursos e processos seletivos para o Exército Brasileiro.
Hoje está claro que a “apropriação” de um aplicativo de troca de mensagem, com suporte nativo a formação de grupos e conversas bidirecionais, de forma engessada e sem interações não daria certo. Na época o plano parecia simples: adicionar e gerenciar usuários em listas de broacasting e enviar esporadicamente mensagem a esses usuários, ignorando suas interações.
Era um plano quase perfeito, exceto pelo fato de que:

  • não se controla as ações dos usuários;
  • que o WhatsApp não possui uma API oficial;
  • as listas são difíceis de gerenciar;
  • não há a garantia da entrega, pois somente o usuário que salvou o contato irá recebê-la, e;
  • mesmo para estes, há falhas na entrega (na época fizemos alguns testes com um jornal da região Sul que estava adotando o modelo).

O WhatsApp do Exército (Morte)

Pois bem, no primeiro dia, após divulgarmos o serviço no Facebook, mais de 10.000 pessoas mandaram mensagens para o número do Exército e o WhatsApp bloqueou nosso número e ganhei alguns cabelos brancos pensando em como administrar o recém-nascido monstro.
Para salvar o “emprego”, solicitei o desbloqueio para o WhatsApp até em mandarim, o que ocorreu após 24 horas. Com o número desbloqueado os pedidos de cadastramentos ficaram em torno de 100 por dia. Administrar as listas, cada uma aceita somente 250 contatos, a partir de um tablet, se tornou improdutivo demais. Sem falar que a questão de ignorar o relacionamento com o público soava como arrogância.
Pensei em contratar alguma empresa que oferecem SAC pelo WhatsApp, mas não tínhamos recursos, nem pessoas e não queríamos correr riscos com API não oficiais. Ainda acho que o Facebook está perdendo muito dinheiro nisso.
Com o tempo e o efeito “bola de neve”, comecei a elaborar estratégias para encerrar o serviço, que tanto tinha insistido para criar. A solução veio na substituição do Whatsapp pelo Instagram, mídia que ainda não tínhamos presença. Após elaborada argumentação com os chefes, o Whatsapp do Exército foi enviado para a reserva não remunerada, em setembro de 2015, e o Instagram para o serviço ativo.

O WhatsApp do Exército (Ressurreição)

Mesmo sem uso, mantive o número do WhatsApp do Exército habilitado. Quase dois anos depois de desativado, continuávamos a receber algumas dezenas de mensagens por dia, muitas ainda contendo a data de nascimento e o nome do usuário, que eram os pedidos iniciais do serviço proposto.
Enfim, a missão era: Explorar o potencial desse meio, sem dispender nenhum (ou pouquíssimo) recurso financeiro e humano. Então veio a ideia de utilizar um Bot para facilitar o serviço.
Com algumas pesquisas no Google, vi que era possível, mas que seria necessário aplicar o root ao telefone. Nos EUA, o roteamento do iPhone (jailbreak) já foi considerado pela justiça como legal. No Brasil ainda não há nada nesse sentido.
Tudo implementado, o WhatsApp do Exército (+55 61 9109-5536) usa e abusa de Emojis, textos humanizados e menus para guiar o cidadão sobre as formas de ingresso no Exército. De quebra, ainda oferece as principais notícias que selecionamos para o dia.

Tutorial: Bot no Whatsapp

5 passos para criar um bot no Whatsapp


Passo 01: A ESCOLHA DO DISPOSITIVO MÓVEL

Recomendo que a instalação seja realizada em um dispositivo tipo tablet, já que o Bot é gerenciado no próprio dispositivo. Isso facilitará a criação e modificação das regras.
Só testei em Android. Acredito que para iOS seja mais complicado.
Sobre a questão da conexão, decidimos que o dispositivo deveria ficar conectado 24 horas no Wi-Fi da instituição.


Passo 02: INSTALAR A ÚLTIMA VERSÃO DO WHATSAPP

Atualize o aplicativo.


Passo 03: ROTEAR O TELEFONE

Atualmente o processo é bem simples. Existem aplicativos que fazem isso diretamente no aparelho. Alguns modelos de celulares e tablets podem precisar de um computador para realizar o roteamento.
a. Baixe o aplicativo Kingo Root (mais famoso) para Android (https://www.kingoapp.com/) e instale o aplicativo no aparelho. Para isso, é só seguir o passo a passo descrito nesse link https://root-apk.kingoapp.com/kingoroot-download.htm;
b. Após a instalação, abra o aplicativo e clique em Auto-Root. Nem sempre funciona em todos os modelos, por isso, caso não consiga, siga para a letra c; e
c. Esse é link e o guia para baixar o Kingo Root para Windows e rotear o telefone: https://www.kingoapp.com/android-root/download.htm.
Após a instalação, o próprio aplicativo indicará os passos que devem ser seguidos.
Se obteve sucesso, prossiga. Caso contrário, tente novamente ou peça ajuda ao pessoal amigo da TI.


Passo 04: INSTALAR O BOT

a. Na Play Store, baixe a versão free do WA Chat Bot (também chamado do Autoresponder for WhatsApp), o fabricante é a TK Studio. Se funcionar, baixe a versão PRO, pois só ela permitirá que se configure mensagens de boas-vindas, além de uma infinidade de respostas customizadas;
b. Instalado o App, comece pela seção Settings, onde é importante preencher o campo Package Of WhatsApp com a seguinte informação: com.whatsapp . Se você usa uma versão não oficial do WhatsApp, é possível que essa informação seja outra;
c. Após salvar, é hora de configurar as regras. Na tela inicial click em RULES;
d. São três tipos de regras na versão PRO:

  • 1) Welcome Message – Vai enviar uma mensagem padrão sempre que uma nova conversa for iniciada (Imagem1);
  • 2) Trigger – Responde se a mensagem recebida tiver um palavra ou conjunto de palavras. Ex: “tudo%/%com” responderá uma mensagem do tipo “Olá, tudo bem como você”; e
  • 3) Normal – Responde se a mensagem contiver somente o texto digitado ou use * para responder todas as mensagens. Essa é função ideal o para o Menu de Opções. Se colocarmos 1, o Bot não responderá se a pessoa colocar 11 ou 12.

e. Trabalhando com mensagens diferentes de acordo com o horário do dia:
Existe a opção na criação de regras, chamada Time Restriction. Eu uso para que a resposta contenha “Bom dia” se a mensagem for de dia ou “Boa Noite” se for de noite. Funciona muito bem e uso com as Welcome Message, que e a mensagem padrão enviada para a primeira interação.

Imagem 1. Exemplo configuração da Welcome Message


Passo 05: Planejar a interação

A melhor forma é por menus de opções. O sistema não é uma inteligência artificial, mas pode ajudar bastante.
O legal é que na Welcome Message contenha uma mensagem de boas-vindas, personalizada pelo horário, a informação do órgão, o menu de opções inicial, e a informação de que se trata de mensagens automatizadas*.
*mesmo assim, algumas pessoas querem conversar.
Começamos com uma linguagem institucional demais, depois a tornamos bem mais humanizada.
Era assim…

Ficou assim..

Com o tempo, é possível personalizar mais o “diálogo”. É possível enviar uma mensagem final, caso o usuário envie um obrigado, um like, um valeu ou vlw.

Conclusão e desafios atuais

Bem pessoal, acredito que esse tutorial / guia já serve como uma boa introdução. Mas queria finalizar com algumas observação e projetos futuros:
O WAChat Bot não é associado ao WhatsApp e pode ser banido um dia, embora não use nenhum tipo de API. Por isso, digo sempre, o sistema é Beta.
Não adianta só criar o monstrinho, tem que cuidar e alimentar. Juro que dá menos trabalho que uma criança.
Desafio 1: Toda mensagem recebida de um usuário novo, ele será adicionado aos contatos do telefone. Ainda não sei como fazer.
Desafio 2: Enviar, de acordo com a programação uma mensagem de Broadcasting para os membros de uma lista. Está quase pronto, já consegui fazer com que o Bot mande uma mensagem para um grupo de “divulgadores” que recebem as notícias e espalham nos grupos.


Participe do RedesON

No dia 8 de abril de 2020, a WeGov realizará o melhor evento de comunicação no setor público, o RedesON edição especial online e ao vivo. O Tenente-Coronel Paulo está confirmado na programação. Confira aqui >

Por Paulo Sousa

Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro. Responsável pela inovação, análise e gerenciamento das mídias sociais do Exército Brasileiro desde 2014, é Pós-graduado em Modernos Sistemas de Comunicações pela UFF e Pós-Graduado em Comunicação nas Redes Sociais pelo UniCeub em 2016.

Lincon Shigaki
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Aconteceu em Brasília nos dias 20 e 21 de junho de 2017

A WeGov realizou nos dias 20 e 21 de junho em Brasília, a oficina de Comunicação Interna voltada para o Setor Público. Alexandre Araújo e Fábio França compartilharam com a turma seus conhecimentos e a experiências de anos de trabalho no Tribunal de Contas da União (TCU).

Rede: Oficina de Comunicação Interna

Participaram da oficina representantes das seguintes instituições:

  • Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (CIASC); Confederação Nacional de Municípios (CNM); Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Exército Nacional; Instituto Chico Mendes; Ministério da Fazenda; Receita Federal; Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO); Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT); Tribunal Regional do Trabalho da 10° Região (TRT 10); Tribunal Regional Federal da 5° região (TRF 5) e; Universidade Estadual de Goiás (UEG).

Além destas, as instituições do Programa HubGov 2017 foram até Brasília participar desta agenda.
As atividades aconteceram na sede da Confederação Nacional de Municípios, o maravilhoso espaço foi fundamental para o sucesso da oficina! Obrigado Marco Melo e toda equipe da CNM!

Comunicação interna no setor público

É comum instituições estarem focadas em comunicação para o público externo – cidadão, imprensa e demais instituições. Por vezes, acabam deixando de lado a comunicação para o público interno.
Durante o curso, os facilitadores abordaram estratégias, ferramentas e canais de comunicação que podem divulgar informações relevantes e gerar engajamento dos servidores aos objetivos institucionais.
Os cases apresentados demonstram que não basta que a informação simplesmente seja produzida e chegue até o servidor público (funcionário, cliente interno). É preciso utilizar, muitas vezes a criatividade e inovação para atingir os objetivos.


Mais informações

Gostou dessa oficina? Para saber sobre as próximas atividades, assine a nossa Newsletter. Para solicitação de proposta, entre em contato conosco.
Fotos: Flickr da WeGov.
Oficina Comunicação Interna

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

Rafael Rebelato
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Por que vale a pena investir tempo e recursos na troca de ideias interinstitucionais

Trabalhar em conjunto é difícil. Especialmente em Governo. Mas é a melhor forma de se chegar a um resultado satisfatório e, quiçá, inovador. A colaboração entre pessoas e instituições é de uma riqueza infinita. Com a soma dos talentos, multiplicamos as soluções, sempre em prol da melhoria da oferta de serviços e informações ao cidadão. É por essas e outras que participar do HubGov tem sido tão apaixonante.

HubGov: Aprendendo a trabalhar de forma colaborativa

Particularmente, tenho por hábito querer fazer tudo por conta própria, “deixa que eu resolvo, deixa que eu faço”. A preguiça de ter de explicar ao outro como realizar determinada tarefa que pra mim é banal, faz com que eu prefira fazer tudo sozinha. É claro que essa postura traz muitos prejuízos. Tanto pra mim, que acumulo um excesso de tarefas e acabo não conseguindo realizá-las a contento, quanto para a equipe, que não tem a oportunidade de aprender coisas novas e contribuir com ideias diferentes das que eu teria.
O HubGov tem sido um exercício intenso de quebra desse paradigma. Há muita troca de ideias, experiências e contribuições, não só entre os quatro integrantes da equipe, mas também entre as 14 instituições participantes do programa. É difícil, é trabalhoso, é frustrante e, muitas vezes, angustiante. Expor ideias, convencer o outro e ser convencido, é uma desconstrução e reconstrução constantes que dão a impressão de que não saímos do lugar. Mas, apesar de toda essa aspereza, quando surge um insight, uma ideia, um novo modelo a ser seguido, um outro ponto de vista que ilumina situações não previstas, nossa, é maravilhoso. Faz tudo valer a pena.
Estimulados pelo HubGov, nós participantes da Secretaria de Estado da Comunicação, também conhecida como Secom, trocamos visitas institucionais com os hubgovers do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, o TRE-SC. Inicialmente, ficamos curiosos: como será que podemos contribuir com o desafio deles? Até descobrirmos que temos os caminhos para a solução de parte do desafio dos colegas. Ao retribuirmos a visita, acabamos nos inspirando a dar uma guinada no nosso desafio. Sem entrar em muitos detalhes por aqui, fica o registro de que visitas como essas, aparentemente banais, podem ser transformadoras.

Ninguém é tão bom quanto todos nós juntos

E isso não fica restrito ao ambiente HubGov. Nos últimos meses, na Secom, tive mais de uma oportunidade de participar de projetos interinstitucionais com resultados gratificantes. Exemplos práticos: foi produzido um vídeo sobre “os 10 anos da certificação de Santa Catarina como Estado livre de febre aftosa sem vacinação” com o envolvimento de profissionais da Secom, Secretaria da Agricultura, Cidasc e Epagri. Outro caso foi o apoio que a Secom prestou à Secretaria da Defesa Civil na comunicação com a imprensa e com o cidadão (nas mídias sociais) sobre alertas e situações de emergência num período de chuvas intensas. Não foi fácil em nenhum dos casos, mas o resultado foi bastante gratificante e quem sai ganhando é o público final, o cidadão.

Se há alguma lição que podemos tirar dessa experiência, é difícil não cair na sabedoria popular: ninguém é tão bom quanto todos nós juntos, ou uma andorinha só não faz verão. Vamos ser andorinhas e alçar voos mais ousados por aí?

Lincon Shigaki
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A WeGov esteve junto com o Facebook falando sobre comunicação nas redes sociais

Comunicadores da Justiça Eleitoral se reuniram para trocar experiências e definir estratégias para as cortes eleitorais. O evento aconteceu em Brasília, nos dias 25 e 26 de maio, com a presença dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A agenda do evento pautou os principais desafios e conquistas, desde a divulgação das ações da Justiça Eleitoral até a prestação de serviços ao eleitor.
No painel da WeGov, esteve presente a representante de Política e Governos do Facebook, Deborah Delbart. A conversa narrou o papel das mídias sociais na vida do cidadão. Não obstante, evidenciou-se que a interação entre instituição e os seguidores permite ultrapassar o caráter informativo da mídia convencional e transformar a comunicação institucional, sendo uma plataforma de serviços, ao agregar valor à população.

Para saber mais sobre o evento, acesse o release na página do TSE.
*As fotos do evento são do Flickr do TSE 😉 

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

Lincon Shigaki
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Evento aconteceu nos dias 27 e 28 de abril de 2017

Mais de 70 instituições de todo o Brasil participaram do melhor evento de comunicação digital para o setor público. O evento foi sediado na sede da WeGov e da Softplan, em Florianópolis – SC.


Entenda a história do evento

A primeira edição do evento foi realizada em 2012 com o objetivo de reunir os profissionais com o desafio de atuar com a comunicação digital nas instituições públicas, principalmente com o incipiente uso das redes sociais. Desde então, formou-se uma comunidade onde prevaleceu o aprendizado e troca de conhecimento.
Redes-eGov é um evento realizado anualmente com o objetivo de aproximar os profissionais da comunicação digital de instituições públicas em uma programação que promova a interação entre os participantes. Essa abordagem permite refletir sobre a atuação da própria instituição e inspira novas ações, ressaltando o poderoso impacto de um trabalho inovador e genuíno.


Depoimentos dos participantes

“O valor do evento e da rede construída pela WeGov está completamente apoiada na essência de quem o constrói. O fato de ser um evento para compartilhar, e não para ditar regras e receitas, tornam o #Redes-eGov autêntico e realizador na medida exata para uma comunicação pública de qualidade e voltada ao seu verdadeiro público: os cidadãos”

Camila Moraes (Agência A2ad)

“A capacidade de a equipe WeGov antecipar as necessidades dos Social Medias sempre me surpreende. Muito obrigada por contribuírem com o amadurecimento profissional dos Social Medias e nos acolher em um nível familiar de carinho. No que depender de mim, irei em todos os eventos da WeGov que puder!”

Janayna Cajueiro (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso)

“O #redesegov cumpre um papel indispensável para os social medias ao reuni-los em dois dias de troca de experiências, conhecimento e inteligência. Um evento para falar do futuro e me sinto orgulhoso por participar disso. Parabéns, equipe WeGov”

Danilo Aguiar (Prefeitura de Aracaju)

“Estar no evento foi uma oportunidade de ouro. Pude ouvir colegas que já vêm trilhando sua caminhada digital há mais tempo, comemorar suas vitórias, entender seus percalços, escutar como aprenderam com seus erros e deram a volta por cima. Tudo isso me rendeu inúmeros insights. Voltei ao trabalho com gás total e plena da certeza de que estamos todos pavimentando, juntos, o futuro (cada vez mais próximo e imediato) da comunicação do Governo com o cidadão brasileiro. Muito bacana perceber que estamos construindo, coletivamente, uma nova forma de atender à sociedade. Estou cheia de ideias. Mãos à obra!”

Ana Lúcia Borges (Inmetro)

Confira a Programação

Dia 01

  • Abertura – A corda em si – contrabaixo e voz
  • Debate Thinking – Alex Lima (Glóbulo) e Thaynan Mariano (Idea Labs)
  • Gestão de Crise – Coronel Araújo Gomes (PMSC)
  • Jogo da Crise – Patrícia Garcia (WeGov)
  • Transformação Digital – Guilherme Tossulino (Softplan)
  • Notícias Falsas – Jéssica Macedo (Senado Federal):

Dia 02

  • Dinâmica de co-construção de processos de comunicação – Gabriela (WeGov)
  • Conversa com o Twitter – Fernando Gallo (Twitter)
  • Painel Encontro Transparente – Thiago Marzagão (CGU) e Jéssica Temporal (Serenata de Amor)
  • A era pós prefs – Alvaro Borba (ex- Diretor na prefeitura de Curitiba)
  • Narrativas de mão dupla – Olavo Carvalho (Narrative)
  • Painel Justina e João Cidadão – Aline Castro (TRT2) e Tatiana Jebrine (CNMP)
  • Governo do Futuro – André Tamura (WeGov)

We Redes-eGov

O Redes-eGov é muito especial para nós da WeGov. É contagiante a atmosfera do evento onde os participantes estão genuinamente buscando se desenvolver e aperfeiçoar o seu trabalho. Em meio a tanta diversidade de instituições participantes (nas escalas: tamanho, disponibilidade de infraestrutura e regionalidades), percebemos a sinergia pela orientação comum em fazer parte de um movimento de inovação na comunicação digital.


Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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Uma reflexão sobre jornalistas e social medias

Era para ser uma homenagem, mas no Espírito Santo a publicação do Governo ofendeu jornalistas neste 7 de abril, Dia do Jornalista. Ofendeu porque é sempre muito difícil prever a reação do público quando se adota humor nos conteúdos de páginas institucionais do setor público. Existe uma ideia difundida sobre a sobriedade e seriedade dos órgãos públicos como se houvesse a necessidade de transpor também para a comunicação.
A publicação trazia um gif (bastante conhecido entre os usuários mais assíduos de redes sociais) de um macaco sentado à mesa, empurrando um laptop. Na legenda, o texto: “Hoje é o dia do batedor de releases. Parabéns, amigos jornalistas. Hoje é o nosso dia! #DiadoJornalista”. Após a chuva de críticas, ao final da manhã a publicação foi apagada.

As críticas

A publicação recebeu comentários dizendo que o Governo do Espírito Santo estava chamando os jornalistas de macacos. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo criticaram e solicitaram uma retratação: “toda a formação ética e social dos profissionais responsáveis por levar informação de qualidade à sociedade”.

A retratação

A retratação foi feita pela Superintendente de Estado de Comunicação, Andréia Lopes.


Convenhamos, a nota foi muito exagerada, bem como a reação de todos que criticaram a publicação. Como jornalista, a nota me ofendeu muito mais do que a publicação. Criticam um gif plenamente difundido na internet dizendo que subestima a formação e o trabalho de todos nós, mas a nota faz parecer que jornalistas não sabem o que é e como funciona a linguagem em redes sociais.
Nem sequer houve uma brincadeira dizendo que jornalista é um macaco (como o Estadão fez um tempo atrás com os blogueiros). As críticas foram exageradas, resultado de uma interpretação de texto vitimista ou pretenciosamente mau humorada.

Entretons de uma publicação de governo que ofendeu jornalistas

Ainda está longe de instituições do setor público conseguirem utilizar efetivamente a linguagem das redes nas redes. Parte porque nem sempre é o momento certo para adotar um tom mais despojado nas publicações. Parte porque há ainda uma cultura retrógrada na construção dos discursos. Houvesse um pouquinho mais de bom humor e conhecimento do que é a cibercultura, nem precisaria estar falando sobre isso aqui.
O tom da nota de retratação deu mais notoriedade ao fato que acabou sendo notícia nos portais da imprensa, como G1 e Veja. Imagina uma nota dessas sempre que alguém discordar de uma publicação mais descontraída em páginas de governo. A publicação do governo ofendeu jornalistas que quiseram se sentir assim.
Fica a experiência para pensarmos antes de produzir algum conteúdo utilizando-se de temas muitas vezes debatidos como piada de mau gosto ou preconceito. A palavra macaco é vista com uma conotação muito negativa. Talvez por isso o gif tenha gerado a tal sensação de que a publicação do governo ofendeu jornalistas.

[youtube=https://youtu.be/8APbPfy3atg&w=720&h=400]

Demissão

Soube há pouco que o Governo do Espírito Santo decidiu demitir a assessora por trás da homenagem ao dia dos jornalistas. É exagero, em cima de exagero. Espero que isto algum dia mude. Espero também posicionamento do sindicato em defesa da tal pessoa que não sei quem é mas já considero pakas (opa! É possível que não compreendam a referência).
Originalmente publicado no blog Jornalista Digital.

Por WeGov

Somos um espaço de aprendizado para fazer acontecer a inovação no setor público.

André Tamura
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Convite dos palestrantes

Dias 27 e 28 de abril de 2017, acontecerá em Florianópolis, o 6º Redes-eGov. Alguns palestrantes gravaram videos convidando vocês para o evento. Confira:


Jéssica Macedo – Senado Federal

[youtube=https://youtu.be/6z1wUqIySbs&w=720&h=400]

Confira a programação >


Cuducos – Serenata de Amor

[youtube=https://youtu.be/4xCucpV1hCs&w=720&h=400]

Baixe o Ofício Convite >


Tatiana Jebrine e Luana Loschi – João Cidadão CNMP

[youtube=https://youtu.be/TYYWFOkVcg4&w=720&h=400]

Sugestões de hospedagem >


Alvaro Borba – Jornalista

[youtube=https://youtu.be/Syl8nr_lj4M&w=720&h=400]

Relembre a edição 2016 >


Aline Castro Rossi – Justina TRT2

[youtube=https://youtu.be/1X0YyDLNmB8&w=720&h=400]

Relembre a edição 2015 >


Thiago Marzagão – CGU

[youtube=https://youtu.be/7_ClPoIpYs0&w=720&h=400]

Acesse o site do evento >


Inscreva-se

Inscreva-se >

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

WeGov
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Faça parte dessa comunidade de Social Media Govers

Em 2012 (quando a WeGov ainda não era WeGov), demos início a algo que tomou proporções que não podíamos imaginar na época. Um evento pioneiro, que reuniu comunicadores de instituições públicas do Brasil todo para falar de um tema ainda tabu na época – mídias sociais em governo.
O compartilhamento de experiências do setor público se intensificou, e criamos algo que extrapolou o encontro anual: uma comunidade Social Media Gov. Com erros e aprendizados, evoluímos com o tema e passamos a gerir uma comunidade da qual temos orgulho, e que cresce a cada ano.
Essa comunidade mantém contato e faz trocas valiosas durante o ano todo, em um grupo fechado no Facebook, e outro no Whatsapp, nos quais tiram dúvidas, mostram tendências, apresentam seus casos e recebem feedbacks (elogios e críticas, de uma forma franca em tempo real), e claro, falam sobre as agruras de ser um Social Media Gov.
Já surgiram trabalhos acadêmicos, oportunidades de emprego, e não são raros os depoimentos sobre como a comunidade traz benefícios àqueles que diariamente representam as instituições perante os cidadãos. Os participantes são de todas as esferas e poderes, de prefeituras que atendem a alguns milhares de cidadãos a entidades federais.

Exemplos do que rola por lá:

6º Redes-eGov

A comunidade se ajuda o tempo todo, o evento é apenas um momento para oxigenar as ideias, conhecer os “rostos por trás dos perfis”, e recarregar as energias que são consumidas loucamente na rotina de trabalho! Está confirmado: O Redes-eGov faz bem pra saúde!
Para fazer parte da comunidade, você precisa participar de um evento Redes-eGov ou de uma de nossas oficinas Social Media Gov. Os benefícios são incontáveis, tangíveis e intangíveis!
Estamos listados, pelo 3º ano seguido, entre os principais eventos de tecnologia do Brasil pela Eventbrite (nº10 na categoria Social Media), descritos como “evento único no Brasil”!

Mais informações

Confira a programação da 6ª edição aqui, e venha fazer parte dessa comunidade! O encontro deste ano acontecerá nos dias 27 e 28 de abril, em Florianópolis 😉

Por WeGov

Somos um espaço de aprendizado para fazer acontecer a inovação no setor público.

WeGov
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Inovação, Comunicação e Gestão

Frequentemente, pesquisamos, acessamos ou recebemos ótimos conteúdos de diversas pessoas. A nossa rede costuma solicitar para a WeGov, materiais mais detalhados do que um texto de blog ou matérias de sites de notícias.
Vamos utilizar esse espaço para guardar todo conteúdo útil que encontrarmos: pesquisas, estudos de caso, métodos, toolkits e cursos – sobre Inovação, Comunicação e Gestão – voltados ao setor público.
Deixe sua sugestão nos comentários.
O post será atualizado com as sugestões da rede.
Aprecie sem moderação. Colabore, compartilhe e aplique em sua instituição.


Inovação

1 Dá Pra Fazer – Gestão do Conhecimento e Inovação no Setor Público do iGovSP
2 Mapa com laboratórios de inovação no setor público, de diversos lugares do mundo, classificando o papel do governo em cada caso (fundador, cliente, parceiro…). Criado pela Parsons Desis Lab.
3 Mapa interativo da Nesta com instituições do setor público pelo mundo que estão usando a abordagem do design para ajudar a resolver desafios complexos.
4 Inovando para uma melhor gestão: A contribuição dos laboratórios de inovação pública. Relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento sobre os laboratórios de inovação no Setor Público, com estudos de caso do Uruguay e do Brasil. (em espanhol)
5 Service Design Impact Report: Public Sector – Inovação no setor público, estudos de caso de aplicação da metodologia de Design de Serviços,  engajamento de cidadãos, e o futuro dos serviços públicos. Por Netherlands Enterprise Agency
6 Guia produzido pela Nesta e pela IDEO sobre uso de Design Thinking no Setor Público, com estudos de caso e ferramentas.
7 Dicas para endereçar as principais dores na entrega de serviços públicos: Mensagem inconsistente; conectando-se com o usuário; processos complexos;  tecnologia ultrapassada; falta de  responsabilização (accountability); falha para fazer acompanhamento. Por GovLoop
8 Avaliando a inovação no setor público na Dinamarca.
9 Pesquisa da Nesta, sobre inovações pioneiras em Democracia Digital, com o Laboratório Hacker, da Câmara de Deputados, como um dos casos estudados.
10 Observatório do Setor Público da OCDE mostra as Habilidades-chave para fomentar e viabilizar a inovação no setor público.


Comunicação

1 Pew Internet – Informações sobre o aumento no uso do Facebook nos EUA e a adoção de outras mídias (em Inglês).
2 Tendências das Mídias Sociais para 2017 –  Ainda que tendências apenas apontem caminhos que podem mudar, vale sempre a pena estar antenado sobre o que o mercado enxerga como potencial. Aqui tem 10 previsões para 2017 que vão da diversificação de negócios das mídias sociais a chatbots. Por Kantar Ibope Media
3 El Gobernauta Latinoamericano – Estudo do Perfil dos Governantes Latinoamericanos nas Redes Sociais.


Gestão

1 Curso online de Gestão Pública e Gastos Abertos da ITS Rio. Realizado pelo ITS Rio em parceria com a Open Knowledge Brasil. Apoio da Gastos Abertos e da Escola de Dados. A equipe de professores apresentará oportunidades e ferramentas para monitoramento, análise e visualização de dados orçamentários.
2 Novos talentos da Gestão Pública –  Histórias de Brasileiros que estudaram fora do país, e voltaram trazendo novas abordagens para aplicar na administração pública. Por Fundação Estudar.
3 The Intersector Project Toolkit – Este Toolkit fornece conhecimento prático para profissionais de governos, empresas e ONGs. Para diagnosticar, projetar, implementar e avaliar colaborações intersetoriais.
Atualizado em 03/05/2017

Por WeGov

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WeGov
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Retrospectiva 2016 e estratégias inovadoras de Comunicação Pública

No dia 19 de Dezembro realizamos o último encontro (de 2016) dos comunicadores de instituições públicas catarinenses. Tivemos a presença de representantes do IFSC, da Secretaria de Segurança Pública, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, do Corpo de Bombeiros Militar de SC e das Secretarias de Comunicação e da Fazenda do Governo de SC.

Retrospectiva 2016

As instituições fizeram uma breve retrospectiva sobre como foi o ano de 2016 para a área de comunicação, falando do impacto de mudanças institucionais, do uso das diferentes mídias, e ainda compartilharam informações sobre os bastidores das campanhas. Mostramos também a retrospectiva segundo o Google:

[youtube=https://youtu.be/KIViy7L_lo&w=720&h=400]

Papo Reto da Assembleia SC

Nesse quarto encontro, Lucas Diniz e Monique Margô, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, apresentaram o case do ‘Papo Reto’. O programa, criado pela ALESC em 2016, apresenta quinzenalmente os principais projetos de lei sendo votados na Assembleia, de uma maneira divertida e criativa, fazendo referência a muitos elementos conhecidos pelo público.
Vale a pena conhecer!

[youtube=https://youtu.be/x9eD5U1QFMY?list=PLNmz4ds5UGCxfdoYg8eE67G76GMpj_DL3&w=720&h=400]

ComuniCafé 2017

Em 2017 o ComuniCafé continuará acontecendo, com mais novidades! Se você tem interesse em participar, entre em contato com a gente 😉

Por WeGov

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WeGov
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Trabalhando a comunicação como elemento estratégico nas instituições públicas

A WeGov realizou nos dias 01 e 02 de Dezembro, a primeira oficina de Comunicação Interna voltada para o Setor Público, com a facilitação de Alexandre Araújo, servidor do Tribunal de Contas da União há mais de 20 anos.
Participaram da oficina representantes do Tribunal Superior do Trabalho, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, da Epagri, do Conselho Nacional dos Ministérios Públicos, da Agência Nacional de Transportes Terrestres e da Secretaria da Saúde de Santa Catarina.

Depoimentos


Isabela – EPAGRI

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Leilane – ANTT

[youtube=https://youtu.be/yTqCThVubGY&w=720&h=400]

Oficina Comunicação Interna

Quer conversar mais sobre essa oficina? Entre em contato consoco 😉

Por WeGov

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Lincon Shigaki
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A 2ª edição de 2016 aconteceu nos dias 28 e 29 de Novembro, em Brasília

Realizamos a última edição de 2016 da Oficina Social Media Gov, nos dias 28 e 29 de Novembro, em Brasília. A oficina prepara comunicadores de instituições públicas para ingressarem nas mídias sociais, ou aperfeiçoarem sua estratégia de comunicação nas redes.
Essa edição contou com a participação especial do Tenente-Coronel Paulo Sousa, responsável pelas mídias sociais do Exército Brasileiro. Estiveram presentes representantes da Câmara Municipal de Ipiranga do Norte, do Tribunal Superior do Trabalho, do Exército Brasileiro, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, da Advocacia-Geral da União, do Ministério Público do Paraná, do Conselho Nacional do Ministério Público, da INFRAERO e do Ministério Público Federal.


Depoimentos

A oficina Social Media Gov já é muito conhecida no Exército, praticamente todos da área de comunicação já realizaram e incentivaram a minha participação. Estou buscando uma experiência de aprendizado onde possa aprender com colegas que estão vivendo coisas semelhantes, conectados pela mesmo desafio de atuar nas mídias sociais.”
Ana Cristina – Exército

O interesse na oficina surgiu com o intuito de colocar a Câmara nas midias de forma eficiente e profissional, buscando atender as necessidades dos cidadãos. O município é muito jovem (16 anos) e a ideia é lançar a câmara nas mídias sociais já com um posicionamento inovador. Ipiranga do Norte é referência em prestação de contas e buscamos manter o valor transparência e expandir nas mídias sociais.”
Karynne – Câmara Municipal de Ipiranga do Norte

Estamos aprendendo diariamente com os desafios da AGU mas buscamos na oficina um conhecimento mais organizado sobre o tema. Eu já participei de outras 3 eventos da WeGov e é sempre um momento de auto-conhecimento e oportunidade de conhecer novas práticas. Especificamente nesta oficina, vim em busca de aprendizados direcionados para serem aplicados nas próximas ações da AGU.”
Filipe – Advocacia-Geral da União

Vim para oficina em busca de novos conhecimentos e práticas para o aperfeiçoamento profissional. Estou aprendendo com outros profissionais da área, o que me permite reconhecer se estou no caminho certo e como posso melhorar as mídias da minha instituição.”
Taciana – TST

Está sendo produtiva a troca de experiências sobre o tema! Quero sair com mais capacidade de fazer o trabalho de mídias sociais dentro do Tribunal.”
Tatiany – TJDF

exercito

Oficina Social Media Gov

Ficou com vontade de levar a oficina para sua instituição, ou para sua cidade? Vamos conversar 😉

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

Naiara Czarnobai
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O que a comunicação de dados entre o Whatsapp e o Facebook e a Lei de segurança cibernética na China nos alertam?

Recentemente a China criou uma lei de cibersegurança com a finalidade de evitar ameaças com a pirataria e o terrorismo, mas a medida alertou empresas internacionais e grupos de direitos humanos. Isso porque a norma, que entrará em vigor em junho de 2017, exige que os dados sejam armazenados em servidores daquele país, inclusive, dispõe de critérios duvidosos para revisões de segurança.
Trata-se de uma manobra legal que também acaba atingindo os usuários chineses que já estão sujeitos ao mais sofisticado mecanismo de censura online. A justificativa dos governantes é de que o desenvolvimento nacional do país depende do uso adequado e seguro da rede.
Com a referida lei, os operadores de infraestrutura de informações críticas deverão armazenar informações pessoais e dados de negócios importantes na China, além de fornecer um suporte técnico para agências de segurança, e serem submetidos a revisões de segurança nacionais.
As medidas que o governo alega ter intuito protetivo, podem dar brechas para que empresas que atuam na China sejam obrigadas a conceder informações sensíveis de seus produtos e serviços para poder ter acesso ao uso da internet, colocando em risco os direitos de propriedade intelectual.
Longe de ser um protecionismo comercial, a liberdade de negociação naquele território soberano pode sofrer restrições com a vigência da lei de cibersegurança, embora muitas das práticas descritas nesta norma já sejam aplicadas rotineiramente sem uma codificação específica.

Segurança Nacional

A superpotência alega que a segurança nacional está em risco com o uso ilimitado da rede, sobretudo em se considerando a espionagem e a ação criminosa no cenário econômico e inclusive com prejuízos às defesas militares. A medida é extremamente restritiva, e não há como haver interferências de outros países para tentar coibir a adoção tão rigorosa desse sistema de proteção no ciberespaço.
Em contrapartida ao excesso de preocupação da China em relação ao uso seguro da internet por seus nacionais e às interferências de outros usuários, o Brasil tem engatinhado para garantir a segurança dos internautas brasileiros.
Desde 25 de agosto último está valendo uma alteração realizada pelo Whatsapp em seus termos de uso, segundo a qual o aplicativo realiza troca de dados dos usuários com o Facebook , supostamente para garantir ofertas de publicidade e de mídia digital. Alertei sobre esta prática em recentes palestras sobre direito eletrônico, e para minha surpresa a maioria dos presentes nunca tinha realizado a leitura dos termos de consentimento de quaisquer dos aplicativos usados nos dispositivos móveis.
No momento do cadastramento na rede social de comunicação por mensagens, o interessado é questionado se concorda com todas as imposições apresentadas pelo gerenciador do aplicativo, como em conceder uma licença global para as empresas do grupo Facebook acessarem as informações para fins de acompanhamento do uso e de ofertas de publicidade. Além disso, há uma cláusula específica em que também há autorização para que esses mesmos dados sejam transferidos a terceiras empresas sem qualquer ressalva. Se não concordar, não há outra alternativa ao usuário senão ficar fora da rede.
Outro ponto bem relevante é que, ao aceitar os termos de uso e consentimento, o interessado afirma ter ciência de que falhas se segurança podem ocorrer, e o acesso à rede social isenta qualquer funcionário do Facebook ou do Whatsapp , inclusive membros da direção e acionistas, de qualquer responsabilidade por danos ou prejuízos causados a partir desses incidentes.
Em razão de toda a fragilidade dos termos impostos aos usuários e da coleta irrestrita de informações, a Alemanha já havia conseguido impedir essa comunicação entre os aplicativos desde 27 de setembro, e, nesta semana, o órgão regulador do Reino Unido (Information Commissioner’s Office) fez um acordo com o Facebook a fim de suspender o processamento desses dados.

A segurança cibernética no Brasil

No Brasil, passados mais de dois meses da modificação dos termos de uso do Whatsapp , medida semelhante está sendo intentada pelo Instituto de Defesa do Consumidor por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (SENACON), e ainda não temos resultados positivos, mas espera-se que a postura seja revista no país também.
Enquanto a China exerce um controle absoluto sobre o uso da internet em seu território, o Brasil ainda não tomou consciência da importância da adoção de medidas preventivas para impedir falhas de segurança na utilização da rede mundial de computadores.

Marco Civil da Internet

O Marco Civil da Internet, publicado décadas após o serviço ter sido disponibilizado em terras tupiniquins, ainda é um frágil instrumento legal para coibir condutas prejudiciais aos usuários brasileiros, sobretudo porque não concede aos magistrados e aos órgãos de fiscalização ferramentas adequadas para evitar que a segurança seja comprometida.
Além da falta de conscientização e de educação das pessoas sobre o uso seguro da internet, percebe-se que a ausência de dispositivos legais favorece ações criminosas no ciberespaço, além de posturas contrárias aos direitos dos consumidores por parte de organizações e empresas internacionais.
A inexistência de barreiras territoriais para utilização da internet não pode servir de alavanca propulsora para posturas coniventes por parte do poder público. O interesse dos chineses na regulamentação de diversas condutas por pessoas físicas e jurídicas na internet serve-nos de exemplo para que dediquemos esforços no sentido de criar uma legislação realmente protetiva e que englobe o máximo de ações potenciais, até mesmo para colaborar na atuação dos órgãos de repressão.

Conclusão

É de se concluir que não precisamos ser tão radicais quanto os orientais no disciplinamento das hipóteses de permissão, mas já passamos do estado de alerta para a criação de comissões e grupos de trabalhos a serem constituídos com a finalidade de realizar a reestruturação do sistema protetivo legal também da internet no Brasil, especialmente porque não existe um Edward Snowden em cada esquina para relatar detalhadamente ações invasivas e violadoras das normas protetivas da intimidade e da segurança nacional.
Publicado originalmente em Emporio do Direito.
Foto: Riku Lu.

Fábio França
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Refletindo sobre a comunicação interna

Uma edição do jornal The New York Times tem mais informações do que uma pessoa recebia ao longo de toda a vida no século 17. Mais de 1.000 novos títulos de livros são editados por dia em todo o mundo. Existem mais de 3 bilhões de páginas disponíveis na Internet. Com o avanço da computação, especialistas calculam que produzimos mais informações na última década do que nos 5 mil anos anteriores. Há pesquisas que indicam que uma pessoa em cidade grande é exposta a 10.000 mensagens por dia…

Falar é fácil

Hoje, o desafio já não é mais falar. Isso ficou fácil. O avanço da tecnologia disponibilizou ferramentas baratas (muitas vezes gratuitas) e eficientes. É como ter megafones espalhados por toda organização. A qualquer momento, podemos disparar uma mensagem e ter a certeza que ela vai ser emitida em todos os cantos do ambiente organizacional. O problema é que o barulho é ensurdecedor e ninguém consegue te ouvir!
Com esse bombardeio de informações, como conseguir um pouquinho da atenção do nosso público interno??? Essa é a pergunta de um milhão de dólares e não vamos conseguir a resposta em um pequeno artigo de blog. Mas, podemos encontrar alguns caminhos. Vamos lá?

Direto ao ponto

Primeiro, a organização deve definir o que é, de fato, relevante. Quando tudo é importante, nada é importante. Precisamos ter clareza do que deve ser comunicado e segmentar nosso público interno. Falar para cada um apenas aquilo que ele precisa ouvir. Os servidores já recebem muitos estímulos, de todos os lados. Não vamos mandar mais lixo para eles. Eles precisam saber que, quando falamos, é importante e precisam parar para ouvir. Além disso, nossa mensagem tem que ser extremamente econômica, tem que ir direto ao ponto. Ninguém tem tempo a perder!

Empatia

Parece algo muito simples e básico. Mas, nas decisões de comunicação interna do dia a dia, esquecemos de nos colocar na posição do outro. Nosso conteúdo é relevante para o segmento de público-alvo da mensagem? É comum acharmos incrível e super importante o que queremos falar. Mas, é útil para quem vai ouvir?
O formato da mensagem tem chances de ganhar a atenção daquele grupo de pessoas? Seja sincero com você mesmo, faça a sua matriz de EXPECTATIVAS x REALIDADE! Nesse momento, precisamos conhecer muito bem o nosso público interno. E, existem muitas ferramentas para isso. Sugiro a leitura do artigo “Com quem você está falando”, do Alexandre Araújo, que fala sobre a identificação das personas da instituição.

O “timing” da coisa

Qual é o timing certo para comunicar? Muitas vezes, o tempo da organização é diferente do tempo dos seus servidores. Precisamos adequar isso de alguma forma no processo de comunicação. O servidor deve ter acesso rápido à informação que precisa, na hora em que precisa.
Quer um exemplo? Queremos divulgar o lançamento de um novo sistema de solicitação de férias. A equipe que desenvolveu está super animada e quer falar sobre todas as funcionalidades da ferramenta. Mas, o usuário só vai ter interesse na informação quando for tirar férias, certo? Então, o que fazer? Podemos lançar em um período de pico de solicitações e disponibilizar um guia rápido no próprio sistema. O importante é que a informação esteja disponível no momento adequado.

Quer ser ouvido? Ouça!

Essa é uma regra básica de comunicação, ainda mais em tempos de redes sociais. As pessoas não querem só ouvir. Lá fora, elas estão acostumadas a dar opinião o tempo todo. Então, por que seria diferente dentro da organização?
Dê espaço para os servidores se manifestarem. Tenha canais de comunicação interna ascendentes e horizontais. Estimule a colaboração! É muito mais fácil as pessoas se interessarem pelos processos de trabalho em que elas podem, de alguma forma, participar. Se os servidores tiverem o sentimento do “nóis qui feiz!”, você precisará de muito menos esforço para comunicar.

Oficina Comunicação Interna

As quatro variáveis apresentadas são importantes. Mas, existem muitos outros aspectos a serem considerados. Então, se você quer aprofundar a reflexão, a WeGov fará a 1ª Oficina de Comunicação Interna para o setor público, ministrada pelo Alexandre Araújo, em Florianópolis, nos dias 1 e 2 de dezembro. Venha participar e desenvolver o plano de comunicação interna da sua instituição!

Acesse aqui para saber mais

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