Lincon Shigaki
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Palestra aconteceu no dia 12 de maio, no Programa de Inovação do TRT12 - Eureka.

O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT12) lançou o “Programa Eureka”. A iniciativa busca fomentar um ambiente interno de criatividade e colaboração, onde os magistrados e servidores são estimulados a submeter ideias que possam solucionar desafios organizacionais de forma inovadora. Além disso, o Eureka cria condições favoráveis à motivação das pessoas ao incentivar e reconhecer novas iniciativas nas unidades da Justiça do Trabalho da 12ª Região.

A WeGov participou do lançamento do “Programa Eureka” com a palestra “Inovação no Setor Público”. Apresentamos uma contextualização de mudanças de comportamentos da sociedade para iluminar possíveis caminhos que a inovação na gestão pública poderá seguir nos próximos anos.

Também foram apresentadas possibilidades para realização de programas de inovação na Justiça do Trabalho.

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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A palestra aconteceu no dia 05 de maio e foi ministrada pelo Joni Hoppen, da Aquare.la

A análise avançada de dados conquista gradativa e inexoravelmente espaço na estratégia de organizações públicas e privadas. É um grande desafio para o Governo, principal gestor de recursos do país, aprimorar a sua capacidade de apoiar decisões com apoio analítico.
A orientação governamental por meio do “senso comum” se torna perigosa e imprecisa. Nesse sentido, a palestra ressaltou a importância de cultivar uma “cultura de dados” nas instituições, que implica horizontalidade na utilização para o tratamento de dados.


TEMAS ABORDADOS

Que tipo de questões podem ser formuladas para explorar a inteligência de dados? (quais perguntas você quer que os dados te respondam)
Como criar indicadores?
Demonstração de ferramentas para visualização e análise de dados
Case: Redução do absenteísmo no sistema de saúde pública de Vitória/ES
Case: Detecção de padrões na saúde do Estado de São Paulo

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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Evento aconteceu nos dias 27 e 28 de abril de 2017

Mais de 70 instituições de todo o Brasil participaram do melhor evento de comunicação digital para o setor público. O evento foi sediado na sede da WeGov e da Softplan, em Florianópolis – SC.


Entenda a história do evento

A primeira edição do evento foi realizada em 2012 com o objetivo de reunir os profissionais com o desafio de atuar com a comunicação digital nas instituições públicas, principalmente com o incipiente uso das redes sociais. Desde então, formou-se uma comunidade onde prevaleceu o aprendizado e troca de conhecimento.
Redes-eGov é um evento realizado anualmente com o objetivo de aproximar os profissionais da comunicação digital de instituições públicas em uma programação que promova a interação entre os participantes. Essa abordagem permite refletir sobre a atuação da própria instituição e inspira novas ações, ressaltando o poderoso impacto de um trabalho inovador e genuíno.


Depoimentos dos participantes

“O valor do evento e da rede construída pela WeGov está completamente apoiada na essência de quem o constrói. O fato de ser um evento para compartilhar, e não para ditar regras e receitas, tornam o #Redes-eGov autêntico e realizador na medida exata para uma comunicação pública de qualidade e voltada ao seu verdadeiro público: os cidadãos”

Camila Moraes (Agência A2ad)

“A capacidade de a equipe WeGov antecipar as necessidades dos Social Medias sempre me surpreende. Muito obrigada por contribuírem com o amadurecimento profissional dos Social Medias e nos acolher em um nível familiar de carinho. No que depender de mim, irei em todos os eventos da WeGov que puder!”

Janayna Cajueiro (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso)

“O #redesegov cumpre um papel indispensável para os social medias ao reuni-los em dois dias de troca de experiências, conhecimento e inteligência. Um evento para falar do futuro e me sinto orgulhoso por participar disso. Parabéns, equipe WeGov”

Danilo Aguiar (Prefeitura de Aracaju)

“Estar no evento foi uma oportunidade de ouro. Pude ouvir colegas que já vêm trilhando sua caminhada digital há mais tempo, comemorar suas vitórias, entender seus percalços, escutar como aprenderam com seus erros e deram a volta por cima. Tudo isso me rendeu inúmeros insights. Voltei ao trabalho com gás total e plena da certeza de que estamos todos pavimentando, juntos, o futuro (cada vez mais próximo e imediato) da comunicação do Governo com o cidadão brasileiro. Muito bacana perceber que estamos construindo, coletivamente, uma nova forma de atender à sociedade. Estou cheia de ideias. Mãos à obra!”

Ana Lúcia Borges (Inmetro)

Confira a Programação

Dia 01

  • Abertura – A corda em si – contrabaixo e voz
  • Debate Thinking – Alex Lima (Glóbulo) e Thaynan Mariano (Idea Labs)
  • Gestão de Crise – Coronel Araújo Gomes (PMSC)
  • Jogo da Crise – Patrícia Garcia (WeGov)
  • Transformação Digital – Guilherme Tossulino (Softplan)
  • Notícias Falsas – Jéssica Macedo (Senado Federal):

Dia 02

  • Dinâmica de co-construção de processos de comunicação – Gabriela (WeGov)
  • Conversa com o Twitter – Fernando Gallo (Twitter)
  • Painel Encontro Transparente – Thiago Marzagão (CGU) e Jéssica Temporal (Serenata de Amor)
  • A era pós prefs – Alvaro Borba (ex- Diretor na prefeitura de Curitiba)
  • Narrativas de mão dupla – Olavo Carvalho (Narrative)
  • Painel Justina e João Cidadão – Aline Castro (TRT2) e Tatiana Jebrine (CNMP)
  • Governo do Futuro – André Tamura (WeGov)

We Redes-eGov

O Redes-eGov é muito especial para nós da WeGov. É contagiante a atmosfera do evento onde os participantes estão genuinamente buscando se desenvolver e aperfeiçoar o seu trabalho. Em meio a tanta diversidade de instituições participantes (nas escalas: tamanho, disponibilidade de infraestrutura e regionalidades), percebemos a sinergia pela orientação comum em fazer parte de um movimento de inovação na comunicação digital.


Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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Dinâmica de co-criação aconteceu no dia 20 de abril.

O evento é organizado pela Softplan para os Ministérios Públicos do Acre, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina sobre computação cognitiva e inovação.
Durante o Innovation Day discutiu-se a utilização da tecnologia para gerar alternativas para os desafios dos Ministérios Públicos. A WeGov participou da programação com uma dinâmica para se aprofundar em possibilidades de melhoria com computação cognitiva.
A facilitação gerou a identificação e priorização de problemas comuns nos Ministérios Públicos. Em seguida, passamos por um processo imaginativo para propor soluções tecnológicas que contemplassem esses desafios.
A Softplan, por sua vez, se mostrou disposta a entender e aproximar o relacionamento com seus clientes e contou com a co-criação para gerar insghts e aprimorar os| serviços.

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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No dia 17 de abril realizamos a Primeira Roda de Empreendedores Públicos.

O encontro teve o objetivo de aproximar as instituições participantes do Programa HubGov da Liga de Intraempreendedores. Trata-se de um movimento que sugere a transformação de organizações e sistemas por meio da inovação “de dentro para fora”. Sob o princípio da liderança descentralizada, o intraempreendedorismo se refere aos profissionais que desempenham papel protagonista sendo propositivo na condução de transformações positivas na suas instituições.
A WeGov já contribuiu significativamente para a Liga ao traduzir a cartilha para língua portuguesa, sendo pioneira a trazer o tema para instituições públicas no Brasil. Na Primeira Roda de Empreendedores Públicos apresentamos e discutimos elementos importantes para empreender internamente:
Conciliar o lado racional e emocional;
Negociar com o sistema;
A dinâmica da roda contou com a troca de experiências de profissionais de diferentes instituições de Santa Catarina, que se complementam para enriquecer o ambiente de aprendizado sobre o tema.
Por fim, a WeGov apresentou métodos e ferramentas que possam ajudar os participantes da Roda nos seus desafios.
Acontecerão mais três edições do Roda de Empreendedores Públicos em 2017, onde iremos explorar ainda mais os desafios do intraempreendedorismo nas instituições públicas.

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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Aconteceu no dia 03 de abril de 2017 #HubGov

Sob um contexto de incertezas e complexidade, novos métodos de trabalho podem ser incorporados pelo setor público visando agilidade na sua concepção e aprendizados na sua implementação.
Apresentamos uma abordagem que permite estimular a criação e validação de modelos de negócios no setor público por meio de uma ferramenta desenvolvida pela Assessoria de Inovação do Governo do Estado de São Paulo – iGov SP.
O Modelo de Negócios Públicos utiliza o design thinking como abordagem, ao combinar criatividade, analiticidade e empatia com o usuário final como estratégia de resolução de problemas.
Os participantes das 14 instituições do Programa HubGov 2017, durante a oficina preencheram os campos do Canvas de Negócios Públicos para tangibilizar a concepção da solução para os desafios das instituições. A partir de agora, os participantes seguem com o desafio de amadurecer cada vez mais os seus projetos tendo uma ferramenta que facilita a comunicação e visualização de um projeto inovador nas suas instituições.

Continue acompanhando a WeGov e fique por dentro das atividades do HubGov!

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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Aconteceu no dia 03 de abril de 2017 #HubGov

Um dos grandes desafios do setor público é a complexidade envolvida na construção de serviços que possam atender a vertiginosa diversidade de interesses de uma população. Nesse sentido, a oficina Mapa de Empatia apresenta técnica para explorar o entendimento sobre culturas e pessoas por meio da etnografia e Canvas.
O Mapa de Empatia é uma poderosa ferramenta que permite descrever o perfil de uma pessoa ou um grupo. O seu formato visual pré-formatado contém seis blocos que  facilitam estruturar uma descrição mais coerente do perfil de grupos sociais.
Ao longo da oficina, os participantes do Programa HubGov 2017 definiram as personas envolvidas nos desafios das instituições e preencheram a ferramenta. Com estes perfis definidos, estimulou-se o processo imaginativo do significado que a instituição representa para os grupo de pessoas criadas a partir do Mapa de Empatia.

Continue acompanhando a WeGov e fique por dentro das atividades do HubGov 2017!

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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A oficina, parte do Programa HubGov, aconteceu dias 30 e 31 de março

Nos dias 30 e 31 de março, a WeGov realizou a oficina Design de Processos (módulo I), sendo parte das atividades do Programa HubGov 2017.
O Módulo I da Oficina teve o objetivo de aprofundar a reflexão sobre os desafios das instituições participantes do Programa e apresentar técnicas para compreender e analisar os processos.
No primeiro dia, iluminamos ideias e buscamos despertar insights que os levassem a pensar nos serviços públicos a partir das necessidades humanizadas e individuais das pessoas envolvidas, sobretudo o cidadão.
Desta forma, realizamos uma explanação sobre os fundamentos da etnografia, onde destacamos a importância de explorar profundamente culturas (mesmo que diferentes ou exóticas). Com isso, apresentamos ferramentas para uma pesquisa etnográfica com o objetivo de compreender realidades locais.
O papel da etnografia para o governo é entender o seu propósito, frente à diversidade de demandas de uma população plural. Ao compreender o mundo e a forma com que povos se relacionam, podemos criar políticas públicas, serviços, produtos e processos considerando comportamentos e crenças da sociedade.
Realizamos também, uma dinâmica onde as 14 instituições colaboraram entre si, complementando visões e conhecimentos para aumentar o entendimento sobre os desafios das suas instituições.
Por fim, ministramos uma dinâmica de Mapeamento de Processos. Apresentamos técnicas para criar representação do processo que permitam posterior análise. Não obstante, as equipes desenharam o fluxo de atividades nas suas instituições, ampliando a visualização do desafio que se propõem a resolver.
Nos módulos seguintes da oficina Design de Processos trabalharemos a análise, ideação, co-criação e prototipação de novas soluções. Continue acompanhando a WeGov e fique por dentro do Programa HubGov.

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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A primeira agenda do Programa HubGov foi a palestra Design Thinking realizada no dia 27 de março de 2017

No dia 27 de março de 2017 a WeGov realizou a palestra de Design Thinking, apresentando uma abordagem projetual humanizada que sugere um conjunto de métodos multidisciplinares para entender pessoas e contextos. Desta forma, os participantes foram estimulados a refletirem sobre significado, valor, funcionalidade e forma dos serviços desenvolvidos pelas instituições, sugerindo processos iterativos e incrementais de prototipação para co-criarem soluções relevantes no dia a dia.
Participaram do encontro as 14 instituições participantes do Programa HubGov, sendo a primeira agenda de um programa de inovação para instituições públicas. O Design Thinking guiará a abordagem que as instituições trabalharão em seus desafios ao longo do programa.
O início da programação foi marcado de descontração e interação. Realizamos a dinâmica “Café da Infância”, em que os participantes trouxeram alguma comida que remetesse a sua própria história. Comida e infância geralmente contam muito sobre as pessoas. Por isso, reunimos esses dois elementos para promover um café da manhã agradável, cercado por histórias genuínas e risadas. A dinâmica tinha o propósito de relembrar a infância e resgatar a criatividade, característica essencial para exercer as atividades do HubGov.
Por fim, pontuou-se que a prototipação é uma possibilidade de aprendizado. Sem “glorificar” os erros, compartilhamos a ideia de que os erros não devem ser “criminalizados”, desde que a experiências possibilitem insights valiosos para tentativas mais assertivas.
O HubGov terá sua próxima agenda nesta quinta-feira, dia 30 de março, com a primeira parte da Oficina Design de Processos. Continue acompanhando as notícias do #HubGov!

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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Um "plano cartesiano" para o setor público

Entre os Séculos V e XV a Europa Ocidental vivenciou a Idade Média, com o predominante modelo de sociedade feudal. Neste período, existia pouca criticidade sobre os assuntos debatidos, pois se aceitava os estigmas da época como uma ordem natural – na maioria das vezes divina – dada a grande influência da igreja. Eis que surge um personagem com grande contribuição para mudar o padrão de pensamento – René Descartes.
Por se preocupar que o conhecimento tratasse apenas da “verdade”, criticava a filosofia da época por se assemelhar à uma coletânea de opiniões. Descartes sugeriu um método para construção dessas “verdades” (método cartesiano) – onde as afirmações devem passar por uma comprovação lógica e com procedimentos empíricos.

O que significa o método para uma instituição pública?

A palavra método tem origem grega (Metha + Hodós), que na sua origem significa “o caminho para a meta”. O conceito é amplamente utilizado na área de gestão por incorporar um “ceticismo metodológico”.
Se as atividades são eficazes para alcançar os objetivos estabelecidos, a estratégia é validada com sucesso. Caso contrário, não há argumento que justifique a manutenção dessas atividades, sendo necessário uma revisão na estratégia e nova experimentação. Desta forma, atingir um novo resultado significa um aprendizado institucional de um plano que funciona na prática.
Nas diversas organizações ainda é comum suposições baseadas em “sempre foi feito assim”, “falaram que não dá pra fazer”.
A cultura organizacional protege algumas práticas, mesmo que racionalmente não façam mais sentido. Por isso, a ausência de método acaba tornando “bom senso e intuição” os norteadores do trabalho. O risco do bom senso é o aprisionamento do pensamento crítico, que assim como ocorreu na Idade Média, é capaz de asfixiar a capacidade de inovação.
Uma mudança significativa que devemos considerar é a natureza dos problemas. No bom senso é predominante que os problemas tenham a imagem de “incêndios” que precisam ser “apagados” até que tudo se estabilize.
Já com o método, existe um outro tipo de problema. Trata-se da ambição por resultados melhores, atingindo um novo patamar de entrega de serviços. Desta forma, a clareza de objetivos mobiliza a equipe para encontrar novos métodos de trabalho e superar esse “bom problema”.

4 passos para iniciar com o método da inovação em governo

1. Definir o problema
Falconi define “problema” sendo um resultado indesejado. Por isso, afirma que instituições genuinamente preocupadas em melhorar seus resultados devem ter muitos problemas. Desta perspectiva, assumir os problemas não significa fragilidade, mas sim, compromisso com a evolução da instituição. O primeiro passo para o método é justamente a definição dos problemas. A distância entre o atual patamar de serviço e o patamar almejado é o “tamanho do desafio”. A sua clareza frente a equipe é o ponto central para que o método funcione.
2. Formular hipóteses
Outra questão importante é a formulação das hipóteses. Trata-se de suposições que irão mensurar o sucesso do “experimento”. As hipóteses podem estabelecer como o cidadão ficará sabendo da nova funcionalidade do serviço público, se esse cidadão espalharia o novo benefício no seu círculo social, se terá dificuldades na experimentação, se a instituição terá capacidade de atendimento em caso de divulgação viral. No geral, as hipóteses são divididas em hipóteses de valor, que mensuram a experiência com o usuário final do serviço, e a hipótese de crescimento, que mensuram as possíveis implicações da expansão do serviço.
3. Lançar o protótipo
No artigo Lean Government, comento que sejam construídos protótipos para validação das hipóteses. Ou seja, a orientação para a construir um serviço são as hipóteses, e não a imagem do “produto final”. As hipóteses podem ser testadas com limitação de escalas para evitar desperdícios. Quando o serviço estiver pronto para ser distribuído de modo amplo, já terá estabelecido o perfil do beneficiário do serviço público, solucionado problemas reais, e oferecerá especificações detalhadas para o que precisa ser desenvolvido.
4. Aprender e ajustar
A partir da experimentação, realiza-se uma análise de validação das hipóteses. É o momento de certificar que essas melhorias possuem importância para o cidadão, ajustando o protótipo com os feedbacks.

Conduzindo transformações positivas a partir do método

Implementar o método requer disciplina e interesse em aprendizagem organizacional. Da mesma forma que uma experimentação científica busca validar uma teoria, a execução de planos é o mecanismo para validar uma estratégia da instituição.
A inovação ainda está muito associada à características individuais, como criatividade e liderança. Apesar de serem características importantes, se estiverem desconectadas de um método desperdiça-se talento na tentativa de fazer algo diferente, e não necessariamente relevante.
O Método Cartesiano inspirou uma das mais profundas transformações da humanidade – a Revolução Científica. A contribuição do método se dá principalmente na mudança de modelo mental, onde as convicções da época começaram a ser colocadas “à prova”. Com isso, abria-se espaço para novos questionamentos, invalidando ideias infundadas e construindo novas tecnologias para a evolução da vida em sociedade.
No setor público em geral, as instituições possuem planos estratégicos, que são como as convicções da Idade Média quando não colocadas à prova. O método se torna importante para atribuir esse “ceticismo metodológico”, instaurando uma nova dinâmica capaz de construir estratégias com criticidade, que se mostrem efetivas ao ser colocadas na prática.
A WeGov entende que a inovação já acontece nas instituições com o talento dos agentes públicos. Porém, destaca o potencial de ampliar a capacidade inovadora do setor público se as instituições tiverem um olhar “finalístico”, que dê uma visão clara de problema e instigue a criatividade para conceber, testar e aprender a experimentar.

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

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O desafio do pensamento enxuto na gestão pública

Um fato histórico que chama a atenção é a capacidade do Japão ter se reerguido após ter sido inteiramente devastado após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Um dos pontos mais importantes dessa superação foi o modelo gerencial utilizado para a alavancagem da economia industrial, conhecido como Produção Enxuta, ou Toyotismo na indústria automotiva.
O fluxo de produção industrial praticado até então, era produzir primeiro e vender quando já dispunham de grandes estoques. Porém, as indústrias japonesas com recursos limitados não podiam arcar com custos de estoques e excedentes de produção em um mercado economicamente frágil. Nesse sentido, a Produção Enxuta sugere que toda a cadeia de suprimento e sistemas de produção tenham a capacidade de se moldar para atender demandas específicas. Essa estrutura flexível faz com que “o que é produzido” e “como é produzido” acompanhe a demanda.
O tema Produção Enxuta passou por adaptações para diferentes contextos. Atualmente, Eric Ries apresenta no livro “A Startup Enxuta” um modelo de gestão que utiliza princípios do pensamento enxuto para Startups. O ponto central é que as startups devem construir seus modelos de negócios a partir de experiências reais bem sucedidas, considerando os erros que podem ser cometidos ao longo da jornada na tentativa de validar a proposta de valor de seus produtos e serviços.

Indústria, Startup e Governo

Assim como na Produção Enxuta, a manufatura se flexibiliza conforme as solicitações do mercado, uma startup deve ter todo o modelo de negócio ajustável às percepções e feedbacks dos clientes (percepções estas, que mudam em ritmo cada vez mais acelerado). Percebe-se que a Produção Enxuta ou a Startup Enxuta possuem suas estruturas flexíveis e suas atividades concentram-se em atender objetivos e solicitações de clientes reais, retirando da operação atividades não relacionadas ao que o seu público espera.
Por outro lado, o setor público possui uma estrutura mais rígida e, por vezes, falta flexibilidade para responder com mais agilidade aos feedbacks dos cidadãos, e pragmatismo para transformar a criatividade em soluções inovadoras. Nesse sentido, surge uma nova proposta – a aplicação do Pensamento Enxuto no Governo. Trata-se de uma tentativa de transformar o setor público em uma instituição catalisadora de ideias em soluções.
Mantendo a essência do Pensamento Enxuto, gestores públicos podem desenvolver novas soluções com uma dinâmica ágil e flexível a partir da interação, iteração e testes em pequena escala com o cidadão. O feedback gera aprendizados significativos para que programas sejam lançados com sua proposta de valor validada, o que permite investimentos públicos mais assertivos.

O Governo com Pensamento Enxuto: The Lean Government

Diferentemente do setor privado, o Governo não pode “segmentar mercado” e escolher ter uma expertise de negócio para uma população única específica. O governo representa toda a população e por isso precisa desenvolver programas para toda a sociedade. Justamente essa característica única torna a gestão pública especialmente complexa.
Na tentativa de atender toda a população que a esfera representa, o governo acaba assumindo grandes riscos para lançar programas com escalas gigantescas de uma vez. Por mais que seja uma ação bem intencionada é incrivelmente difícil criar serviços em grande escala, com indicadores de resultado efetivos, e experiência positiva para todos os envolvidos.
Uma vez lançados os serviços, o custo de adequação às necessidades é lento e custoso – é sempre “Um Maracanã” de tudo. Por outro lado, o Pensamento Enxuto propõe que somente a partir da constatação empírica de valor, em escala menor, para o cliente – no caso aqui, cidadão – se construam operações maiores.
Grandes volumes de recursos podem ser alocados desenvolvendo serviços e funcionalidades que não necessariamente são prioridades do cidadão ou deixando de atender expectativas importantes. Além disso, ao despender um longo período construindo um projeto com pouca agilidade, corre-se o risco das expectativas terem mudado entre o período de ideação até o lançamento.

Ciclo de Feedback (Construir – Medir – Aprender)

O Ciclo de Feebdack é um tema central do livro “A Startup Enxuta” e pode dar insights sobre como o Pensamento Enxuto pode ser aplicado no Setor Público.


Para manter a estrutura do governo flexível, é importante que ela se entenda como um “laboratório”. O resultado dos seus “experimentos” é o aprendizado sobre como desenvolver uma instituição sustentável. Por isso, a consolidação de programas precisa passar por ciclos estruturados de aprendizado.
O ciclo de feedback se inicia com uma ideia de oportunidade. Nesse momento só se tem uma hipótese, ou uma suposição de que o cidadão (ou o próprio governo, se for um projeto interno) precisa de algo. Também se levantam hipóteses sobre como o beneficiário irá perceber o novo serviço, quais são os entraves envolvidos na adesão, entre outras hipóteses que se julgar interessante mensurar. Com essa ideia, o “empreendedor público” deve construir um protótipo simples, com o único objetivo de testar as hipóteses e receber feedbacks quantitativos e qualitativos.
A partir da experimentação, comprova-se ou refuta-se as hipóteses, gerando o aprendizado para subsidiar a decisão de mudar a estratégia inicial ou perseverar em escalas maiores. O benefício dos marcos de aprendizagem é perceber, logo em fases iniciais, qual parte da ideia é brilhante e qual é absurda, na prática.

Mudando de direção rapidamente

A prática de se criar cargos, departamentos e procedimentos apenas “para inglês ver“, não são adequadas ao conceito de “lean Government”. Um Governo Enxuto não significa necessariamente um Estado menor, com menos servidores, recursos disponíveis ou serviços públicos. O termo “Enxuto” atribui um novo significado sobre o papel da “estrutura organizacional”. Neste modelo, a estrutura se molda conforme a jornada de descobertas empíricas sobre como resolver os problemas da instituição.
O Pensamento Enxuto é especialmente valorizado e aplicado em contextos de crise e incerteza. Ao incorporar esse modelo na sua instituição, o desafio é fazer o ciclo de feedback girar cada vez melhor e mais rápido. O volante não pode parar.
A WeGov entende que o desperdício no processo de inovação em governo pode ser evitado, desde que as causas dos desafios das instituições sejam compreendidas profundamente. Para descobrir como ir além do discurso e entender porquê inovar no governo, entre em contato com a gente.

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A 2ª edição de 2016 aconteceu nos dias 28 e 29 de Novembro, em Brasília

Realizamos a última edição de 2016 da Oficina Social Media Gov, nos dias 28 e 29 de Novembro, em Brasília. A oficina prepara comunicadores de instituições públicas para ingressarem nas mídias sociais, ou aperfeiçoarem sua estratégia de comunicação nas redes.
Essa edição contou com a participação especial do Tenente-Coronel Paulo Sousa, responsável pelas mídias sociais do Exército Brasileiro. Estiveram presentes representantes da Câmara Municipal de Ipiranga do Norte, do Tribunal Superior do Trabalho, do Exército Brasileiro, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, da Advocacia-Geral da União, do Ministério Público do Paraná, do Conselho Nacional do Ministério Público, da INFRAERO e do Ministério Público Federal.


Depoimentos

A oficina Social Media Gov já é muito conhecida no Exército, praticamente todos da área de comunicação já realizaram e incentivaram a minha participação. Estou buscando uma experiência de aprendizado onde possa aprender com colegas que estão vivendo coisas semelhantes, conectados pela mesmo desafio de atuar nas mídias sociais.”
Ana Cristina – Exército

O interesse na oficina surgiu com o intuito de colocar a Câmara nas midias de forma eficiente e profissional, buscando atender as necessidades dos cidadãos. O município é muito jovem (16 anos) e a ideia é lançar a câmara nas mídias sociais já com um posicionamento inovador. Ipiranga do Norte é referência em prestação de contas e buscamos manter o valor transparência e expandir nas mídias sociais.”
Karynne – Câmara Municipal de Ipiranga do Norte

Estamos aprendendo diariamente com os desafios da AGU mas buscamos na oficina um conhecimento mais organizado sobre o tema. Eu já participei de outras 3 eventos da WeGov e é sempre um momento de auto-conhecimento e oportunidade de conhecer novas práticas. Especificamente nesta oficina, vim em busca de aprendizados direcionados para serem aplicados nas próximas ações da AGU.”
Filipe – Advocacia-Geral da União

Vim para oficina em busca de novos conhecimentos e práticas para o aperfeiçoamento profissional. Estou aprendendo com outros profissionais da área, o que me permite reconhecer se estou no caminho certo e como posso melhorar as mídias da minha instituição.”
Taciana – TST

Está sendo produtiva a troca de experiências sobre o tema! Quero sair com mais capacidade de fazer o trabalho de mídias sociais dentro do Tribunal.”
Tatiany – TJDF

exercito

Oficina Social Media Gov

Ficou com vontade de levar a oficina para sua instituição, ou para sua cidade? Vamos conversar 😉

Por Lincon Shigaki

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Evento aconteceu no dia 26 de novembro em Florianópolis

No dia 26 de novembro de 2016 foi realizado em Florianópolis a primeira edição do evento Brazil Partnership Summit. O modelo do evento é inspirado em um formato que já acontece há alguns anos na Europa, que reúne o setor empresarial, governamental e sociedade civil organizada para um debate mais profundo dos desafios da sociedade.
O objetivo do evento é estimular a aproximação de instituições de diferentes setores, que possam explorar a complementariedade de competências para estabelecer parcerias e atingir objetivos compartilhados, tendo como fim, o desenvolvimento sustentável.
A organização do evento foi realizada pela JCI (Junior Chamber Achievement) Florianópolis e contou com o apoio de diversos parceiros para a realização.

Painéis

A programação do evento contou com cinco painéis. Os temas foram: Educação de Qualidade; Igualdade de gênero; Inovação e Crescimento Econômico; Paz, Justiça e Instituições Fortes; Parcerias em Prol das Metas.
A WeGov conduziu a conversa no painel de abertura, com o tema: Educação de Qualidade. Os componentes do painel foram: Murilo Flores (Secretário de Estado do Planejamento), Anderson Rauber (FIESC/Movimento Santa Catarina pela Educação) e Natália Pilath (AIESEC Florianópolis).

Reconhecimento

No final da programação, ocorreu uma premiação de pessoas e instituições com notável contribuição para o desenvolvimento sustentável. Nessa solenidade, a WeGov foi reconhecida como instituição que atua no desenvolvimento do eixo governamental.
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Por fim, os participantes do evento assinaram um termo de compromisso com os objetivos sustentáveis. Desta forma, a organização do evento responsabilizou os participantes a buscarem ativamente novas parcerias objetivando a construção de uma sociedade melhor.
Fotos do Evento: Facebook Brazil Partnership Summit

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

Lincon Shigaki
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Instigando a inovação

Inovação é o tema da vez. Adoramos conhecer e consumir produtos e serviços inovadores, que apresentam uma exclusividade em qualidade ou tecnologia. Essas empresas inovadoras têm em comum o propósito de construir um ‘mundo novo’ por meio dos serviços e produtos. No seu DNA, possuem a estratégia deliberada de moldar o futuro “com suas próprias mãos”, lançando constantemente inovações para a sociedade.
Por outro lado, o setor público avança em um ritmo diferente das inovações nascentes e do mundo das startups. O Brasil (e outros países) enfrenta uma série de dificuldades para regulamentar o Uber, as secretarias fazendárias ainda não sabem ao certo o que representa e como acompanhar o livro-razão dos bitcoins (moedas virtuais de circulação global).

E se o Governo tivesse uma Cultura de Inovação?

Políticas públicas parecem estar em uma posição reativa às transformações sociais. Porém, meu lado idealista reflete sobre como seria a sociedade, se a gestão pública também compartilhasse do DNA de moldar o futuro. Nesse sentido, vejo um potencial imenso, em se apoiar em políticas e serviços públicos para promoção do desenvolvimento humano e social em larga escala.
Aproveitar esse potencial de transformação social, passa pela consolidação de uma cultura de inovação. Em um primeiro momento, irá responder mais rapidamente às transformações sociais. Em seguida, protagonizará a ideação e co-criação de soluções para os problemas vigentes da sociedade.

Como construir uma Cultura de Inovação?

Em 2007, Samuel Hunter da Universidade de Oklahoma, se propôs a investigar as variáveis com maior impacto na cultura de inovação. A pesquisa revelou que o principal motor da inovação está relacionado ao “senso de desafio” dos funcionários da linha de frente.
Rompe-se, portanto, que a inovação depende, a priori, de criatividade, inspiração ou genialidade. O principal motor é a forma com que os desafios são percebidos pelas pessoas da empresa. Esse indicador reflete a crença compartilhada em apoiar a criatividade e inovação de forma a criar uma cultura onde “correr riscos” é aceitável e até encorajado dependendo no nível desse risco.

O que é o Senso de Desafio?

1. Encontrar o Sweet Spot
O fator mais importante é entender o Sweet Spot (também conhecido como flow, na psicologia positiva). Trata-se de um sentimento de total envolvimento na realização de uma atividade. Nessa fase, o nível de concentração é elevado e o indivíduo está totalmente imerso no que está fazendo.
O Sweet Spot é entendido como o perfeito alinhamento entre o nível de desafio e competências do indivíduo. Por isso, o desafio não pode ser fácil demais para não gerar tédio. Por outro lado, não pode ser muito difícil e gerar ansiedade. É um momento de muita produtividade e satisfação pessoal em trabalhar e superar esses desafios.
2. Perceber o desafio como crescimento
A cada desafio superado, aumentam as habilidades e confiança do colaborador. Por isso, é preciso continuar ajustando o nível de desafio para os indivíduos. Usualmente os gestores pensam: “quem poderia resolver esse problema com facilidade e de forma rápida?”
E a pergunta certa para estimular o Senso de Desafio é: “A quem cabe a oportunidade de crescimento pessoal com esse desafio?” Desta forma, percebe-se que o desafio é “maior” do que a atual capacidade do indivíduo. Informalmente, a expressão “dar um osso maior do que se pode roer” é reproduzida em ambientes onde há uma valorização em atribuir e receber grandes desafios.
3. Desprender-se do que já existe
O Google passou a utilizar uma técnica de gerenciamento de metas com o nome OKR (Objetivos e Resultados-Chave na sigla em inglês). Nesse modelo, alcançar um resultado entre 60 e 70% da meta global é um ótimo resultado.
Definir uma meta muito difícil (praticamente impossível), possibilita destravar alguns modelos mentais importantes para a criatividade e inovação. A ideia é lançá-los o mais distante possível da zona de conforto, mas ser realista para cobrar os resultados.

A incorporação gradual do Senso de Desafio

Uma pergunta-chave para a incorporar a cultura de inovação é “Com que frequência a sua equipe está trabalhando no Sweet Spot ? “.
Uma vez que, a cultura da inovação está intimamente relacionada à como os desafios são percebidos, é importante despertar o lado idealista e conectar as atividades diárias com uma projeção de futuro do setor público.
A WeGov fomenta a cultura da inovação no setor público ressaltando esse “senso de desafio” nos agentes públicos. Por meio das nossas palestras, oficinas e eventos, promovemos um ambiente de aprendizado em temas inovadores, e instigamos o crescimento pessoal por meio do desafio que é, para cada agente, implementar novas práticas nas instituições públicas. Conheça nossa agenda e assine nossa newsletter para ficar por dentro disso.

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.

Lincon Shigaki
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Uma lição de comunicação interna no Governo

Hermes Trismegisto é um personagem místico que desencadeou uma série de lendas e histórias. A essa figura são atribuídos os textos do chamado “Corpus Hermeticum”. Trata-se de um apanhado misterioso de textos que deram origem ao conjunto de crenças hermetistas. Os textos foram encontrados séculos depois da sua escrita pelos soldados de Alexandre Magno.
Ao longo da história, a figura de Hermes foi representada de diferentes formas. Na sua origem egípcia, foi o deus do conhecimento e da escrita – Toth. Na Grécia, Hermes é filho de Zeus e assume o papel de mensageiro e comunicador entre os mundos (quase um Social Media Gov). Mais tarde, foi retratado como influenciador de personagens bíblicos como Salomão e David.
Esse personagem é emblemático pela lenda da Tábua de Esmeralda. São 15 versos escritos em uma pedra misteriosa que renderam inúmeras histórias e influenciaram um suposto “movimento pela alquimia”. A tradução do latim para inglês foi feita por ninguém menos que Isaac Newton. Separei três versos em português para colocar neste texto:
É verdade, sem mentira, certo, muito verdadeiro
E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação
O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua alma

A reprodução de uma mensagem não compreendida

Segundo historiadores, os escritos sintetizam as Leis do Universo, capazes de resolver todos os problemas da humanidade. Por mais que se esforce, ela está muito desconectada do seu contexto e é natural que não faça sentido. Desta forma, a sua interpretação é subjetiva e criam-se inúmeras lendas sobre os escritos.
Percebe-se neste caso, que textos com ausência de sentido continuam sendo compartilhados por comunidades quando se constroem uma lenda sobre o assunto. E no caso, as “Leis universais” são explicadas por versos que não fazem sentido por si só.

Quem são os Hermes do século XXI? Qual é a Tábua de Esmeralda do Governo?

Existem muitos “novos Hermes” no setor público. São pessoas que adquiriram notório conhecimento e muitos seguidores. Ao mesmo tempo, parecem fazer questão de deixar as suas redações confusas para que a mensagem fique à controle da interpretação de “sábios”.
As atas, Comunicado Interno (CI’s), portarias, etc. muitas vezes parecem “Tábuas de Esmeralda”. Trata-se de uma tentativa de formalizar de forma breve, documental e ineficiente alguma informação que precisa ser compartilhada com a organização ou setor. Ao longo do tempo, essa informação é distorcida e criam-se lendas por terem semelhança com documentos divinos e intocáveis, sobretudo por não permitirem interação com o interlocutor.

Estratégias de Comunicação Interna e alinhamento da equipe

A ausência de uma estratégia de comunicação interna gera para o setor público: perda de tempo recebendo informações que não nos servem; retrabalho quando ocorrem duplicidade de interpretação sobre algum projeto; estresse com a falta de entrosamento; ruídos gerados pela “rádio corredor”, entre outros prejuízos.
Alexandre Araújo, escreveu um artigo sobre a implementação de um plano de Comunicação Interna no TCU. Um ponto enfatizado no texto é a importância de se compreender com profundidade o público-alvo, adequando a mensagem ao seu contexto específico. Fica evidente que o almejado alinhamento da organização é fruto do ajuste de instrumentos de comunicação, pessoas e conteúdo. Ou seguiremos escrevendo novas Tábuas de Esmeralda…

Por Lincon Shigaki

Lincon é Facilitador de Aprendizado da WeGov. Formado em Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou com consultoria em gestão no Movimento Empresa Júnior, onde foi Presidente da Ação Júnior e da Fejesc. Acredita que podemos viver em um país melhor, e não consegue se ver fora do processo de transformação dessa realidade.