Você é corajoso o suficiente pra admitir o que sente?

De acordo com a pesquisadora Brené Brown, ao contrário do senso comum, uma pessoa corajosa não é aquela que se mostra sempre destemida e confiante diante de todas as situações, e sim quem sabe abraçar e demonstrar as suas vulnerabilidades e imperfeições.

Por que rimos tanto em stand-up comedy?

É simples: porque nos identificamos com as mazelas expostas pelo comediante. A expressão de nossa humanidade é o maior elemento de conexão que temos. No entanto, não fazemos isso no dia a dia justamente por medo da exposição e de parecermos ridículos aos olhos dos outros. Brené Brown diz que o maior antídoto para a vergonha é a empatia.Em vários de seus livros (não deixe de as dicas no final do curso!), ela nos incentiva a darmos o primeiro passo para interromper esse ciclo de negação e vergonha e a expressarmos nossas vulnerabilidades.

Mas por que é tão difícil fazer isso? No livro “A sutil arte de ligar o f*da-se“, o autor Mark Manson fala que a sociedade atual nos acostumou a ver sempre sentimentos como ansiedade, medo e tristeza como algo negativo.

Segundo ele, evitar esse sofrimento já é uma forma de sofrimento em si. “Evitar dificuldades é uma dificuldade. Negar o fracasso é fracassar. Esconder o que é vergonhoso é, em si, causa de vergonha”. 

Sim, nós sofremos por termos sido ensinados desde cedo que precisamos evitar sofrer. Nunca fomos ensinados a ver o “lado bom” do sofrimento. Com a CNV, isso muda. Olha só: Rosenberg dizia que não existem sentimentos bons e sentimentos ruins. Existem apenas necessidades atendidas e não atendidas.

Assim, um sentimento que classificamos como “ruim”, na verdade, pode ser “bom”, pois ele está nos indicando algo que é importante para nós. O que temos que fazer, então, é investigar o motivo desse sentimento (lembra do Passo 3?) e buscar uma solução que nos coloque de volta nos eixos (que seria o Passo 4).


A seguir, vamos explorar as três principais “desculpas” anti-CNV.