Gabriela Tamura
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versus Comunicação Pública

A linha tênue entre comunicação pública e marketing político

Lidar com redes sociais tem sido desafiador para o setor público. Gerenciei alguns perfis de governantes desde a época do Orkut, em 2010, e em função da necessidade que sentia de conhecer mais o assunto criei um evento para as pessoas trocarem experiências. Já realizamos mais de 20 encontros com essa rede e hoje são cerca de mil profissionais que trabalham com a comunicação digital de instituições públicas de todas regiões, poderes e esferas do Brasil.
Minha inquietação sempre foi saber como separar a figura política da gestão de um órgão público. As regras não são tão claras e a cada eleição o assunto ressurge. Nas eleições de 2014 muitas instituições federais fecharam suas contas e a justificativa foi um artigo na lei eleitoral. A questão é que isso foi escrito antes mesmo de existirem as redes sociais, mas como era um novo mundo as pessoas estavam inseguras em mantê-las funcionando. Discussões aconteceram e as instituições reativaram seus perfis. Pensei que isso aconteceria apenas uma vez, mas eis que surgem as eleições de 2016 e o assunto vem à tona novamente.

Finalidade da comunicação pública digital

Na última semana o perfil da Prefeitura de Curitiba (internacionalmente reconhecido pela linguagem que conseguiu estabelecer entre sociedade e governo) publicou que encerraria suas postagens até o período eleitoral acabar. E se o prefeito não vencer as eleições, o que acontece com a população que encontrou nas redes sociais o canal que precisava para se comunicar com a Prefeitura? E o que acontece na cidade durante o período eleitoral não é importante?
Vejo essas quebras de comunicação não como respeito às eleições e sim como desrespeito ao cidadão e aos colaboradores que trabalham para que os serviços públicos não deixem de ser entregues.
Acredito que o ponto da virada será quando entendermos que marketing político não tem nada a ver com comunicação pública e com a gestão de uma prefeitura, estado ou ministério. O canal de comunicação digital é para o setor público mostrar os serviços prestados à sociedade e não deve servir como palanque político.
GabiDC
Gabriela Tamura – Diretora Administrativa da WeGov
*Artigo originalmente publicado no Diário Catarinense, dia 08 de julho de 2016.

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

André Tamura
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Uma caixa colorida

Nos dias 16 e 17 de junho, tivemos a honra de participar do XII Conbrascom – Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça. Conhecemos profissionais da área de comunicação, de tribunais de todo Brasil e retornamos para Florianópolis com a sensação de que estamos no camiho certo para realizar as transformações necessárias e dar significado diferente à palavra “Poder”.

Comunicação Pública no Judiciário

O Judiciário é considerado o Poder menos transparente e deixa de divulgar dados obrigatórios da Lei de Acesso à Informação. Segundo o artigo nº8 da LAI, é dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
Hoje, quando pensamos um local de fácil acesso para divulgar informações, automaticamente pensamos em redes sociais. Mais da metade da população brasileira tem no bolso um aparelho que é a primeira coisa que checa ao acordar, e a última que checa antes de dormir. Isso altera o comportamento e interação das pessoas com tudo, desde o transporte, até o poder público.
Temos que entender e trabalhar para que a área de comunicação – usualmente responsável pela atuação das instituições nessas redes – extrapole sua atuação e alinhe suas competências para que os serviços públicos sejam efetivamente prestados, além da publicidade e propaganda (broadcasting) tradicionais.

Uma caixa colorida

Quando se estabelece um novo canal de comunicação com a sociedade, é preciso um árduo trabalho para compreender quais são as regras de diálogo e de relacionamento que estão estabelecidas ou sendo construídas ali. A linguagem adequada e o foco na prestação de serviços devem prevalecer. Sempre mantendo a institucionalidade e impessoalidade da administração pública, mas com elementos da cultura popular e humanos que qualquer interação permite e exige.
Alguns profissionais da área de comunicação argumentam que seria mais fácil para uma prefeitura estar próxima de seu público, ser célere e direto na linguagem; e que,no judiciário qualquer simples publicação só é postada depois de transitar em julgado. Sabemos que as instituições do Poder Judiciário possuem suas peculiaridades e isso só demonstra e torna mais urgente a adoção de novos formatos e de certa coragem para arriscar algo que não seja comum para um tribunal.
As ferramentas disponíveis estão cada vez mais abundantes na intenção de identificar e atuar de maneira preditiva em relação às demandas sociais. A “caixa-preta” já está colorida, não dá pra voltar atrás. Os projetos apresentados no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça indicam que as instituições estão avançando bastante.

E agora?

Não há fórmula mágica e possivelmente surgirão erros no percurso. As boas referências tem sido cada vez mais evidentes para que a área de comunicação se fortaleça e possa envolver de maneira profunda outros setores diretamente relacionados ao propósito de existir de cada instituição. A jornada que desenhamos para o oficina social media gov, está auxiliando muitas insituições na construção dos trabalhos.
A sociedade não espera que um órgão público seja uma redação de jornal, uma agência de publicidade ou uma startup tecnológica, a sociedade espera bons serviços públicos.
Foto: Aaron Burden

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

Gabriela Tamura
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Ou esperar o Google criar o GovTradutor?

O Diário Oficial é um jornal auxiliar do Governo para publicação de resoluções, decisões, ações, atos e qualquer outro tema de interesse social público.
Você já parou para ler um? Nós paramos e temos algumas sugestões de melhoria a fazer. Usaremos o trecho abaixo como exemplo, mas essas considerações servem para tantas outras publicações que parecem ser fragmentadas, com linguagem excessivamente burocrática e sem nenhuma aproximação com as demandas da sociedade.


Termo Aditivo

extrato-diario-oficial

Sugestões para o Diário Oficial

  • E se eu pudesse ver o motivo pelo qual foi prorrogada a vigência do contrato? Caráter excepcional não deixa clara a justificativa.
  • Qual é o objeto do contrato? Já que o Diário Oficial é digital que tal colocarem o link do processo para eu poder acessá-lo e entender mais sobre?
  • Porque será que alteraram a cláusula de rescisão, como foi essa alteração? Como essas alterações impactaram a vida do cidadão-usuário que se beneficia do contrato?

Muitas vezes as instituições se comunicam de forma fragmentada e sem pensar em quem vai ler essa comunicação. A comunicação é oficial e deve ser impessoal – mas devemos humanizar a linguagem, fazê-la para que todos entendam. Até o tradicional dicionário Oxford, elegeu como palavra do ano um emoji 😂 !
Não estamos levantando bandeira para que uma publicação oficial seja informal ou engraçadinha. O governo trata de assuntos sério e importantes, que devem estar acessíveis para todos, além dos especialistas (ex: advogados) que são familiarizados com o “idioma”.

A linguagem deve ser simples!

Linguagem para o cidadão

Na Oficina Social Media Gov falamos sobre a linguagem, e apresentamos algumas ferramentas que irão ajudá-lo a promover uma comunicação que aproxime mais a sociedade da sua instituição.
Foto: Pedro França/Agência Senado

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

Valter Ponte
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Cibersegurança para os usuários

Em recente decisão, um tribunal federal em São Francisco, Califórnia, negou um pedido de recurso do Facebook para que a justiça americana dispensasse o julgamento do caso de violação de privacidade. Com isso, a ação judicial prosseguirá. Os autores da ação são usuários da rede social motivados pelo que consideram o armazenamento ilegal de dados biométricos.
Segundo a acusação, a empresa Facebook aplica um software baseado em algoritmo de reconhecimento facial em todas as fotografias que os usuários compartilham na rede. O reconhecimento facial é uma estratégia que o Facebook utiliza para identificar pessoas, criar um “template” baseado nas características faciais presentes nas fotos e enviar “sugestões” aos usuários. A metodologia envolve a gravação de dados pessoais de natureza biométrica.
Um dos aspectos relevantes é que a ação judicial se baseia na Lei de privacidade dos dados biométrico do estado de Illinois, que proíbe a coleta de identificadores biométricos como as impressões digitais ou características faciais sem consentimento explícito dos usuários.

Facebook e dados biométricos

A defesa do Facebook alegou que o sistema de reconhecimento facial é mencionado na Política de Uso do Facebook, que os usuários concordam no ato da assinatura do serviço e, portanto, a ação judicial é desprovida de mérito. Os advogados também contestaram o uso de uma lei estadual do Illinois, afirmando que o Facebook obedece às leis federais americanas e às leis estaduais da California.
A decisão pode ter um alcance significativo pois os aplicativos Twitter e Google também desenvolveram técnicas de reconhecimento facial semelhantes.
Lembramos que apesar do avanço do Marco Civil da Internet, o Brasil ainda não dispõe de legislação atual de proteção de dados pessoais, ao contrário de países como Portugal. O anteprojeto do Ministério da Justiça ainda não tem data para ser votado e promulgado.
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A proteção dos dados pessoais é importante para os consumidores e, em especial, para os cidadãos que devem ter garantias do uso de suas informações pessoais por parte dos serviços governamentais e por parte das empresas. Vale lembrar que, na Alemanha, o Facebook foi obrigado a retirar a funcionalidade “encontrar amigos”, pois esta funcionalidade foi considerada ilegal.
Consequentemente, os profissionais das mídias sociais, do marketing (CRM) e da gestão de relacionamento com o cidadão também devem estar atentos a essas decisões judiciais.
As questões de cibersegurança estão, mais do que nunca, na ordem do dia. Todos os usuários devem, na medida do possível, tomar medidas para contribuir para que a internet seja um ambiente seguro. Isso significa também ajudar a proteger os mais vulneráveis, como as crianças, os adolescentes e a terceira idade.
Claro que a melhor abordagem em relação à cibersegurança é uma visão multidisciplinar, pois ela é importante demais para ser deixada apenas aos profissionais da informação e da comunicação. Exemplos dessa abordagem constam do Seminário realizado em janeiro deste ano no Instituto Brasileiro de Direito, ligado à Faculdade de Direito de Lisboa, que tive a oportunidade de participar.
Os temas de dignidade da pessoa humana, a proteção dos menores e a liberdade de expressão são temas conexos da mais alta relevância. Essa perspectiva é um pequeno passo na caminhada que vai de dados, informação, conhecimento e almeja alcançar a SABEDORIA!. Sejamos sábios!

Gabriela Tamura
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Conteúdo Exclusivo #Rio2016 #Olimpíadas2016

Uma das atrações do 5º Redes-eGov foi a dinâmica onde os participantes puderam compartilhar insights sobre como as Instituições Públicas poderão aproveitar os Jogos Olímpicos Rio 2016 nas redes sociais. Segundo Jonas Oliveira, do Twitter , esse será o evento mais compartilhado da história.
O resultado do Brainstorm Olímpico realizado no Redes-eGov, é um ebook repleto de boas ideias, compartilhadas de forma clara e objetiva! Vale conferir para captar as ideias, ser criativo e engajar os cidadãos em um trend topic certeiro!
Clique para baixar e confirme o download na sua caixa de e-mail.

Aproveite e compartilhe sem moderação!

Baixe o arquivo: Brainstorm Olimpíadas 2016



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Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

Borbas Azarite
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Estudo ajudará no desenvolvimento dos profissionais do setor

São 21 anos de Internet no Brasil. São 12 anos de Facebook no mundo. E são só 5 anos de Redes-eGov.
O mercado do Social Media Gov ainda é uma criança, daquelas que tenta ficar de pé sozinha, mas tropeça logo nos primeiros passos. Somos jovens, mas somos muitos profissionais empenhados em criar um mercado maduro e mais assertivo. Ainda batemos a cabeça na parede quando tentamos criar nossas boas práticas e identificar nossos reais desafios.
Com esse intuito, Eu e o André (WeGov) criamos a I Pesquisa Social Media Gov, que traça o perfil do profissional e do mercado, descrevendo quais são as boas práticas, como se organiza e qual é a realidade diária desses profissionais.
A pesquisa foi o tema da minha palestra no 5° Redes-eGov, que aconteceu em Brasília no último final de semana de abril e está disponível completa para download em meu SlideShare ou aqui no site da WeGov.

[slideshare id=61585638&doc=afapresentacaosocialmediagovborbas-copia-160502161050&w=650&h=360]

Olavo Pereira Oliveira
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Empatia, Conflitos, Virada, Transformação e Verdade

Após 35 anos amando cinema e 10 anos ajudando pessoas e empresas a contarem sua histórias como se fossem narrativas cinematográficas, sintetizei o que acredito que são os 5 princípios fundamentais de qualquer narrativa, independente do formato e da duração.
Na minha visão, o que diferencia o comercial de 30 segundos ou o filme de 2 horas é a profundidade com a qual você explora cada princípio.
Nas palestras e cursos que leciono, uso como exemplo um filme que amo, “Beleza Americana”, para ilustrar esses princípios e permitir que as pessoas façam a conexão com suas histórias pessoais e profissionais.

1. Empatia

A conexão com o público

O público começa a se conectar com a história ao ser apresentado a um protagonista empático, o que significa que ele apresenta valores e atitudes que o público identifica como sendo verdadeiros e compreensíveis do seu ponto de vista. Ou seja, vê que é possível estar no lugar desse protagonista.

Em “Beleza Americana” o protagonista Lester nos apresenta seu bairro, sua rua, sua casa, sua família, enfim, sua vida suburbana em uma manhã qualquer. Em sua segunda frase ele nos revela que estará morto em menos de um ano. Mas que, de certa forma, já está morto.
A sequência magistral do início é uma aula de como criar empatia com uma personagem. Nos arrebata, nos surpreende, nos provoca. Quem já não se sentiu morrendo em vida? Esse sentimento universal e outros que os eventos a seguir nos despertam, vai começando a tecer uma trama que nos conecta à história.

[youtube=https://youtu.be/blpXcAOKgl8&w=720&h=400]

Já sabemos até que ele vai morrer no final do filme. Mas isso já não importa. Queremos saber o que aconteceu com ele em sua jornada rumo a um destino comum a todos.

2. Conflito

O coração da narrativa

É o que vai ajudar a reforçar a empatia, pois os conflitos surgem a partir de situações em que o protagonista se coloca e que vão revelar: 1) traços verdadeiros de sua personalidade; 2) quais os seus desejos e o que ele precisa para alcançá-los; 3) que forças antagônicas estão atuando para afastá-lo desses desejos.
No caso de Lester, nos foram apresentados nos primeiros 15 minutos do filme uma série de situações em que o conhecemos como um homem conformado com sua condição de subjugado ao estilo de vida do americano médio. Ele aceita passivamente o emprego que no fundo odeia, o desprezo da mãe e da filha e o ápice de satisfação com sua sessão diária de auto-prazer.

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Até agora, portanto, não temos nenhum grande conflito, que só aparece a partir do momento em que ele se encanta com Angela, a amiga da filha em uma apresentação das animadoras de torcida no intervalo de um jogo de basquete, ao qual ele inicialmente vai a contragosto. Esse é o evento que no cinema chama-se incidente incitante, pois é a motivação para o principal conflito do filme: Lester buscando sair de sua condição passiva, ou de “morto”, para alguém que assume a direção de sua vida e começa a “renascer”.
Portanto, Lester, a partir desse evento: 1) revela uma dimensão a mais de sua personalidade, ganhando complexidade e, logo, mais empatia; 2) passa a ter um desejo consciente dentro da história: dormir com Angela; 3) passa a ter como forças antagônicas em seu caminho tudo aquilo com o qual ele tinha se acostumado até agora: família, emprego e toda a sua condição suburbana, o que envolve a relação com os vizinhos.

3. Viradas

A energia que move a narrativa para a frente

A partir de um conflito principal, outros vão se colocando no caminho do protagonista que, se por um lado toma uma atitude acreditando que vai levá-lo mais próximo de conseguir o que quer, por outro lado, essa mesma atitude pode afastá-lo daquilo que ele quer. Boa parte da narrativa se move entre essas brechas entre o que ele acredita que vai acontecer e o que acontece de fato. Ao mesmo tempo em que ele fecha uma brecha, pode acabar abrindo outra. Quanto mais brechas se abrem, mais a narrativa se enriquece e faz público se conectar ainda mais com a história.
Lester empreendeu uma série de mudanças na sua vida que ocasionaram viradas dentro da narrativa. Em uma visão superficial, foi tudo motivado por tornar-se atraente para Angela. Uma dessas mudanças foi a saída do emprego, outra cena magistral do filme, em que uma veia humorística, irônica, ácida do personagem, nos é revelada.
Veja a diferença entre a postura de Lester no dia em que é comunicado que precisa escrever uma descrição de suas atividades para salvar seu emprego e sua postura no dia em que ele se utiliza dessa prerrogativa para largar de vez o emprego que detesta.
A atitude de Lester aparentemente o move em direção ao seu desejo. No entanto, abrem-se aí brechas que também podem afastá-lo do seu desejo, uma vez que ele deteriora ainda mais sua relação com a família e, com o novo estilo de vida que passa a adotar, começa a abrir caminho para percepções de outros personagens que vão ser determinantes para o fim trágico que ele terá.

4. Transformação

A recompensa para quem acompanhou até o fim

A história será mais verdadeira quanto maior for a transformação pela qual passou o protagonista. Isso se dará, principalmente, se ao final, mais do que conseguir aquilo que ele conscientemente desejava, ele conseguir algo que no início nem imaginava ser possível. O público se envolverá ainda mais, pois se surpreenderá com a mensagem trazida pela narrativa.
Lester consegue chegar bem próximo ao seu desejo de dormir com Angela. E justamente aí se dá conta de que não é isso que ele verdadeiramente deseja. Quando a menina, que passou a história toda vestindo uma máscara de garota autoconfiante, sedutora e experiente, revela-se como é, uma adolescente com suas inseguranças e, àquela altura, virgem, o protagonista também nos revela o que verdadeiramente buscava o tempo todo: recuperar sua autoestima, ser feliz.
Esse era o tempo todo o seu desejo inconsciente. E que, de certa forma, é o desejo de todos nós. Essa é a verdadeira beleza que descobrimos junto com Lester nessa cena.

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5. Verdade

Quando a experiência ganha significado

É o princípio que rege todos os outros e que a empatia, o conflito, as viradas e a transformação, no fim das contas, devem ajudar a construir: uma experiência significativa para o público e conectada a valores humanos fundamentais e universais.
Justo no momento em que está mais vivo do que nunca, Lester é morto. Quanta ironia. A mesma narração em primeira pessoa do início do filme retorna para nos falar, de forma poética, sobre o real significado dessa história. Afinal, esse filme não é sobre um cinquentão em crise que se apaixona pela melhor amiga da filha. Esse filme é sobre a beleza da vida, que se encontra nas coisas mais simples, como um saco vazio flutuando no ar.
Essa beleza está além das máscaras que criamos: do status, das posses, do sucesso, do dinheiro, da estabilidade, de algumas das coisas que estão no alicerce do tal “sonho americano”, tema que o o roteirista Allan Ball debate conosco nessa história. “Look closer” é o slogan do filme e ele expressa justamente isso: é preciso olhar as coisas com atenção, de perto, para enxergamos como elas realmente são.

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Storytelling em Brasília

Gostou? Compartilhe! Lembrando que estarei em Brasília, nos dias 26 e 27 de julho, falndo sobre Narrativas – junto com a WeGov – em uma imersão de 16 horas em Storytelling. Participe >>
Originalmente publicado no blog da Narrative

Gabriela Tamura
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Um convite das Forças Armadas para você

O 5° Redes-eGov está com mais de 15 atrações, uma delas é o Painel: A união faz a força, com representantes da Força Aérea Brasileira, Exército Brasileiro e Marinha do Brasil. Eles fizeram este vídeo para convidar você a participar do evento. Confira

Painel: A união faz a força

[youtube=https://youtu.be/am_NAApp-EQ&w=720&h=400]

Participe do 5º Redes-eGov

Acesse o site do evento e faça sua inscrição.

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

Rafael Rebelato
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Como, quando e por quê?

O que eu vou contar agora não é a revelação de nenhum dos mistérios da humanidade: o uso de mídias sociais por instituições públicas é completamente diferente do uso por instituições não-públicas. Aliás, é muito diferente inclusive do uso que eu e você fazemos dos nossos perfis nas mídias sociais.
Tudo bem, há uma busca de aumento de likes, de engajamento, de seguidores, de repercussão e de consolidação e credibilidade da “marca”. Mas a prioridade (ou pelo menos deveria ser) das instituições públicas nas mídias sociais digitais é o uso da comunicação pública como uma forma de incentivar a prática da cidadania.
Parece fácil, né?! Mas se basear na comunicação pública e no interesse coletivo é um desafio gigantesco, vivido diariamente, recheado de dilemas, angústias, sucessos, decepções. É o velho clichê: matar um leão por dia. E que leão.
O desafio começa na forma de lidar com os vários atores envolvidos. Sim, atores, porque um perfil de uma instituição pública em uma rede social não existe de forma independente, solitária e autônoma. Depende de quem faz a gestão, depende da alta administração, depende do público-alvo, depende de quem é o público do perfil, depende do que estão dizendo pelas redes, depende da comunidade interna daquela instituição, depende dos algoritmos das plataformas. Depende do tempo, do conteúdo, da equipe. Enfim (mas não é o fim dessa lista, definitivamente).
É preciso contextualizar comunicação pública nesse sentido em que incluo os perfis em mídias sociais de instituições públicas. Pra mim, a comunicação pública é aquela que não apenas aproxima o cidadão da esfera pública, mas também permite a participação e a interferência do cidadão, seja debatendo, criticando, opinando ou deliberando sobre a ordem social.
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Mas pra dar certo, a associação entre mídias sociais e comunicação pública exige transparência, exige a prática de prestar contas, a vontade de levar informação útil e relevante; e a prática de ouvir o que o cidadão está dizendo, perguntando, cobrando, comentando. Não adianta criar o perfil nas redes sociais esperando falar de si mesmo o tempo inteiro. Isso não funciona mais, porque as mídias sociais digitais são uma troca (eu falo e você fala também) e não um monólogo (eu falo e você só escuta).

Aliás, olha aí outro desafio a ser superado no dia a dia. No mundo inteiro, as instituições, sejam elas públicas ou não, têm tido uma queda de credibilidade. As pessoas simplesmente não acreditam mais em autoridades, instituições e entidades. As pessoas acreditam na família, nos amigos e em outras pessoas iguais a elas (já viram o sucesso e a influência dos youtubers mundo afora?).
Então falar de si mesmo não é uma opção, a não ser que falando de si mesmo se ofereça conteúdo relevante e útil para a vida do cidadão. Relevante e útil. Taí a comunicação pública de mãos dadas com as mídias sociais, juntas, carregando um pedaço de cidadania pela rede pra muita gente.
Se eu pudesse descrever em duas palavras qual o ideal de atuação de instituições públicas nas mídias sociais seriam resiliência (não desistir nunca de tentar acertar) e empatia (ouvir, ouvir, ouvir). E resiliência e empatia, fiquei pensando, são duas palavras pra serem usadas na vida. Mas tá valendo.
Originalmente publicado no Medium de Aline Fonseca
Foto: http://freestocks.org/
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Gabriela Tamura
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Dias 28 e 29 de abril em Brasília

Redes-eGov

Na 5ª edição, o evento promete trazer as tendências em Social Media Gov no Brasil, bem como debates visionários sobre o uso das novas mídias para melhorar a comunicação do setor público com a sociedade. Serão 16 horas de programação com painéis, palestras, dinâmicas interativas e brainstorming coletivo.

Palestrantes do 5º Redes-eGov

Dentre os palestrantes teremos Ronaldo Lemos (Globo News / ITS Rio), Gabriel Aoki (Linkedin), Jonas Oliveira (Twitter), André e Gabriela Tamura (WeGov), Priscila Montandon (GovRS), Valter Ponte (STJ), Paulo Sousa (Exército), Francisco Figueiró (Marinha), Marco Ribeiro (Força Aérea Brasileira), Ricardo Azarite (MP8), Letícia Alcântara (Gabinete do Senador Romário), Roberta Teles (Gabinete do Deputado Professor Israel), Aline Fonseca (MPF), Alexandre Araujo e Carlos Mamede (TCU).

Motivos para participar do Redes-eGov

Participantes de alto nível

Todos os profissionais atuantes e mais ligados do setor estão no Redes eGov. O público é bem diversificado e contamos com participantes de instituições públicas de todos os poderes e esferas. É o único evento 100% focado no setor público.

Uma mesma visão

A frase mais falada no final do evento é: “não me sinto sozinho!”. Você vai ver que um profissional da Presidência da República tem os mesmos desafios que o de uma Prefeitura de 50 mil habitantes e isso é fantástico!

Não acaba quando termina

A rede continua interagindo em grupos digitais mesmo depois que o evento termina. A troca de experiências acontece durante 365 dias, é riquíssima e contribui para a comunicação pública brasileira evoluir.
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Faça o download do Ofício Convite

Informações Gerais do Redes-eGov

Data: 28 e 29 de abril de 2016
Horário: 9h00min às 18h00min
Local: Centro de Convenções Israel Pinheiro – Brasília
Endereço: SHDB QL 32, Cj 1 – Bloco A – Lago Sul
Investimento: R$ 1.300,00 por participante. Pagamento em boleto, ou 10x no cartão via PagSeguro. Aceitamos Nota de Empenho.
Site do evento: www.redes-egov.com.br
Email: Nathalia@www.wegov.com.br
Telefone: (48) 8848-9972

Faça o download do Ofício Convite

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

André Tamura
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Facebook da FAB atinge marca de 1 milhão de seguidores

O perfil oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) no Facebook atingiu uma nova marca neste sábado (27/02): agora 1 milhão de seguidores acompanham diretamente o conteúdo disponibilizado pela maior central de relacionamento da FAB com o público. Por meio de compartilhamentos, a ferramenta permite alcançar mais de 6 milhões de pessoas em uma única postagem, promovendo informação e entretenimento diariamente.
A presença crescente nas mídias sociais é uma das estratégias adotadas pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) na busca por maior transparência, interação e divulgação das atividades desenvolvidas pela Força Aérea Brasileira aos cidadãos brasileiros. Assim, a FAB mantém também perfis ativos no Twitter , Instagram , Youtube e Flickr , bem como possui ainda o Força Aérea Blog.
“Além de um número expressivo, 1 milhão de fãs representa, acima de tudo, uma responsabilidade maior para engajar esses usuários. São 1 milhão de novas possibilidades de conversa, 1 milhão de pessoas que abriram suas timelines para aprender mais sobre a FAB, para se informar e se manter atualizadas sobre defesa aérea, e o querem de forma rápida, quase que instantânea, acurada e, claro, com direito à resposta”, ressalta a Chefe do Centro de Mídias Sociais da FAB, a Primeiro Tenente Mariana Helena.

[youtube=https://youtu.be/d7z13xEGIGM&w=720&h=400]

Andre Tamura, Diretor Executivo do WeGov, espaço que discute e aprimora a comunicação dos órgãos públicos, lembra que o modelo da Força Aérea é diferenciado e exemplo para instituições governamentais. “Acho que não existe nada igual na comunicação pública em termos de organização do trabalho e produção de conteúdo. Dentro de um contexto das Forças Armadas, as mídias sociais da FAB conseguiram encontrar uma linguagem adequada para conquistar o engajamento do público”, explica.
Diferente dos meios tradicionais, as redes sociais conseguem explorar a instantaneidade e a espontaneidade. Uma das características do perfil da FAB no Facebook está na linguagem. “A página é leve. Tentamos sempre que possível atrelar a informação ao entretenimento, traduzindo o assunto para o dia a dia do cidadão. Essa é, inclusive, uma tendência seguida por vários outros órgãos do governo”, explica a Tenente Helena. “A instituição que assume uma personalidade no meio online, que se aproxima para não só passar uma informação, mas também para ouvir o internauta, exerce uma comunicação pública responsável e presta um serviço ao cidadão”, finaliza.
Segundo o Chefe da atividade de Relações Públicas na FAB, Major Marco Ribeiro, o maior desafio para as instituições é captar e fidelizar a atenção das pessoas. “Vivemos um momento hoje em que o excesso de informação disponível prejudica de alguma forma o relacionamento entre a sociedade e as instituições. O maior desafio, para além do captar a atenção do público, consiste em fidelizar esse público. A instituição que, alinhada a valores morais íntegros, souber fazer uso das diversas ferramentas de comunicação da atualidade para promover e intensificar relacionamentos verdadeiros, certamente, obterá sucesso no campo da comunicação social”, afirma.

A Força Aérea Brasileira estará presente no 5º Redes eGov, no Painel: “A união faz a força”, junto com a Marinha Brasileira e o Exército. Participe da conversa >>

Fonte: Portal FAB
Foto: Flickr FAB

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

Rafael Rebelato
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ou como os profissionais de comunicação precisam se reinventar

Quando assisti Perdido em Marte, um fato que me chamou muita atenção foi a relação da Nasa, no filme, com sua relações públicas. É claro que não dá pra deixar passar o fato de que Matt Damon, já indestrutível desde que virou Jason Bourne, foi o cara mais persistente e otimista na história da Terra e de Marte. Mas a RP () do filme me fez pensar em um mundo melhor para a comunicação. Ainda que na ficção.
Em um certo momento do filme, quando percebem que um astronauta ficou “perdido em Marte”, provavelmente já morto por uma grande tempestade, a RP da Nasa se apressa a preparar uma coletiva para… contar a verdade. Então uma reviravolta acontece e não só o astronauta tinha sobrevivido, como estava tentando se comunicar. E mais uma vez a RP prepara uma coletiva para… contar a verdade! No calor da emoção de ter um ser humano vivo em Marte, um dos diretores promete, durante a coletiva, que vai trazer o astronauta para casa. “Nós podemos cumprir essa promessa?”, pergunta a RP, nos bastidores, para a equipe, que responde que nada é certo. E a conclusão da RP é que o cara que prometeu não vai mais participar de coletivas, já que não sabe se manter apegado à realidade.
Isso me fez lembrar que uns anos atrás, eu, jornalista, e uma amiga, RP, brincávamos que um dia iríamos escrever um “Antimanual de Assessoria de Imprensa” baseado em experiências já vividas por nós e por outros colegas.

“O fato é que em algum momento, ou alguns momentos, vivemos o antimanual. É aquele momento em que o profissional da comunicação faz exatamente o contrário do que aprendeu na universidade e nos livros.”

A observação é que essa afirmação está baseada somente no meu círculo de convivência de profissionais de jornalismo, publicidade, RP, designers e fotógrafos. Então não é uma verdade absoluta e nem universal, e surgiu em conversa de bar. Mas vale a reflexão.
O antimanual de comunicação vivenciado nas diversas assessorias de comunicação não está preparado para a realidade: um mundo em que qualquer um é um potencial produtor e reprodutor de conteúdo, que divulga sua opinião muitas vezes até o limite da liberdade de expressão. E em um mundo como esse, os profissionais de comunicação, aparentemente, ficaram meio à deriva, perdidos em um outro planeta, de uma outra era da comunicação.

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Eu sou um assessor de comunicação e ainda estou vivo

Ninguém hoje depende do que os veículos de comunicação produzem. E ninguém se importa. O público desse novo mundo não liga para publicidade, não acredita nas instituições, não dá bola para autoridades, apesar de ter como referência as celebridades. E esse é um mundo sem volta. O que ficou para trás não vai voltar (a não ser na moda, que se repagina e se reinventa com o que já foi) e ninguém sabe muito bem o que vem pela frente. É mais um daqueles momentos, por exemplo, em que o profissional de comunicação vai precisar se reinventar. Ou ser extinto para dar lugar a alguma coisa nova que não temos a menor ideia. Assim foi com os tipógrafos, categoria que já representou o auge da imprensa e foram suplantados pela tecnologia até serem completamente extintos.
Sei lá o que vem por aí. Mas tá na hora da gente se reinventar. Ou pelo menos tentar.
Originalmente publicado no Medium de Aline Fonseca

Nathália Rorato
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6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público

Nos dias 5 e 6 de novembro a WeGov realizou a Oficina Social Media Gov para profissionais de comunicação dos Ministérios Públicos. A Oficina foi conduzida na sala temática “Comunicação e Sociedade”, como parte da programação do 6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público (CBGMP).
Alvaro Gregorio fez a abertura com uma palestra sobre Inovação em Governo, posteriormente Carlos Rocha apresentou o case vencedor: “MPSC em Rede” do Ministério Público de Santa Catarina. No início da tarde, André Tamura e Gabriela Tamura iniciaram os trabalhos.
Os participantes puderam conhecer e debater sobre inovação, utilização das redes sociais e ferramentas de comunicação, sempre com foco no atendimento ao cidadão e prestação de serviços.
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6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público

“Estratégia, inovação e gestão do conhecimento”. Esse foi o tema da palestra de encerramento do 6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público (CBGMP), na última sexta-feira, 6 de novembro. Mais de quatrocentas pessoas ouviram atentamente, por uma hora e meia, a exposição do professor e consultor Rivadávia Neto, pós-doutor pela Universidade de Toronto, no Canadá
Ao abrir o evento, o professor propôs uma reflexão: “Por que grandes empresas ou instituições, mesmo tendo feito tudo certo, deixaram de existir ou perderam importância nos últimos anos?” Com exposição de casos emblemáticos, Rivadávia salientou a importância da inovação nos processos de gestão pública e privada.
Para uma plateia atenta e interativa, o professor explicou que a solução de questões estruturantes pode passar por novas ideias. Ressaltou, também, que os momentos de transformação e de crise representam importantes oportunidades de mudança. E destacou: “a inovação deve responder objetivamente ao problema que pretende resolver”.
Ao final, Rivadávia Neto lembrou que não há inovação sem colaboração, de modo que, para ele, “a atitude proativa e humilde é tão importante quanto o enfoque técnico”. E enfatizou, ainda, a importância de um olhar para o usuário, para o cidadão que efetivamente utilizará aquele serviço ou produto criado.
As fotos foram feitas por Tiago Sabino e estão em nosso Flickr.

Borbas Azarite
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Quanto tempo você dedicaria para melhorar?

Realidade #1

Você quer aumentar seu orçamento dedicado para a compra de mídia digital. Seu chefe acha que a quantia atual está OK, que os resultados estão satisfatórios e culpa a crise para justificar o não-aumento. Você sabe que o orçamento é insuficiente e que está abaixo do que o mercado de Social Media Gov costuma investir, mas a sua opinião não é suficiente para convencê-lo.

Realidade #2:

Você acha que é preciso dar aquele extra-mile no trabalho feito em Mídias Sociais – fazer aquele relatório bonito de Webanalytics; começar a fazer relatórios de análise de rede, alguma coisa que será um grande breakthrough na sua instituição. Mas sua chefe acredita que isso tudo “é esforço demais pra retorno de menos”, que “ninguém faz isso” e que “é necessário focar naquilo que dá resultado”. Você sabe que ela está errada e já consegue imaginar quantos insights valiosos você vai perder, mas entre a sua palavra e a dela, a dela ecoa mais e acaba ganhando o embate.

Realidade #3:

O órgão onde você trabalha tem apenas um profissional para cuidar dos esforços digitais – a chamada “EUquipe” – e você precisa justificar a contratação de mais funcionários. Depois de muita discussão, você consegue contratar um estagiário (4h por dia, ganhando R$500 por mês). Na hora de replicar internamente na luta pela contratação de alguém mais sênior, você escuta de seus diretores que “meu sobrinho de 18 anos tem uma empresinha de mídias sociais, podemos contratar ela, se quiser”. Você sabe que isso não será suficiente, mas você acabou de ser presenteado com um aumento de 100% da “EUquipe” e vai ser complicado rever essa decisão.

Social Media Gov no Brasil

O trabalho de Social Media e Marketing Digital ainda está na fase do empirismo e dos testes – não existe um conhecimento pétreo. Existem, contudo, boas práticas operacionais, táticas e de gestão que funcionam como diretrizes e guiam o nosso trabalho no dia-a-dia. No que diz respeito exclusivamente a Social Media Gov, ainda há poucas informações sobre quais são essas boas práticas – especialmente táticas e de gestão, os quais se distanciam bastante dos demais mercados.
pesquisa-social-media-gov
Foi com o intuito de criar um parâmetro válido para os profissionais do mercado que a WeGov e a BR.AZ se juntaram para fazer a I Pesquisa Social Media Gov do Brasil.
Por isso, faço um pedido, em nome da BR.AZ e da WeGov, para todos os profissionais que trabalham com Social Media em/para órgãos públicos e instituições governamentais: dediquem alguns minutos para responder a essa pesquisa com afinco, pensando no impacto positivo que ela terá para nossos colegas de profissão.
Pode crer: são só alguns minutinhos pra uma pesquisa que te ajudará e melhorará o mercado de Social Media Gov, aqui vai um atalho .

Borbas Azarite
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Estudo será publicado em janeiro de 2016

A pesquisa pretende compreender qual é a dinâmica do mercado de Marketing e Comunicação Digital no Setor Público – as três esferas, os três poderes, autarquias e empresas públicas.
Quem são os profissionais que atuam neste mercado? Quais são as oportunidades e desafios do setor?
A pesquisa é uma parceira entre a WeGov e a BR.AZ, e você não levará mais do que 20 minutos para responder. As respostas serão aceitas até o dia 16 de outubro de 2015.


Responder a pesquisa Social Media Gov