Valter Ponte
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Cibersegurança para os usuários

Em recente decisão, um tribunal federal em São Francisco, Califórnia, negou um pedido de recurso do Facebook para que a justiça americana dispensasse o julgamento do caso de violação de privacidade. Com isso, a ação judicial prosseguirá. Os autores da ação são usuários da rede social motivados pelo que consideram o armazenamento ilegal de dados biométricos.
Segundo a acusação, a empresa Facebook aplica um software baseado em algoritmo de reconhecimento facial em todas as fotografias que os usuários compartilham na rede. O reconhecimento facial é uma estratégia que o Facebook utiliza para identificar pessoas, criar um “template” baseado nas características faciais presentes nas fotos e enviar “sugestões” aos usuários. A metodologia envolve a gravação de dados pessoais de natureza biométrica.
Um dos aspectos relevantes é que a ação judicial se baseia na Lei de privacidade dos dados biométrico do estado de Illinois, que proíbe a coleta de identificadores biométricos como as impressões digitais ou características faciais sem consentimento explícito dos usuários.

Facebook e dados biométricos

A defesa do Facebook alegou que o sistema de reconhecimento facial é mencionado na Política de Uso do Facebook, que os usuários concordam no ato da assinatura do serviço e, portanto, a ação judicial é desprovida de mérito. Os advogados também contestaram o uso de uma lei estadual do Illinois, afirmando que o Facebook obedece às leis federais americanas e às leis estaduais da California.
A decisão pode ter um alcance significativo pois os aplicativos Twitter e Google também desenvolveram técnicas de reconhecimento facial semelhantes.
Lembramos que apesar do avanço do Marco Civil da Internet, o Brasil ainda não dispõe de legislação atual de proteção de dados pessoais, ao contrário de países como Portugal. O anteprojeto do Ministério da Justiça ainda não tem data para ser votado e promulgado.
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A proteção dos dados pessoais é importante para os consumidores e, em especial, para os cidadãos que devem ter garantias do uso de suas informações pessoais por parte dos serviços governamentais e por parte das empresas. Vale lembrar que, na Alemanha, o Facebook foi obrigado a retirar a funcionalidade “encontrar amigos”, pois esta funcionalidade foi considerada ilegal.
Consequentemente, os profissionais das mídias sociais, do marketing (CRM) e da gestão de relacionamento com o cidadão também devem estar atentos a essas decisões judiciais.
As questões de cibersegurança estão, mais do que nunca, na ordem do dia. Todos os usuários devem, na medida do possível, tomar medidas para contribuir para que a internet seja um ambiente seguro. Isso significa também ajudar a proteger os mais vulneráveis, como as crianças, os adolescentes e a terceira idade.
Claro que a melhor abordagem em relação à cibersegurança é uma visão multidisciplinar, pois ela é importante demais para ser deixada apenas aos profissionais da informação e da comunicação. Exemplos dessa abordagem constam do Seminário realizado em janeiro deste ano no Instituto Brasileiro de Direito, ligado à Faculdade de Direito de Lisboa, que tive a oportunidade de participar.
Os temas de dignidade da pessoa humana, a proteção dos menores e a liberdade de expressão são temas conexos da mais alta relevância. Essa perspectiva é um pequeno passo na caminhada que vai de dados, informação, conhecimento e almeja alcançar a SABEDORIA!. Sejamos sábios!

Gabriela Tamura
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Conteúdo Exclusivo #Rio2016 #Olimpíadas2016

Uma das atrações do 5º Redes-eGov foi a dinâmica onde os participantes puderam compartilhar insights sobre como as Instituições Públicas poderão aproveitar os Jogos Olímpicos Rio 2016 nas redes sociais. Segundo Jonas Oliveira, do Twitter , esse será o evento mais compartilhado da história.
O resultado do Brainstorm Olímpico realizado no Redes-eGov, é um ebook repleto de boas ideias, compartilhadas de forma clara e objetiva! Vale conferir para captar as ideias, ser criativo e engajar os cidadãos em um trend topic certeiro!
Clique para baixar e confirme o download na sua caixa de e-mail.

Aproveite e compartilhe sem moderação!

Baixe o arquivo: Brainstorm Olimpíadas 2016



ebook-brainstorm-olimpiadas-rio-wegov

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

Borbas Azarite
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Estudo ajudará no desenvolvimento dos profissionais do setor

São 21 anos de Internet no Brasil. São 12 anos de Facebook no mundo. E são só 5 anos de Redes-eGov.
O mercado do Social Media Gov ainda é uma criança, daquelas que tenta ficar de pé sozinha, mas tropeça logo nos primeiros passos. Somos jovens, mas somos muitos profissionais empenhados em criar um mercado maduro e mais assertivo. Ainda batemos a cabeça na parede quando tentamos criar nossas boas práticas e identificar nossos reais desafios.
Com esse intuito, Eu e o André (WeGov) criamos a I Pesquisa Social Media Gov, que traça o perfil do profissional e do mercado, descrevendo quais são as boas práticas, como se organiza e qual é a realidade diária desses profissionais.
A pesquisa foi o tema da minha palestra no 5° Redes-eGov, que aconteceu em Brasília no último final de semana de abril e está disponível completa para download em meu SlideShare ou aqui no site da WeGov.

[slideshare id=61585638&doc=afapresentacaosocialmediagovborbas-copia-160502161050&w=650&h=360]

Olavo Pereira Oliveira
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Empatia, Conflitos, Virada, Transformação e Verdade

Após 35 anos amando cinema e 10 anos ajudando pessoas e empresas a contarem sua histórias como se fossem narrativas cinematográficas, sintetizei o que acredito que são os 5 princípios fundamentais de qualquer narrativa, independente do formato e da duração.
Na minha visão, o que diferencia o comercial de 30 segundos ou o filme de 2 horas é a profundidade com a qual você explora cada princípio.
Nas palestras e cursos que leciono, uso como exemplo um filme que amo, “Beleza Americana”, para ilustrar esses princípios e permitir que as pessoas façam a conexão com suas histórias pessoais e profissionais.

1. Empatia

A conexão com o público

O público começa a se conectar com a história ao ser apresentado a um protagonista empático, o que significa que ele apresenta valores e atitudes que o público identifica como sendo verdadeiros e compreensíveis do seu ponto de vista. Ou seja, vê que é possível estar no lugar desse protagonista.

Em “Beleza Americana” o protagonista Lester nos apresenta seu bairro, sua rua, sua casa, sua família, enfim, sua vida suburbana em uma manhã qualquer. Em sua segunda frase ele nos revela que estará morto em menos de um ano. Mas que, de certa forma, já está morto.
A sequência magistral do início é uma aula de como criar empatia com uma personagem. Nos arrebata, nos surpreende, nos provoca. Quem já não se sentiu morrendo em vida? Esse sentimento universal e outros que os eventos a seguir nos despertam, vai começando a tecer uma trama que nos conecta à história.

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Já sabemos até que ele vai morrer no final do filme. Mas isso já não importa. Queremos saber o que aconteceu com ele em sua jornada rumo a um destino comum a todos.

2. Conflito

O coração da narrativa

É o que vai ajudar a reforçar a empatia, pois os conflitos surgem a partir de situações em que o protagonista se coloca e que vão revelar: 1) traços verdadeiros de sua personalidade; 2) quais os seus desejos e o que ele precisa para alcançá-los; 3) que forças antagônicas estão atuando para afastá-lo desses desejos.
No caso de Lester, nos foram apresentados nos primeiros 15 minutos do filme uma série de situações em que o conhecemos como um homem conformado com sua condição de subjugado ao estilo de vida do americano médio. Ele aceita passivamente o emprego que no fundo odeia, o desprezo da mãe e da filha e o ápice de satisfação com sua sessão diária de auto-prazer.

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Até agora, portanto, não temos nenhum grande conflito, que só aparece a partir do momento em que ele se encanta com Angela, a amiga da filha em uma apresentação das animadoras de torcida no intervalo de um jogo de basquete, ao qual ele inicialmente vai a contragosto. Esse é o evento que no cinema chama-se incidente incitante, pois é a motivação para o principal conflito do filme: Lester buscando sair de sua condição passiva, ou de “morto”, para alguém que assume a direção de sua vida e começa a “renascer”.
Portanto, Lester, a partir desse evento: 1) revela uma dimensão a mais de sua personalidade, ganhando complexidade e, logo, mais empatia; 2) passa a ter um desejo consciente dentro da história: dormir com Angela; 3) passa a ter como forças antagônicas em seu caminho tudo aquilo com o qual ele tinha se acostumado até agora: família, emprego e toda a sua condição suburbana, o que envolve a relação com os vizinhos.

3. Viradas

A energia que move a narrativa para a frente

A partir de um conflito principal, outros vão se colocando no caminho do protagonista que, se por um lado toma uma atitude acreditando que vai levá-lo mais próximo de conseguir o que quer, por outro lado, essa mesma atitude pode afastá-lo daquilo que ele quer. Boa parte da narrativa se move entre essas brechas entre o que ele acredita que vai acontecer e o que acontece de fato. Ao mesmo tempo em que ele fecha uma brecha, pode acabar abrindo outra. Quanto mais brechas se abrem, mais a narrativa se enriquece e faz público se conectar ainda mais com a história.
Lester empreendeu uma série de mudanças na sua vida que ocasionaram viradas dentro da narrativa. Em uma visão superficial, foi tudo motivado por tornar-se atraente para Angela. Uma dessas mudanças foi a saída do emprego, outra cena magistral do filme, em que uma veia humorística, irônica, ácida do personagem, nos é revelada.
Veja a diferença entre a postura de Lester no dia em que é comunicado que precisa escrever uma descrição de suas atividades para salvar seu emprego e sua postura no dia em que ele se utiliza dessa prerrogativa para largar de vez o emprego que detesta.
A atitude de Lester aparentemente o move em direção ao seu desejo. No entanto, abrem-se aí brechas que também podem afastá-lo do seu desejo, uma vez que ele deteriora ainda mais sua relação com a família e, com o novo estilo de vida que passa a adotar, começa a abrir caminho para percepções de outros personagens que vão ser determinantes para o fim trágico que ele terá.

4. Transformação

A recompensa para quem acompanhou até o fim

A história será mais verdadeira quanto maior for a transformação pela qual passou o protagonista. Isso se dará, principalmente, se ao final, mais do que conseguir aquilo que ele conscientemente desejava, ele conseguir algo que no início nem imaginava ser possível. O público se envolverá ainda mais, pois se surpreenderá com a mensagem trazida pela narrativa.
Lester consegue chegar bem próximo ao seu desejo de dormir com Angela. E justamente aí se dá conta de que não é isso que ele verdadeiramente deseja. Quando a menina, que passou a história toda vestindo uma máscara de garota autoconfiante, sedutora e experiente, revela-se como é, uma adolescente com suas inseguranças e, àquela altura, virgem, o protagonista também nos revela o que verdadeiramente buscava o tempo todo: recuperar sua autoestima, ser feliz.
Esse era o tempo todo o seu desejo inconsciente. E que, de certa forma, é o desejo de todos nós. Essa é a verdadeira beleza que descobrimos junto com Lester nessa cena.

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5. Verdade

Quando a experiência ganha significado

É o princípio que rege todos os outros e que a empatia, o conflito, as viradas e a transformação, no fim das contas, devem ajudar a construir: uma experiência significativa para o público e conectada a valores humanos fundamentais e universais.
Justo no momento em que está mais vivo do que nunca, Lester é morto. Quanta ironia. A mesma narração em primeira pessoa do início do filme retorna para nos falar, de forma poética, sobre o real significado dessa história. Afinal, esse filme não é sobre um cinquentão em crise que se apaixona pela melhor amiga da filha. Esse filme é sobre a beleza da vida, que se encontra nas coisas mais simples, como um saco vazio flutuando no ar.
Essa beleza está além das máscaras que criamos: do status, das posses, do sucesso, do dinheiro, da estabilidade, de algumas das coisas que estão no alicerce do tal “sonho americano”, tema que o o roteirista Allan Ball debate conosco nessa história. “Look closer” é o slogan do filme e ele expressa justamente isso: é preciso olhar as coisas com atenção, de perto, para enxergamos como elas realmente são.

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Storytelling em Brasília

Gostou? Compartilhe! Lembrando que estarei em Brasília, nos dias 26 e 27 de julho, falndo sobre Narrativas – junto com a WeGov – em uma imersão de 16 horas em Storytelling. Participe >>
Originalmente publicado no blog da Narrative

Gabriela Tamura
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Um convite das Forças Armadas para você

O 5° Redes-eGov está com mais de 15 atrações, uma delas é o Painel: A união faz a força, com representantes da Força Aérea Brasileira, Exército Brasileiro e Marinha do Brasil. Eles fizeram este vídeo para convidar você a participar do evento. Confira

Painel: A união faz a força

[youtube=https://youtu.be/am_NAApp-EQ&w=720&h=400]

Participe do 5º Redes-eGov

Acesse o site do evento e faça sua inscrição.

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

Rafael Rebelato
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Como, quando e por quê?

O que eu vou contar agora não é a revelação de nenhum dos mistérios da humanidade: o uso de mídias sociais por instituições públicas é completamente diferente do uso por instituições não-públicas. Aliás, é muito diferente inclusive do uso que eu e você fazemos dos nossos perfis nas mídias sociais.
Tudo bem, há uma busca de aumento de likes, de engajamento, de seguidores, de repercussão e de consolidação e credibilidade da “marca”. Mas a prioridade (ou pelo menos deveria ser) das instituições públicas nas mídias sociais digitais é o uso da comunicação pública como uma forma de incentivar a prática da cidadania.
Parece fácil, né?! Mas se basear na comunicação pública e no interesse coletivo é um desafio gigantesco, vivido diariamente, recheado de dilemas, angústias, sucessos, decepções. É o velho clichê: matar um leão por dia. E que leão.
O desafio começa na forma de lidar com os vários atores envolvidos. Sim, atores, porque um perfil de uma instituição pública em uma rede social não existe de forma independente, solitária e autônoma. Depende de quem faz a gestão, depende da alta administração, depende do público-alvo, depende de quem é o público do perfil, depende do que estão dizendo pelas redes, depende da comunidade interna daquela instituição, depende dos algoritmos das plataformas. Depende do tempo, do conteúdo, da equipe. Enfim (mas não é o fim dessa lista, definitivamente).
É preciso contextualizar comunicação pública nesse sentido em que incluo os perfis em mídias sociais de instituições públicas. Pra mim, a comunicação pública é aquela que não apenas aproxima o cidadão da esfera pública, mas também permite a participação e a interferência do cidadão, seja debatendo, criticando, opinando ou deliberando sobre a ordem social.
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Mas pra dar certo, a associação entre mídias sociais e comunicação pública exige transparência, exige a prática de prestar contas, a vontade de levar informação útil e relevante; e a prática de ouvir o que o cidadão está dizendo, perguntando, cobrando, comentando. Não adianta criar o perfil nas redes sociais esperando falar de si mesmo o tempo inteiro. Isso não funciona mais, porque as mídias sociais digitais são uma troca (eu falo e você fala também) e não um monólogo (eu falo e você só escuta).

Aliás, olha aí outro desafio a ser superado no dia a dia. No mundo inteiro, as instituições, sejam elas públicas ou não, têm tido uma queda de credibilidade. As pessoas simplesmente não acreditam mais em autoridades, instituições e entidades. As pessoas acreditam na família, nos amigos e em outras pessoas iguais a elas (já viram o sucesso e a influência dos youtubers mundo afora?).
Então falar de si mesmo não é uma opção, a não ser que falando de si mesmo se ofereça conteúdo relevante e útil para a vida do cidadão. Relevante e útil. Taí a comunicação pública de mãos dadas com as mídias sociais, juntas, carregando um pedaço de cidadania pela rede pra muita gente.
Se eu pudesse descrever em duas palavras qual o ideal de atuação de instituições públicas nas mídias sociais seriam resiliência (não desistir nunca de tentar acertar) e empatia (ouvir, ouvir, ouvir). E resiliência e empatia, fiquei pensando, são duas palavras pra serem usadas na vida. Mas tá valendo.
Originalmente publicado no Medium de Aline Fonseca
Foto: http://freestocks.org/
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Gabriela Tamura
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Dias 28 e 29 de abril em Brasília

Redes-eGov

Na 5ª edição, o evento promete trazer as tendências em Social Media Gov no Brasil, bem como debates visionários sobre o uso das novas mídias para melhorar a comunicação do setor público com a sociedade. Serão 16 horas de programação com painéis, palestras, dinâmicas interativas e brainstorming coletivo.

Palestrantes do 5º Redes-eGov

Dentre os palestrantes teremos Ronaldo Lemos (Globo News / ITS Rio), Gabriel Aoki (Linkedin), Jonas Oliveira (Twitter), André e Gabriela Tamura (WeGov), Priscila Montandon (GovRS), Valter Ponte (STJ), Paulo Sousa (Exército), Francisco Figueiró (Marinha), Marco Ribeiro (Força Aérea Brasileira), Ricardo Azarite (MP8), Letícia Alcântara (Gabinete do Senador Romário), Roberta Teles (Gabinete do Deputado Professor Israel), Aline Fonseca (MPF), Alexandre Araujo e Carlos Mamede (TCU).

Motivos para participar do Redes-eGov

Participantes de alto nível

Todos os profissionais atuantes e mais ligados do setor estão no Redes eGov. O público é bem diversificado e contamos com participantes de instituições públicas de todos os poderes e esferas. É o único evento 100% focado no setor público.

Uma mesma visão

A frase mais falada no final do evento é: “não me sinto sozinho!”. Você vai ver que um profissional da Presidência da República tem os mesmos desafios que o de uma Prefeitura de 50 mil habitantes e isso é fantástico!

Não acaba quando termina

A rede continua interagindo em grupos digitais mesmo depois que o evento termina. A troca de experiências acontece durante 365 dias, é riquíssima e contribui para a comunicação pública brasileira evoluir.
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Faça o download do Ofício Convite

Informações Gerais do Redes-eGov

Data: 28 e 29 de abril de 2016
Horário: 9h00min às 18h00min
Local: Centro de Convenções Israel Pinheiro – Brasília
Endereço: SHDB QL 32, Cj 1 – Bloco A – Lago Sul
Investimento: R$ 1.300,00 por participante. Pagamento em boleto, ou 10x no cartão via PagSeguro. Aceitamos Nota de Empenho.
Site do evento: www.redes-egov.com.br
Email: Nathalia@www.wegov.com.br
Telefone: (48) 8848-9972

Faça o download do Ofício Convite

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

André Tamura
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Facebook da FAB atinge marca de 1 milhão de seguidores

O perfil oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) no Facebook atingiu uma nova marca neste sábado (27/02): agora 1 milhão de seguidores acompanham diretamente o conteúdo disponibilizado pela maior central de relacionamento da FAB com o público. Por meio de compartilhamentos, a ferramenta permite alcançar mais de 6 milhões de pessoas em uma única postagem, promovendo informação e entretenimento diariamente.
A presença crescente nas mídias sociais é uma das estratégias adotadas pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) na busca por maior transparência, interação e divulgação das atividades desenvolvidas pela Força Aérea Brasileira aos cidadãos brasileiros. Assim, a FAB mantém também perfis ativos no Twitter , Instagram , Youtube e Flickr , bem como possui ainda o Força Aérea Blog.
“Além de um número expressivo, 1 milhão de fãs representa, acima de tudo, uma responsabilidade maior para engajar esses usuários. São 1 milhão de novas possibilidades de conversa, 1 milhão de pessoas que abriram suas timelines para aprender mais sobre a FAB, para se informar e se manter atualizadas sobre defesa aérea, e o querem de forma rápida, quase que instantânea, acurada e, claro, com direito à resposta”, ressalta a Chefe do Centro de Mídias Sociais da FAB, a Primeiro Tenente Mariana Helena.

[youtube=https://youtu.be/d7z13xEGIGM&w=720&h=400]

Andre Tamura, Diretor Executivo do WeGov, espaço que discute e aprimora a comunicação dos órgãos públicos, lembra que o modelo da Força Aérea é diferenciado e exemplo para instituições governamentais. “Acho que não existe nada igual na comunicação pública em termos de organização do trabalho e produção de conteúdo. Dentro de um contexto das Forças Armadas, as mídias sociais da FAB conseguiram encontrar uma linguagem adequada para conquistar o engajamento do público”, explica.
Diferente dos meios tradicionais, as redes sociais conseguem explorar a instantaneidade e a espontaneidade. Uma das características do perfil da FAB no Facebook está na linguagem. “A página é leve. Tentamos sempre que possível atrelar a informação ao entretenimento, traduzindo o assunto para o dia a dia do cidadão. Essa é, inclusive, uma tendência seguida por vários outros órgãos do governo”, explica a Tenente Helena. “A instituição que assume uma personalidade no meio online, que se aproxima para não só passar uma informação, mas também para ouvir o internauta, exerce uma comunicação pública responsável e presta um serviço ao cidadão”, finaliza.
Segundo o Chefe da atividade de Relações Públicas na FAB, Major Marco Ribeiro, o maior desafio para as instituições é captar e fidelizar a atenção das pessoas. “Vivemos um momento hoje em que o excesso de informação disponível prejudica de alguma forma o relacionamento entre a sociedade e as instituições. O maior desafio, para além do captar a atenção do público, consiste em fidelizar esse público. A instituição que, alinhada a valores morais íntegros, souber fazer uso das diversas ferramentas de comunicação da atualidade para promover e intensificar relacionamentos verdadeiros, certamente, obterá sucesso no campo da comunicação social”, afirma.

A Força Aérea Brasileira estará presente no 5º Redes eGov, no Painel: “A união faz a força”, junto com a Marinha Brasileira e o Exército. Participe da conversa >>

Fonte: Portal FAB
Foto: Flickr FAB

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

Rafael Rebelato
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ou como os profissionais de comunicação precisam se reinventar

Quando assisti Perdido em Marte, um fato que me chamou muita atenção foi a relação da Nasa, no filme, com sua relações públicas. É claro que não dá pra deixar passar o fato de que Matt Damon, já indestrutível desde que virou Jason Bourne, foi o cara mais persistente e otimista na história da Terra e de Marte. Mas a RP () do filme me fez pensar em um mundo melhor para a comunicação. Ainda que na ficção.
Em um certo momento do filme, quando percebem que um astronauta ficou “perdido em Marte”, provavelmente já morto por uma grande tempestade, a RP da Nasa se apressa a preparar uma coletiva para… contar a verdade. Então uma reviravolta acontece e não só o astronauta tinha sobrevivido, como estava tentando se comunicar. E mais uma vez a RP prepara uma coletiva para… contar a verdade! No calor da emoção de ter um ser humano vivo em Marte, um dos diretores promete, durante a coletiva, que vai trazer o astronauta para casa. “Nós podemos cumprir essa promessa?”, pergunta a RP, nos bastidores, para a equipe, que responde que nada é certo. E a conclusão da RP é que o cara que prometeu não vai mais participar de coletivas, já que não sabe se manter apegado à realidade.
Isso me fez lembrar que uns anos atrás, eu, jornalista, e uma amiga, RP, brincávamos que um dia iríamos escrever um “Antimanual de Assessoria de Imprensa” baseado em experiências já vividas por nós e por outros colegas.

“O fato é que em algum momento, ou alguns momentos, vivemos o antimanual. É aquele momento em que o profissional da comunicação faz exatamente o contrário do que aprendeu na universidade e nos livros.”

A observação é que essa afirmação está baseada somente no meu círculo de convivência de profissionais de jornalismo, publicidade, RP, designers e fotógrafos. Então não é uma verdade absoluta e nem universal, e surgiu em conversa de bar. Mas vale a reflexão.
O antimanual de comunicação vivenciado nas diversas assessorias de comunicação não está preparado para a realidade: um mundo em que qualquer um é um potencial produtor e reprodutor de conteúdo, que divulga sua opinião muitas vezes até o limite da liberdade de expressão. E em um mundo como esse, os profissionais de comunicação, aparentemente, ficaram meio à deriva, perdidos em um outro planeta, de uma outra era da comunicação.

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Eu sou um assessor de comunicação e ainda estou vivo

Ninguém hoje depende do que os veículos de comunicação produzem. E ninguém se importa. O público desse novo mundo não liga para publicidade, não acredita nas instituições, não dá bola para autoridades, apesar de ter como referência as celebridades. E esse é um mundo sem volta. O que ficou para trás não vai voltar (a não ser na moda, que se repagina e se reinventa com o que já foi) e ninguém sabe muito bem o que vem pela frente. É mais um daqueles momentos, por exemplo, em que o profissional de comunicação vai precisar se reinventar. Ou ser extinto para dar lugar a alguma coisa nova que não temos a menor ideia. Assim foi com os tipógrafos, categoria que já representou o auge da imprensa e foram suplantados pela tecnologia até serem completamente extintos.
Sei lá o que vem por aí. Mas tá na hora da gente se reinventar. Ou pelo menos tentar.
Originalmente publicado no Medium de Aline Fonseca

Nathália Rorato
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6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público

Nos dias 5 e 6 de novembro a WeGov realizou a Oficina Social Media Gov para profissionais de comunicação dos Ministérios Públicos. A Oficina foi conduzida na sala temática “Comunicação e Sociedade”, como parte da programação do 6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público (CBGMP).
Alvaro Gregorio fez a abertura com uma palestra sobre Inovação em Governo, posteriormente Carlos Rocha apresentou o case vencedor: “MPSC em Rede” do Ministério Público de Santa Catarina. No início da tarde, André Tamura e Gabriela Tamura iniciaram os trabalhos.
Os participantes puderam conhecer e debater sobre inovação, utilização das redes sociais e ferramentas de comunicação, sempre com foco no atendimento ao cidadão e prestação de serviços.
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6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público

“Estratégia, inovação e gestão do conhecimento”. Esse foi o tema da palestra de encerramento do 6º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público (CBGMP), na última sexta-feira, 6 de novembro. Mais de quatrocentas pessoas ouviram atentamente, por uma hora e meia, a exposição do professor e consultor Rivadávia Neto, pós-doutor pela Universidade de Toronto, no Canadá
Ao abrir o evento, o professor propôs uma reflexão: “Por que grandes empresas ou instituições, mesmo tendo feito tudo certo, deixaram de existir ou perderam importância nos últimos anos?” Com exposição de casos emblemáticos, Rivadávia salientou a importância da inovação nos processos de gestão pública e privada.
Para uma plateia atenta e interativa, o professor explicou que a solução de questões estruturantes pode passar por novas ideias. Ressaltou, também, que os momentos de transformação e de crise representam importantes oportunidades de mudança. E destacou: “a inovação deve responder objetivamente ao problema que pretende resolver”.
Ao final, Rivadávia Neto lembrou que não há inovação sem colaboração, de modo que, para ele, “a atitude proativa e humilde é tão importante quanto o enfoque técnico”. E enfatizou, ainda, a importância de um olhar para o usuário, para o cidadão que efetivamente utilizará aquele serviço ou produto criado.
As fotos foram feitas por Tiago Sabino e estão em nosso Flickr.

Borbas Azarite
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Quanto tempo você dedicaria para melhorar?

Realidade #1

Você quer aumentar seu orçamento dedicado para a compra de mídia digital. Seu chefe acha que a quantia atual está OK, que os resultados estão satisfatórios e culpa a crise para justificar o não-aumento. Você sabe que o orçamento é insuficiente e que está abaixo do que o mercado de Social Media Gov costuma investir, mas a sua opinião não é suficiente para convencê-lo.

Realidade #2:

Você acha que é preciso dar aquele extra-mile no trabalho feito em Mídias Sociais – fazer aquele relatório bonito de Webanalytics; começar a fazer relatórios de análise de rede, alguma coisa que será um grande breakthrough na sua instituição. Mas sua chefe acredita que isso tudo “é esforço demais pra retorno de menos”, que “ninguém faz isso” e que “é necessário focar naquilo que dá resultado”. Você sabe que ela está errada e já consegue imaginar quantos insights valiosos você vai perder, mas entre a sua palavra e a dela, a dela ecoa mais e acaba ganhando o embate.

Realidade #3:

O órgão onde você trabalha tem apenas um profissional para cuidar dos esforços digitais – a chamada “EUquipe” – e você precisa justificar a contratação de mais funcionários. Depois de muita discussão, você consegue contratar um estagiário (4h por dia, ganhando R$500 por mês). Na hora de replicar internamente na luta pela contratação de alguém mais sênior, você escuta de seus diretores que “meu sobrinho de 18 anos tem uma empresinha de mídias sociais, podemos contratar ela, se quiser”. Você sabe que isso não será suficiente, mas você acabou de ser presenteado com um aumento de 100% da “EUquipe” e vai ser complicado rever essa decisão.

Social Media Gov no Brasil

O trabalho de Social Media e Marketing Digital ainda está na fase do empirismo e dos testes – não existe um conhecimento pétreo. Existem, contudo, boas práticas operacionais, táticas e de gestão que funcionam como diretrizes e guiam o nosso trabalho no dia-a-dia. No que diz respeito exclusivamente a Social Media Gov, ainda há poucas informações sobre quais são essas boas práticas – especialmente táticas e de gestão, os quais se distanciam bastante dos demais mercados.
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Foi com o intuito de criar um parâmetro válido para os profissionais do mercado que a WeGov e a BR.AZ se juntaram para fazer a I Pesquisa Social Media Gov do Brasil.
Por isso, faço um pedido, em nome da BR.AZ e da WeGov, para todos os profissionais que trabalham com Social Media em/para órgãos públicos e instituições governamentais: dediquem alguns minutos para responder a essa pesquisa com afinco, pensando no impacto positivo que ela terá para nossos colegas de profissão.
Pode crer: são só alguns minutinhos pra uma pesquisa que te ajudará e melhorará o mercado de Social Media Gov, aqui vai um atalho .

Borbas Azarite
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Estudo será publicado em janeiro de 2016

A pesquisa pretende compreender qual é a dinâmica do mercado de Marketing e Comunicação Digital no Setor Público – as três esferas, os três poderes, autarquias e empresas públicas.
Quem são os profissionais que atuam neste mercado? Quais são as oportunidades e desafios do setor?
A pesquisa é uma parceira entre a WeGov e a BR.AZ, e você não levará mais do que 20 minutos para responder. As respostas serão aceitas até o dia 16 de outubro de 2015.


Responder a pesquisa Social Media Gov

Borbas Azarite
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Report Social Media Gov 2015

Não há dúvidas de que o mercado de marketing e comunicação digital nos EUA é mais maduro se comparado com o brasileiro. Com grandes cases de sucesso desde pelo menos 2005, os americanos têm um corpo de estudo e muita experiência nas costas – enquanto que em terras tupiniquins, a internet começou a se mostrar de grande relevância estratégica a partir de 2010, apesar de inúmeras empresas e agências já trabalharem com isso desde 2008, pelo menos.
Essa maturidade certamente não é só fruto do maior tempo de experiência e pelo incentivo que a economia americana dá ao empreendedorismo, à inovação e ao risco. Lá há espaço, demanda e interesse para uma gestão coletiva do conhecimento adquirido; não é por acaso que metodologias tão comuns aos dias de hoje, como Scrum, Lean Start-up entre outras tenham o berço nos EUA.
No mercado de marketing e comunicação digital, existe uma instituição que estuda as práticas das empresas, compreende comportamentos, estratégias, estruturas e tipos de gestão de uma gama bem variada do mercado. A partir desses estudos e análises, criam e compartilham padrões, relatórios, frameworks e metodologias de trabalho.
Essa instituição, chamada de Altimeter Group, tem como referências os especialistas Charlene Li (autora de um dos primeiros títulos de destaque no mercado de marketing digital, Groundswell) e Brian Solis (autor do livro Engage!, outro título inovador sobre a definição de engajamento em esforços digitais). Além desses dois grandes nomes, o Altimeter Group conta com um corpo de 7 pesquisadores e diversos analistas que são especialistas em distintas verticais do marketing e comunicação digital, os quais divulgam frequentemente e de modo gratuito suas pesquisas, além realizar webinários.

Como o Altimeter Group faz uso da inteligência coletiva para suas metodologias

Os materiais criados pela instituição são feitos a partir de conversas entre os pesquisadores e os profissionais do mercado, que compartilham seus resultados e conquistas, seus desafios e percalços, seus receios e inovações, suas dificuldades e erros. Dessa maneira, a assertividade do Altimeter Group fica respaldada na experiência coletiva, diluindo os contornos “manualescos” de “faça isso ou faça aquilo” e ganha características mais universais de boas práticas e tendências de atuação.
Para fins ilustrativos, recomendo que acessem esse material (naturalmente escrito em inglês, como todo o material da instituição), feito pelas pesquisadoras Susan Etlinger e Rebecca Lieb, que descreve uma metodologia sobre como medir resultados de marketing de conteúdo. O relatório, um dos mais recentes do Altimeter Group, apesar de trazer uma metodologia com cara de passo-a-passo, traz ainda uma visão estratégica baseada em diversos cases de mercado estudados pelo Altimeter Group.
Listo aqui alguns dos relatórios que gosto mais e que mais se assemelham e podem ser lidos e adequados à realidade brasileira de comunicação digital para órgãos públicos:

The 2015 State of Social Business: Priorities Shift From Scaling to Integrating

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Como o Brasil pode se unir e criar metodologias para nossa realidade

O Brasil, por diversos motivos, não chegou na mesma maturidade que os EUA tanto em termos de experiências adquiridas quanto em termos de institucionalização ou formalização. Isso não significa, contudo, dizer que não tivemos nenhuma iniciativa no sentido de formalizar o mercado e promovê-lo de uma maneira

A largada foi dada!

Em 2011, durante minha frutífera e rica passagem pelo Scup, empresa que vende a principal ferramenta de monitoramento de mídias sociais do país, tínhamos um objetivo muito claro: melhorar o mercado. À época, fazíamos isso criando um bom produto e dando consultoria de como extrair o máximo da ferramenta, mas sentíamos que era necessário algo mais. Diego Monteiro, um dos fundadores do Scup e uma referência para empreendedores e profissionais de marketing digital, sentiu que seria interessante criar e compartilhar um material com base nas boas práticas do mercado .
Foi aí que fui convidado a fazer parte de uma pesquisa sobre as rotinas e práticas de mais de 50 profissionais do mercado. Como resultado desse estudo, desenhamos uma metodologia de monitoramento de mídias sociais – que chamamos de Social Media Cycle (SMC), disponível em nosso livro lançado em 2012, Monitoramento e Métricas de Mídias Sociais: do Estagiário ao CEO e que trata de todo o processo referente ao monitoramento de mídias sociais: da definição da ferramenta contratada, da equipe formada, do planejamento, da definição de objetivos, da operação, da gestão, etc.
Nosso esforço foi bastante embasado na referência do Altimeter Group, principalmente em sua metodologia de pesquisa e linguagem, mas optamos por buscar um caminho mais tupiniquim e mais coerente com os desafios e necessidades que mapeamos no próprio mercado. Naturalmente, ajustamos e calibramos nossas premissas e hipóteses de acordo com o que descobríamos no decorrer da pesquisa, levávamos nossas questões e dúvidas para a direção das dúvidas do mercado – e validávamos cada nova teoria com os profissionais.

E em que pé estamos?

Naturalmente, não éramos os únicos interessados em melhorar o mercado de marketing digital e, não por acaso, desde 2012, começou a surgir um esforço muito grande para auxiliar o profissional de comunicação e marketing digital de maneira geral. Exemplos existem aos montes – desde os treinamentos que empresas oferecem para sua ferramenta como Facebook, Google e o próprio Scup oferecem para seus anunciantes até conteúdos menos técnicos criados por empresas de SaaS (software as a service).
Listo aqui alguns exemplos que acompanho mais de perto e recomendo:

  • Scup Ideas: ainda com a mesma missão de melhorar o mercado de Mídias Sociais, o Scup criou um ambiente onde compartilha e-books, pesquisas, infográficos e manuais de utilidade para o profissional de mídias sociais;
  • Resultados Digitais: a Resultados Digitais é uma empresa que vende o SaaS RD Station, de modo que o conteúdo gerado auxilia no mindset para o melhor uso do produto, além de justificar a necessidade de sua contratação. De todo modo, o conteúdo, voltado para táticas e estratégias de marketing de conteúdo, são bem práticos e destinados à operação;
  • Tracto: a Tracto é uma empresa que presta consultoria e oferece cursos voltados para marketing de conteúdo. Os e-books e relatórios que disponibilizam em seu site são voltados para tendências de mercado e alguns manuais e guias práticos;
  • Entusiastas de Social Media: esse daqui é o mais descentralizado; é um dos vários grupos no Facebook (talvez o principal deles) onde o mercado se ajuda, troca opiniões, esclarece dúvidas e cria a cultura brasileira de Mídias Sociais.

E o que falta?

Nós, do mercado self-titled Social Media Gov, sofremos com uma carência bem grande de conteúdos e metodologias de trabalho – ainda estamos na fase empírica do conhecimento, com grande curva de aprendizado e muita gente empenhada em explorar as possibilidades da comunicação e marketing digital. Os frameworks úteis para uma empresa são, em sua maioria, diferentes daqueles que servem para Social Media Gov por diversos motivos – pra começar, os objetivos não são tão claros e simples como “aumentar faturamento” ou “melhorar a percepção do público sobre nossa marca”.
O WeGov é um grande personagem nesse sentido – é, talvez, a principal referência de conteúdo do mercado e uma das mais próximas do cotidiano e dos profissionais, o que lhe garante um diferencial enorme. Os encontros e debates que o WeGov propicia servem como catalizador do amadurecimento em direção a uma união

Nós, do mercado self-titled Social Media Gov, sofremos com uma carência bem grande de conteúdos e metodologias de trabalho – ainda estamos na fase empírica do conhecimento, com grande curva de aprendizado e muita gente empenhada em explorar as possibilidades da comunicação e marketing digital.

Ainda não há, porém uma metodologia formalizada ou um estudo que direcione os trabalho de Social Media Gov de maneira geral – ou seja, todo o apanhado colaborativo que o WeGov consegue fazer não está agrupado em um framework ou em um estudo, como faz o Altimeter Group.
Com o intuito de ir no sentido da formalização e criação de um framework para nosso mercado, será lançada no Dia D da Comunicação Digital no Setor Público uma pesquisa em parceria da BR.AZ, empresa que realiza estudos e consultorias sobre Social Media Gov e inovação para gestão pública, com o WeGov, O produto desse estudo será o Report Social Media Gov 2015, que será divulgado no começo de 2016 e busca servir como parâmetro para o trabalho estratégico e gerencial para todo nosso mercado.

Hilário Júnior
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E a conta cobrada em 2016

Semana passada, motivado pelo post abaixo da Prefeitura de Belo Horizonte no Facebook, acabei puxando um debate em um grupo de profissionais de social media sobre se era válido um orgão público virar um “divulgador de mapa astral”:
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Discussões de gosto pessoal a parte, Marcel Bely, Ex-Prefeitura de Curitiba e atualmente atendendo Google Brasil, na Mutato-SP, comentou o seguinte publicamente em seu perfil:
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Há alguns meses estive em Belo Horizonte para o “BH Social Media” e uma das minhas atribuições foi justamente falar sobre cases de orgãos públicos nas redes sociais. Em vários momentos critiquei a postura adotada pela capital paranaense, mesmo conhecendo praticamente toda a equipe, por ter compreendido só algum tempo depois a real missão da “zuera never ends” dos canais sociais da mesma:

“Divulgar os serviços, chamar atenção para os mesmos e fazer um atendimento diferenciado do público”.

Minha grande preocupação quando fazia críticas a tal estratégia de comunicação residia única e exclusivamente em pensar sobre como seria “recebida” a “zuera never ends” em momentos de extrema cobrança dos agentes públicos AKA ELEIÇÕES.
Em 2014 vivemos um mar de lama nas redes sociais sem precedente. Amizades desfeitas, brigas e acusações de todos o lados, radicalismos e discussões sem fim… a vitória de Dilma Rousseff foi apenas um ensaio para um embate ainda maior e mais próximo de cada um. As eleições municipais tem um clima muito mais “caseiro”, na minha opinião, do que eleições nacionais por se tratar da política que influencia a olhos vistos o nosso dia-a-dia. É o transporte público em cheque, a mobilidade urbana, o asfalto, a questão do lixo etc. Se nas eleições gerais se discute o macro, nas municipais discutimos o micro e os destinos de cada rua, esquina e poste da nossa cidade.
Você acha mesmo que as discussões vão ser menos ferrenhas do que no ano passado? Tsc tsc…

Buracos nas ruas X Ned Stark

Se em “Game Of Thrones” Ned Stark anunciava com certo temor a chegada do inverno, em Curitiba o “degolado” patriarca de “Winterfell” era o feliz anunciante de que noites geladas ou de calor estavam por vir…
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… mas como reagiria a Prefs e a “sua mão” Stark, se fossem indagados por esta eleitora da cidade de Belém, respondendo a um “post casual” da terra das mangueiras?
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Já trabalhei em algumas eleições (seis no total) e, se eu fosse responsável pela comunicação da oposição à Prefeitura de Belém, usaria o expediente deste post em questão para causar um “mau estar” na comunicação da mesma. E antes que alguns torçam o nariz para esse tipo de “estratégia”:

Não existe campanha política no mundo sem comparação ou criação de crises nas campanhas alheias. Talvez a tática mude de lugar para lugar, mas a estratégia é sempre a mesma. SEMPRE!

Quem garante, portanto, que daqui há exatos 12 meses, quando as equipes de comunicação das campanhas municipais estiverem trabalhando na cidade, não usem de outros expedientes para “manchar/questionar” a reputação da administração?
Até Curitiba tem seu espelho do contrário. Chamado de Prefescura de Curitiba a página com mais de 14 mil fãs visa apontar as falhas na comunicação da cidade e apresentar a Curitiba Real a todos os munícipes. Muito mais do que “recalque” ou “perseguição política”, a Prefescura de Curitiba ensina uma coisa importante para quem trabalha e curte conteúdos públicos carregados de felicidade e zuera: Você está preparado para os questionamentos reais a cerca do trabalho desenvolvido pela sua prefeitura/governo/orgão? Ou você vai fingir que nada aconteceu e chamar de recalque?
Ainda conversando com as pessoas no post-debate que falei no começo do texto, me chamou a atenção a frase (velha conhecida de muita gente, é verdade) dita pelo Matheus Cardoso da Silva :

“Publicitário tem que parar de fazer propaganda pra publicitário e começar a focar no mundo real”.

Bingo! Muitas vezes somos seduzidos pelos elogios, pelos prêmios e tapinhas nos ombros dos colegas e esquecemos que temos que conversar e falar com um público muito mais amplo do que as “200 pessoas” que fazem parte do mercado…
… filosofias a parte, fui conversar com o Bruno Scartozzoni , que já trabalhou em algumas campanhas políticas também e hoje se dedica à atividade de consultor de redes sociais, sobre o que ele acha do fenômeno das “prefs” e como talvez possa ser a recepção destas estratégias de comunicação no que diz respeito às eleições do ano que vem:

“Eu entendo as críticas feitas à página da Prefs. De alguma forma ela é uma extensão virtual de um espaço público e, portanto, há aquela noção de que espaços públicos devem ser lugares impessoais e sérios, com cara de repartição.
No fundo critica-se a página da Prefs porque o contribuinte está pagando o tempo de uma equipe que o usa para fazer brincadeiras.
Mas, por outro lado, as brincadeiras que eles fazem, até hoje, se provam eficientes do ponto de vista de comunicação. Muito mais eficientes do que se fosse algo sério, com cara de repartição.
Acho que podemos resumir assim: você prefere um servidor público de terno e gravata que seja preguiçoso e te atenda mal, ou um de bermuda e camiseta que atenda suas necessidades?”. Ainda sobre a questão das eleições do ano que vem e como a gente pode enxergar a comunicação feita pelos demais orgãos públicos Bruno falou o seguinte: “Nunca tinha pensado sobre isso. Possível sempre é. Mas acho que há problemas bem mais importantes a serem discutidos numa eleição. Mídias sociais ainda não tem esse nível de importância ndsse tipo de debate. O que a gente tem que separar e entender é: Existem pessoas boas fazendo trabalhos bons, e tem gente que pega o bonde andando ou tenta surfar na tendência e acaba estragando o todo da comunicação”

Discordo do Bruno quando ele diminui a importância das redes sociais para a condução de uma campanha, na última eleição vimos claramente a candidatura de Marina Silva sendo desmantelada pela comunicação adversária e boa parte da estratégia empregada no “desmantelo” foi feita através da internet.
(Obs: O Bruno veio comentar comigo o seguinte: “Acho que teve um ponto ali que você não entendeu direito, ou então eu que me expressei mal. Claro que as mídias sociais são importantes nas eleições. Só não acho que o prefeito atual de curitiba possa perder votos decisivos por causa do trabalho de mídias sociais que a prefeitura faz. Mesmo que fosse o pior trabalho do mundo, essa ainda não é uma pauta importante.” Retificado, então. 🙂 )
Discutindo depois sobre todos os pontos abordados neste texto, o Bruno deixou um pensamento interessante: “Temos que saber separar quem criou a tendência e quem é “gente ruim” surfando na onda e fazendo a coisa errada ou mal feita”.
Diferente dos meus outros textos, onde tentei nortear o meu e o seu pensamento através da minha opinião/vivência, vou deixar aqui um exercício em aberto para quem leu até o final:


Pergunta

Você acha que é possível que se deturpe a percepção da opinião pública sobre a condução da comunicação do seu serviço/produto, a ponto de que pessoas que amavam muito uma coisa/serviço, passem a odiá-lo e a questioná-lo em sua veracidade, capacidade de gestão e de resolução de problemas, partindo-se também da premissa que todo objeto/serviço existe para resolver uma determinada demanda?
Se sim, junte ainda a experiência vivida por todos nós nas últimas duas eleições… Se a sua resposta continuar sendo SIM, então está na hora de rever se a sua estratégia de comunicação (ou aquela que você tanto ama) não tem brechas e não pode ser usada contra você de alguma forma.

Lembrem-se: Hoje em dia, ganha a eleição quem erra menos e não quem apresenta o “melhor programa”, infelizmente.

Tem algo a acrescentar? Me manda um e-mail: contatohilario[@]gmail.com
Ou comente no post que eu respondo e acrescento ao texto, caso seja pertinente. 🙂

Borbas Azarite
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E vamos voltar um pouco para a origem de tudo: as Redes Sociais!

Lá pelos anos de 2000 e poucos, quando começou a se formar a cultura 2.0 no Brasil, os blogueiros eram os primeiros a defender o surgimento de um novo paradigma de comunicação; uma descentralização da autoridade informativa que abria espaço e empoderava agentes que, até então, não tinham acesso a plataformas midiáticas de grande abrangência. Era um processo de co-construção. É aquilo, né? Rede social.
De lá pra cá, as plataformas online de comunicação foram ganhando funções e importância: blogs, perfis em Twitter, Facebook, Orkut, Instagram, etc. passaram a ser usados para os mais diversos fins. Por uma questão de foco estratégico, algumas empresas começaram a se apropriar dessas experiências que surgiram nos Blogcamps e utilizaram as plataformas online para se aproximar com seu público – mas com um mindset ainda unidirecional; “eu falo de uma maneira broadcast e vira e mexe interajo aqui ou ali”. É isso, né? Mídia Social.

O que vale mais: Mídia Social x Rede Social?

Hoje, o mercado de mídias sociais está mais do que consolidado e estratégias em canais sociais estão presentes em todas as esferas – de indústria a governo; de personalidades a loved-brands. Mas são raros os casos em que se usam as plataformas online de comunicação com aquele paradigma de descentralização que era discutido lá atrás nos Blogcamps.

Não há uma maneira certa de usar plataformas online de comunicação. Cada uso é adequado para objetivos diferentes, exige recursos e esforços distintos e traz objetivos e benefícios diferentes.

Você nunca conseguirá escrever uma Constituição de um país com poucos recursos (financeiros e humanos) – a Islândia refez sua Constituição depois de anos de trabalho. Mas também não precisará de um prazo de vários anos e um planejamento hipercomplexo para ter os melhores alcance e engajamento possíveis nas suas publicações da fanpage – as prefeituras de São Paulo e Curitiba conseguiram aumentar o engajamento em suas páginas de maneira relativamente rápida.
E tenho bastante segurança em dizer que a República da Islândia e as Prefeituras de São Paulo e Curitiba estão satisfeitas com os resultados obtidos. Tudo vale a pena – desde que o objetivo seja alcançado.
Contudo, por requerer menor esforço, o uso de plataformas online de comunicação como Mídias Sociais costuma ser mais corriqueiro e o mais estudado pelo mercado. Em contrapartida, são raras as vezes que nos deparamos com estratégias de Redes Sociais, cujo mindset seja o de usar o poder da rede como ferramenta de mobilização, mudança e melhoria. São exemplos desse tipo que esse artigo quer trazer à tona.

Como se faz Redes Sociais em Governos?

Redes sociais existem em todas as esferas do poder e podem ser usadas em todas elas, levanto em quatro casos que considero excepcionais o trabalho feito, dois realizados pelo poder Executivo, um pelo poder Legislativo e outro 100% popular, realizado por cidadãos e utilizado por órgãos públicos.


Poder Executivo

A Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR) teve, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, com Gilberto Carvalho à frente, um incentivo grande a se aproximar com as forças sociais por diversas maneiras. Claro, redes sociais tiveram um papel importante. Sob o guarda-chuva do Departamento de Pedro Pontual e com coordenação de Ricardo Poppi e Enaile Iadanza, foram 2 experiências bem marcantes: Webcidadania Xingu e o Participa.Br.
O primeiro fez parte do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu, que visava quitar algumas deficiências de infraestrutura da região. O PDRS veio acompanhado, naturalmente, de um grande debate sobre proposição de propostas, priorização de ideias e definição de próximos passos. De modo a potencializar o debate, a SGPR criou o Concurso de Ideias Cidade Democrática, dividido em três partes: (1) mobilização das lideranças e conexão deles com sua rede de influência em prol do PDRS, (2) concurso de ideias, no qual todos poderiam sugerir e votar nas ideias mais valiosas para a região e (3) premiação e reconhecimento das ideias vencedoras.
webxingu
Todo o Concurso aconteceu em um hub digital: o site webcidadaniaxingu.org.br. Todas as ideias, debates e votações eram validadas unicamente por lá – naturalmente, por ser uma região onde a penetração da internet não é tão grande, houve um trabalho da SGPR em visitar lideranças e regiões off-line para trazer seus pareceres ao ambiente digital. Num período de seis meses, chegou-se a uma lista com 48 propostas na agenda crítica cujas implementações estão sendo acompanhadas pela SGPR.
O Participa.br, por sua vez, é uma plataforma muito similar a uma mídia social, voltada especialmente para o debate e a participação social sobre temas diversos. O Participa é um dos produtos do Plano Nacional de Participação Social (PNPS) e o Compromisso Nacional pela Participação Social (CNPS), ambos decretados em 2014.
A plataforma pode, deve e é utilizada sob as mais variadas ópticas e necessidades, mas quero apontar o uso específico que foi feito durante a discussão do Marco Civil da Internet. Paralelamente à discussão e ao debate ocorrido no Congresso no primeiro trimestre de 2014, a plataforma Participa.br, sob responsabilidade da SGPR, realizou uma Consulta Pública que gerou quase 300 propostas, mais de 280 mil votos e uma consolidação de 15 ideias originais que foram apresentadas no congresso NETmundial.
O evento, que aconteceu em São Paulo em 2014, criou uma cartilha com os Princípios da Internet que devem ser tidos como referência por todos os governos e entidades de Internet globalmente. A cartilha foi feita tomando como base o produto da Consulta Pública do Participa.br – e se assemelha muito ao texto final aprovado pelo Congresso Nacional do Marco Civil da Internet.
Para mais informações sobre a Consulta Pública da SGPR para o Marco Civil da Internet, o Participa.br disponibilizou um relatório completo que pode ser visto aqui.


Poder Legislativo

Em algumas casas legislativas em cidades com mais estímulos à tecnologia – como grandes metrópoles (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro) ou tecnopolos (Campinas, São José dos Campos), é comum surjam grupos de servidores – geralmente dos núcleos de TI – que tenham mentalidade favorável à democratização da informação. Alguns desses grupos de servidores crescem e se transformam em laboratórios hackers – não com o caráter pejorativo da palavra “hacker”, mas aquele que pretende modificar e melhorar softwares por meio de ferramentas abertas e colaborativas.
Nesse contexto, surgiu, em 2013, o Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados, idealizado e dirigido pelo colega Cristiano Ferri. O grupo trabalha com diversas frentes para conseguir um único objetivo: democratizar as informações da Câmara dos Deputados, seja criando plataformas de colaboração e co-criação, seja incentivando a grupos terceiros a usarem da transparência de informações da casa.
Alguns dos principais esforços do Laboratório Hacker são os seguintes:
E-Democracia: plataforma onde aproxima-se a Câmara dos Deputados com a participação social, algo complementar ao Participa.BR;
Retórica Parlamentar: uma ferramenta onde é possível compreender quais são os temas mais abordados pelos parlamentares, sendo possível avaliar por parlamentar ou por tema;
Painel Social: no painel, consegue-se ver os assuntos mais mencionados junto à Câmara dos Deputados, além de acompanhar a reverberação de determinadas Comissões e Lideranças;
Hackatons: maratonas em que se reúnem programadores para criar novas ferramentas de interesse público tendo como objetivo a transparência de informação da casa;
Mapa Participativo: Se assemelha com a Retórica Parlamentar, mas foca especialmente nas discussões e argumentações sobre temas ainda não fechados.
retorica-parlamentar


Sociedade Civil

Lá nos idos de junho de 2013, começou a ficar claro que a população não se sentia representada corretamente pelos políticos de todas as esferas e que buscavam se aproximar das decisões ou sentirem-se mais agentes políticos. De lá para cá, muito mudou politica e socialmente no país; uma dessas mudanças é o espaço que o Colab.re galgou.
Surgida em 2013, o app-barra-rede-social-barra-ouvidoria-pública, que deve ser conhecido dos profissionais e servidores de comunicação digital em órgãos públicos, alcançou um espaço significativo no mercado, sendo a principal referência de ferramenta colaborativa. O app funciona de maneira simples: o cidadão fotografa o problema que encontrou – um buraco na rua, uma lixeira quebrada, um hospital em más condições – e compartilha com seus amigos, que podem apoiar a causa.
Com o Colab, órgãos públicos conseguem mapear os problemas mais sensíveis à população, que se aproximar das decisões. Prefeituras como Curitiba, Foz do Iguaçu e Teresina se relacionam pelo aplicativo – cuja plataforma de relacionamento é gratuita para prefeituras – e fomentam, inclusive, o uso do aplicativo pelos cidadãos.

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