Intraempreendedorismo no Governo

Gabriela Tamura
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Faça acontecer

A burocracia do governo pode colocar todos os tipos de barreiras no caminho das pessoas que estão tentando construir mudanças significativas. Mas algumas pessoas, quando encontram uma barreira dentro de sua organização, tentam de todas as formas ultrapassá-la. Nós as chamamos de pessoas intraempreendedoras.

Deve haver uma saída…

Intraempreendedores devem ser criativos e persistentes o suficiente para fazer o melhor nas situações difíceis. Mas a liderança também é de suma importância, e o sucesso de um intraempreendedor pode depender em grande parte do suporte de seu gestor, de um suporte na instituição, ou de um programa ou política que permita eles tentarem algo novo.

Quatro melhores práticas para Intraempreendedores

1. Conecte pontos aparentemente não relacionados

Potenciais impactos nem sempre requerem novas invenções. Intraempreendedores seguidamente trazem ideias de fora de suas organizações e de outros segmentos para atender a uma necessidade.

2. Identifique aliados

“Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo.” Assim há um maior suporte para iniciativas importantes. Construa times competentes, vibrantes, enérgicos e apaixonados que vão atrás de seus objetivos. Membros de uma equipe ajudam a gerar e validar ideias, e fornecem feedbacks. Mãos-extra ajudam a ancorar os esforços e a adotar uma cultura de baixo para cima (bottom-up), com todos comprometidos pela mudança.

3. Procure por desvios

Encontre novos métodos no lugar dos tradicionais meios de resolver as coisas. Quando regras impedem mudanças positivas, intraempreendedores podem influenciar seus contatos, construir novas conexões e se transformarem em vendedores de suas ideias para encontrar desvios que proporcionem o progresso.

4. Adote uma mentalidade “beta”

Quando introduzir uma nova ideia ou abordagem, pode existir uma tendência de acabar com o antigo para celebrar o novo. No entanto, leva tempo para se testar novas ideias e para os apoiadores comprarem essa nova maneira de se trabalhar. Projetos-piloto não chamam atenção, mas eles podem oferecer melhor garantia para que as mudanças ocorram.

Como líderes ajudam intraempreendedores a realizar grandes jogadas

1. Adote o intraempreendedorismo como um valor

Isso pode envolver adotar programas formais para promoção de habilidades intraempreendedoras. Além disso, a importância da atitude empreendedora deve ser evidenciada no dia-a-dia, através de conversas e de incentivos. Assim, pode-se até mesmo detectar quem na sua equipe é intraempreendedor, e utilizá-lo como estímulo para o restante do pessoal. Estimular encontros ou happy-hours entre setores também pode ser uma ótima iniciativa para encorajar os servidores a fazerem conexões.

2. Crie um espaço seguro para falhas

Pior do que a falta de incentivos é uma cultura que desencoraja mudanças. Assim, novas ideias e abordagens podem ser testadas sem medo já em seu estágio de desenvolvimento, e irem alterando-se conforme as necessidades, até que se mostrem efetivas.

3. Seja um defensor dos intraempreendedores

Gestores não devem exigir que os intraempreendedores sejam heroicos e sacrifiquem suas carreiras para fazerem a diferença. Eles devem ajudar os seus servidores a navegar entre os processos e procedimentos em uma organização para fazer a diferença. O incentivo de colaboração vertical e horizontal também são necessários.

O futuro do intraempreendedorismo no governo

O intraempreendedorismo não deve ser reservado a poucos indivíduos, ou as startups “mais legais”. Organizações governamentais podem e devem priorizar o intraempreendedorismo para ajudar a melhorar a sua efetividade. As respostsa para os maiores problemas da sua organização podem estar em qualquer lugar – mas certamente existem ótimas ideias em um escritório no final do seu corredor.
Texto traduzido e inspirado no artigo “Intrapreneurship in government”, publicado pela Deloitte University Press; escrito por Elisabeth Arnold e Shani Magia.

Por Gabriela Tamura

Fundadora e Diretora de Negócios da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil. Resiliente de plantão começou seu relacionamento com o setor público há 12 anos. Conhece bem a realidade do governo e resolveu ajudar.
Foi agraciada com a medalha do Exército Brasileiro em função dos serviços prestados à Nação pela WeGov.

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