Quatro razões possíveis
“Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar transformações em seu próprio interior.”
DALAI LAMA
Na maioria dos discursos, é quase unânime o apoio à inovação como prática necessária nas organizações. Sabemos que a realidade nas instituições é diferente.
Do mesmo modo que não há bandeiras a favor da corrupção, não costumamos ver bandeiras levantadas contra a inovação, mas na prática nada acontece ou a inovação acaba assumindo papel secundário nos projetos e processos internos.
Ao longo de nosso percurso, observamos e listamos, quatro possíveis razões para recusarem as novas ideias:
1. Falta de conhecimento e competências específicas
Podemos aprender com teorias e diplomas, mas a inovação também inclui prática e repetição, não é simplesmente dizer de uma hora para outra: “Agora sou um inovador, eba!”. É comum, ler livros e fazer cursos EaD, mas não saber por onde começar e o que fazer para inovar. Em casos assim, planos de treinamento que apresentem além das teorias, as práticas, técnicas, ferramentas e abordagens inovadoras podem ajudar a trajetória.
2. Ocupados em atividades que já existem
Discursos do tipo: “não temos tempos”; “já estamos tocando outros projetos”, são comuns aos que recusam a inovação. As pessoas tendem a trabalhar dentro de seus procedimentos burocráticos e por vezes esquecem que esforço não significa necessariamente resultado. Para inovação acontecer é preciso que se criem espaços (não necessariamente físicos) e ambientes significativos, em que todos sintam “o clima” da inovação e abertura para criação. É necessário “esvaziar as xícaras”.
3. Peixes fora d’água
Em alguns casos as pessoas são competentes, o problema é que elas estão em ambiente inadequado. Com o tempo adquirem um modelo mental apático: “aqui não funciona”, “já tentamos antes”. Em casos assim, as ideias e os discursos são bons em prol da inovação, mas a capacidade de realização e mobilização são baixas.
“Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ele vai gastar toda a sua vida acreditando que é estúpido.”
ALBERT EINSTEIN* – *talvez
4. Qualquer inovação, desde que seja a minha
As instituições públicas, institutos, fundações e até empresas privadas, estão andando em círculos e batendo cabeças – pelo simples fato de não interagir, trocar e estarem mais vulneráveis. Cada um quer ter seu próprio laboratório de inovação, seu programa de aceleração e seu time de campeões. Retrabalho, desperdício de recursos e o sufocamento de um dos principais elementos para inovação acontecer; a colaboração verdadeira. O ego é a grande barreira desse ponto.
ALÉM DOS 3 MOTIVOS CITADOS , EXISTEM TAMBÉM : A PREGUIÇA EM SEU ESTADO MAIS PURO ; OS TERRÍVEIS HÁBITOS ADQUIRIDOS EM PROCESSOS REPETITIVOS E BEM ARRAIGADOS ; A INÉRCIA COMO FORÇA IMOBILIZADORA , CONTRÁRIA A QUALQUER IMPULSO COM AÇÃO DE MUDANÇA ; A CONHECIDA E SEDIMENTADA MÁXIMA NACIONAL DE QUE ” NÃO SE MEXE EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO ” ; E O SIMPLES , MAS NÃO MENOS IMPORTANTE – MEDO DE ERRAR !!!
a zona de conforto é um lugar lindo, mas nada cresce lá
Isso mesmo, Julio 😉
Paradoxalmente, sabemos que conforto e estabilidade são as motivações que guiam as pessoas que prestam concurso público.