Não sabe por onde começar? Vamos lá!
Recentemente, facilitamos uma oficina de Design Thinking para uma turma fechada, e estamos fazendo o acompanhamento pós-oficina ao grupo de trabalho de inovação da instituição. O objetivo desse acompanhamento é auxiliar esse grupo nos primeiros passos pós-oficina, nos projetos internos em que usarão a metodologia. E o primeiro desafio que eles selecionaram para trabalhar, focados no público da própria instituição, é a ‘Comunicação Interna’, um desafio que é muito comum às instituições públicas.
Os dias de oficina são sempre imersivos e intensos, e com tantas informações passadas, muitas vezes se torna confuso sair da oficina, voltar para a instituição e dar o primeiro passo. Pensando nisso, deixo aqui algumas dicas para colocar a mão-na-massa na semana seguinte à oficina, e não deixar as ideias que borbulharam durante os dias em que você ficou imerso morrerem. O importante é começar!
Primeiros passos…
Monte o time
Se não estiver pré-definido, escolha pessoas de diferentes áreas e conhecimentos complementares, e que, acima de tudo, tenham disposição e vontade de participar de um projeto de inovação. A Nesta mapeou as atitudes e habilidades chave para rodar um processo de inovação no setor público, e você pode conferir aqui.
Defina o desafio
Sabemos que os desafios nas instituições públicas são incontáveis. Faça uma reunião com o time para que todos exponham os desafios mais latentes, e utilize algum método para fazer a seleção – e aumentar a assertividade da discussão.
Defina o tempo de dedicação ao projeto
Essa é uma questão sempre colocada: quanto tempo leva o processo de Design Thinking? Assim como quem passou pela oficina viu, ele pode ser feito em dois dias! Brincadeiras à parte, o que determinará o tempo para conduzir o processo dentro da instituição, é o tempo que você tem disponível para aquele projeto, considerando a complexidade do mesmo. Considere a quantidade de atores envolvidos, o tamanho do seu público, as horas que o time terá para dedicar ao projeto (caso não seja dedicação exclusiva), e monte um plano de entregas e tarefas pensando em cada etapa do projeto (convide alguém que entenda de gestão de projetos para integrar o time!).
Selecione as ferramentas
Se você saiu da oficina empolgado – como é o padrão! -, provavelmente vai pesquisar mais para validar e descobrir tudo o que já existe sobre Design Thinking. E vai notar que há diversas ferramentas que você pode usar em cada etapa do processo, além daquelas que foram trabalhadas nos dois dias de oficina. Não tente usar todas, porque você terá uma grande quantidade de dados que tornarão mais difícil a análise posterior.
Selecione as ferramentas que acredita serem mais adequadas para o seu desafio, e tenha principalmente em mente as fases do processo para guiá-lo. As ferramentas são meios para facilitar o seu trabalho e a obtenção de insights. No entanto, você não precisa ficar preso a elas. Seja criativo, lembre-se que o processo de Design Thinking não é linear e sistemático, não há uma fórmula cartesiana a seguir para atingir um resultado certo. O processo te oferece possibilidades de chegar a soluções inovadoras, mas até lá, muito suor e ins(piração)!
Com essas dicas de primeiros passos pós-oficina, seu time já consegue fazer as coisas acontecerem. Crie momentos de co-criação, que promova engajamento de mais pessoas da instituição, e comunique as fases do projeto para que todos possam acompanhar e se sentir parte do resultado!
Não há nada mais satisfatório do que sabermos que após a oficina, as ferramentas ensinadas foram aplicadas no trabalho para atingir resultados diferentes e melhores. Contem pra gente nos comentários como vocês tem aplicado as ferramentas, e quais tem sido os resultados alcançados!
Próximas Oficinas
Para você que ainda não conhece a metodologia de Design Thinking e sabe que precisa fazer parte desse movimento que está transformando modelos mentais de instituições públicas e privadas (em todos os setores!), venha participar da nossa próxima oficina.
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