André Tamura
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Uma nova contextualização de inovação social está emergindo

Fonte: philanthropy.org.au
O Governo Nacional da Austrália (Commonwealth Government) gasta atualmente $154 bilhões por ano em serviços sociais. Esse valor deve aumentar para $227 bilhões durante a próxima década. Isso representa um aumento extraordinário em um momento de déficits orçamentários. A filantropia, de maneira geral, estima contribuir com $11 bilhões por ano para resolver questões sociais.
É claro que oito em cada dez pagadores de impostos vão trabalhar todos os dias para garantir que os fundos de serviços sociais do Governo cheguem a quem realmente precisa, mas é preciso uma nova abordagem. A solução para desafios sociais deve incluir os envolvidos atuais: Governo e filantropia. Mas além disso, há um papel para o mundo dos negócios. Isto é inovação social.
Essa abordagem tripartite foi o foco das discussões no evento “Filantropia encontra o Parlamento”, organizado na Austrália e sediado em Canberra. Essa foi a primeira vez em que ocorreu um Fórum com essa temática.
Scott Morrison, o Ministro de Serviços Sociais, foi a presença política mais destacada. Na área da filantropia, uma gama de filantropos reconhecidos tais como Vincent Fairfax Family Foundation, Craig Winkler, e empresas tais como a AMP Foundation. Aproximadamente 200 organizações estavam representadas.
A mais nova ferramenta promissora dessa abordagem tripartite foi o “Vínculo de Impacto Social” (Social Impact Bond). Isso faz com que as organizações tragam juntas soluções para problemas sociais com investidores privados. Se obter sucesso, o governo paga a cada investidor o seu capital e juros, da própria poupança estatal. Há variações do esquema. As questões abordadas foram moradia, reincidência e desemprego.
A “Good Start” pode ser utilizada como exemplo, uma organização que foi resgatada e agora fornece centenas de centro de educação infantil. O governo pagou aos seus investidores cerca de 12% de retorno.
Segundo o Ministro Morrinson:

“A “Benevolent Society” (organização filantrópica) está em uma parceria com o “Westpac” (banco de investimentos australiano) e o “Commonwealth Bank” (banco do governo) para fortalecer as famílias e reduzir as suas necessidades de assistência social. A “Social Ventures Australia” levantou $7 milhões dos investidores para expandir o programa “New Parent and Infant Network“, conhecido como Newpin. Isso resultou no financiamento de quatro novos centros Newpin.
Os primeiros resultados foram encorajadores, com 66 crianças voltando de centros de adoção para suas famílias. Outras 35 crianças foram mantidas com cuidados completos. Com resultados acima da média, os investidores receberam de retorno 8.9%, o que é ótimo para o primeiro ano de vínculo.
O programa será expandido com a poupança do governo em cerca de $80 milhões. Podemos concordar que esse retorno é muito atrativo para os investimentos. Mas o verdadeiro sucesso desse programa não pode ser medido em dólares”.

Joseph Skrzynski, um filantropista membro do Conselho de Filantropia Australiano, e melhor conhecido no mundo dos negócios como o fundador da “CHAMP Private Equity”, viu a oportunidade de um fundo colaborativo – envolvendo governo e fundos filantrópicos. Mesmo com o Governo Nacional da Australia botando uma fração de 1% no aumento do orçamento para serviços sociais, através dessa abordagem colaborativa pode haver $300 milhões para investimentos juntamente com a filantropia.
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A abordagem discutida não é apenas sobre trazer mais fundos de negócios e investidores para a mesa, mas mudar o modo que o governo e filantropia dão e usam os conceitos comerciais e métricas de melhoria de resultados em assuntos sociais. O futuro não pode ser sobre dar mais, mas também precisa ser sobre dar soluções inteligentes para mudanças sistemáticas em alguns problemas sociais na Austrália e em todo mundo.
Fonte: philanthropy.org.au
Fotos: Destin Sparks

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Como água e óleo?

Fonte: The Fiscal Times
Em julho de 2013 o presidente Obama falou que tomaria medidas para fazer do Governo Federal algo semelhante ao Vale do Silício, ou uma grande empresa de tecnologia. Após uma reunião de gabinete, Obama falou que orientou a sua equipe administrativa para a criação de uma agenda agressiva no seu segundo mandato – uma agenda que entregue um governo mais inteligente e mais inovador para os seus cidadãos.
Especialistas dizem que a chave para se alcançar a excelência nos serviços de governo está no encorajamento dos gestores para a utilização da inovação pelos seus subordinados. Mas os esforços de Obama para modernizar a força de trabalho federal e colocar as pesquisas e performances do governo ao lado do setor privado continuam falhando.
Semana passada, uma agência de pesquisa governamental que mede as atividades e inovações da força de trabalho americana mostrou em um relatório que o quadro geral está caindo pelo quarto ano consecutivo. O estudo feito pela Partnership for Public Service mostrou que o quadro aumentou 4.4 pontos em 2014, totalizando 58.9 pontos de 100 – o menor desde que a pesquisa começou em 2010. Isso coincidiu com o declínio da satisfação dos agentes federais em seus trabalhos, no mesmo período.
Em uma interessante descoberta, os empregados do setor privado avaliaram suas organizações em cerca de 14 pontos a mais que os agentes federais nas áreas de encorajamento e recompensa para a inovação.

“O governo federal é um grande espaço. É importante reconhecer que enquanto os números gerais estão declinando, há algumas importantes atividades nas áreas de inovação tomando lugar e algumas boas experiências. Mas a história geral é claramente desencorajadora. O presidente certamente tem responsabilidade substancial, mas há muita culpa para se discutir”.
Max Stier, presidente da Partneship for Public Service

Líderes da Inovação em Governo

Os cinco maiores departamentos e agências americanos com maiores índices de inovação são a NASA, o Departamento de Estado, o Departamento de Comércio e de Serviços de Saúde e Humanos, e a Força Aérea. Muitas agências aumentaram seus índices de inovação também através de uma liderança forte e boas condições de trabalho. Há uma correlação direta entre uma boa liderança e um ambiente de trabalho bom e produtivo, segundo a Partnership for Public Service.
Aproximadamente dois terços de respondentes no último ano falaram que não há recompensas por criatividade e inovação em suas agências, enquanto 46% reclamou que seus gestores não os encorajavam a criar novas maneiras e métodos de trabalho. Aproximadamente 90% insistem que procuram constantemente por maneiras de fazer o seu trabalho mais eficaz. Stier falou que o Congresso precisa assumir alguma culpa pelo declínio em inovação. Segundo ele, a maioria dos agentes federais entendem que “se você faz algo que não funciona, há uma grande consequência negativa”.
A NASA ganhou um dos maiores índices de inovação entre as maiores agências e departamentos no último ano, alcançando 76.7 de 100. “Por causa dos valores que os líderes da NASA dão à inovação, ela possui uma variedade de programas desenhados para encorajar o pensamento criativo. O Centro de Excelência para a Inovação Colaborativa (Center of Excellence for Collaborative Innovation – CoECI, em inglês) proporciona aos funcionários da NASA uma plataforma virtual interna que permite a colaboração online para a solução de desafios postados pelos seus colegas”, segundo a pesquisa. Além disso, os ganhadores desses desafios recebem prêmios, incluindo itens assinados por astronautas ou um almoço com os seus diretores.

Índice de Inovação (2014) por Departamento dos Estados Unidos

1. NASA 76.7
2. State Dept. 65.9
3. Commerce Dept. 63.9
4. HHS 63.5
5. Air Force 61.8
6. EPA 61.1
7. Navy 60.5
8. Interior Dept. 60.1
9. Office of Secretary of Defense 60.0
10. Justice Dept. 60.0
11. Army 59.5
12. Transportation Dept. 58.7
13. Treasury Dept. 58.2
14. Social Security Admin. 58.1
15. Agriculture Dept 57.7
16. VA 57.7
17.Labor Dept. 56.3
18. Homeland Security 49.4
Fonte: Partnership for Public Service

Inovação em Governo – Brasil

No Brasil as instituições públicas estão cada vez mais fomentando o tema. Especialmente em âmbito executivo federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, realizará, em dezembro, a Semana da da Inovação na Gestão Pública, uma ótima oportunidade para todos os interessados conhecerem mais sobre iniciativas de inovação em governo através de cases (nacionais e internacionais) e oficinas temáticas. Saiba mais >>

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Quatro palestras para se inspirar em Design Thinking

No vocabulário da maioria das pessoas, design significa aparência. É decoração de interiores. É o tecido de cortinas, do sofá. Mas para mim, nada poderia estar tão longe do significado de design. Design é a alma fundamental de uma criação humana, que acaba se expressando em camadas externas sucessivas do produto ou serviço.”
Steve Jobs

Assista as palestras sobre Design Thinking

1. Tim Brown (TEDGlobal 2009)

Tim Brown diz que a profissão de design tem um papel maior a desempenhar do que apenas criações bonitinhas, pequenos objetos da moda. Ele chama para uma mudança para um “design thinking” local, colaborativo e participativo – começando com o exemplo de projeto pensador do século 19, Isambard Kingdom Brunel.
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2. Margaret Gould Stewart (TED2014)

Os botões”Like” e “Compartilhar” do facebook são vistos 22 bilhões de vezes ao dia, tornando-os alguns dos elementos criados de design mais vistos de todos os tempos. Margaret Gould Stewart, diretora de Design de Produtos do Facebook, aponta três regras para um projeto dessa escala. É tão grande que o mais ínfimo dos ajustes podem causar indignação global, mas também tão grande que o mais sutil de melhorias podem impactar positivamente a vida de muitos.
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3. Chip Kidd (TEDSalon NY2015)

O Designer de livros Chip Kidd sabe muito bem quantas vezes nós julgamos as coisas “à primeira vista”. Nesta hilariante e bem-conduzida palestra, ele explica as duas técnicas que os designers usam para se comunicar instantaneamente – clareza e mistério – e quando, por que e como elas funcionam. Ele exalta peças belas e utéis de design, outras um pouco menos, e compartilha o pensamento por trás de algumas de suas próprias peças consagradas.
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4. Tony Fadell (TED2015)

Como seres humanos, nós nos acostumamos com “a forma como as coisas são” muito rápido. Mas para os designers, “a forma como as coisas são” é uma oportunidade… As coisas poderiam ser melhores? Como? Nesta palestra engraçado e animada, o homem por trás do iPod e do “Nest Thermostat”, dá algumas de suas dicas para perceber – e guiar – mudanças.
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Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Assista a palestra de Barry Schwartz no TEDGlobal 2014

Fonte: TED.com.
O que faz um trabalho satisfatório? Além do salário, há valores intangíveis que, Barry Schwartz sugere, e o nosso atual modo de pensar sobre o trabalho simplesmente ignora. É hora de parar de pensar nos trabalhadores como engrenagens de uma roda…

O ilustre antropologista Clifford Geertz disse, anos atrás, que seres humanos são os “animais inacabados”. E o que ele quis dizer foi, que é da natureza humana ter uma natureza humana, a qual é praticamente o produto da sociedade em que as pessoas vivem. Essa natureza humana, ou seja, nossa natureza humana, é muito mais criada do que é descoberta. Nós moldamos a natureza humana moldando as instituições nas quais pessoas vivem e trabalham.


Assista a palestra de Barry Schwartz

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Barry Schwartz

Barry Schwartz estuda a relação entre economia e psicologia, oferecendo insights surpreendentes na vida moderna.

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

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Cabe aos cidadãos, empresários e ONGs a atitude de colaborar com o Governo

Colaborar com o Governo é uma premissa para atuação da WeGov. Para construir as soluções de maior impacto, Governo, Empresários e Cidadãos devem sentar na mesma mesa (somente 2 destes 3 costumam negociar juntos). Essa colaboração exige compromisso de todas as partes, tempo e uma vontade de solucionar algum problema além do auto-interesse. Baseando-se em nossa experiência e conhecimento, levantamos alguns pontos importantes para começar a Colaborar com o Governo.
Continue reading “Formas de Colaborar com o Governo”

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

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Assista a palestra de Heather Brooke no TEDGlobal 2012

Os nossos líderes têm de ser responsabilizados, diz a jornalista Heather Brooke. E ela deve saber o que diz: Brooke denunciou as despesas financeiras do Parlamento Britânico, o que levou ao maior escândalo político em 2009. Ela incita-nos a questionar os líderes utilizando plataformas como a Freedom of Information Requests — e, finalmente, obter algumas respostas.

“Neste momento os nossos direitos são incrivelmente frágeis. Em muitos países encontramos Leis de Segredo do Estado, incluindo aqui na Grã-Bretanha, sem nenhum interesse público. É um crime, as pessoas são punidas, severamente em muitos casos, por publicarem ou proporcionarem informações oficiais. Não seria incrível — sinceramente, é nisto que eu quero que todos vocês pensem — se possuíssemos uma Lei de Revelação Oficial em que os funcionários públicos fossem punidos se fossem acusados de ter suprimido ou ocultado informações consideradas de interesse público?”


Assista a palestra de Heather Brooke

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Heather Brooke

Heather Brooke é jornalista, professora e ativista pela liberdade da informação e democracia. Acesse heatherbrooke.org


Todos juntos contra a corrupção

Dizendo “não” aos corruptos e à corrupção, você ajuda o Ministério Público a combater a impunidade em 21 países.
Chegou a hora de mostrar que não concordamos com nenhum tipo de corrupção. Não importa o tamanho, o autor ou a situação. O papel de quem – como nós – deseja um mundo mais justo é dizer “NÃO” a qualquer ato corrupto. Seja furar uma fila, subornar um guarda ou desviar dinheiro público.
Ciente dos imensos prejuízos provocados pela corrupção, os Ministérios Públicos ibero-americanos se uniram para lançar a campanha #CORRUPÇÃONÃO.

Clique na imagem abaixo para saber mais

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Fonte: TED.com.

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Assista a palestra de Beth Noveck no TEDGlobal 2012

Sugestão de publicação do Coronel BM Luis Haroldo de Mattos do CBMSC
Fonte: TED.com.
O que os governos podem aprender com a revolução dos dados abertos? Nesta palestra comovente, Beth Noveck, antiga vice-CTO da Casa Branca, compartilha sua visão de uma abertura prática – conectando a burocracia ao cidadão, compartilhando dados, criando uma verdadeira democracia participativa. Imagine a “sociedade gravável”…

Daí quando queríamos criar nossas políticas de Governos Aberto, o que fizemos? Queríamos, naturalmente, perguntar aos servidores públicos como deveríamos abrir o governo. Descobrimos que nunca tinham feito isso antes. Queríamos pedir ao público para nos ajudar a montar uma política, não depois da política montada ou da lei escrita, mas com antecedência. Não havia precedente legal, precedente cultural, técnicas para fazer isto. De fato, muitas pessoas nos disseram que era ilegal.


Assista a palestra de Beth Noveck

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Beth Noveck

Advogada por formação e tecnóloga por inclinação, Beth Noveck trabalha para construir transparência de dados para o governo.https://www.whitehouse.gov/open

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

Quatro razões possíveis

“Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar transformações em seu próprio interior.”
DALAI LAMA

Na maioria dos discursos, é quase unânime o apoio à inovação como prática necessária nas organizações. Sabemos que a realidade nas instituições é diferente.

Do mesmo modo que não há bandeiras a favor da corrupção, não costumamos ver bandeiras levantadas contra a inovação, mas na prática nada acontece ou a inovação acaba assumindo papel secundário nos projetos e processos internos.

Ao longo de nosso percurso, observamos e listamos, quatro possíveis razões para recusarem as novas ideias:

1. Falta de conhecimento e competências específicas

Podemos aprender com teorias e diplomas, mas a inovação também inclui prática e repetição, não é simplesmente dizer de uma hora para outra: “Agora sou um inovador, eba!”. É comum, ler livros e fazer cursos EaD, mas não saber por onde começar e o que fazer para inovar. Em casos assim, planos de treinamento que apresentem além das teorias, as práticas, técnicas, ferramentas e abordagens inovadoras podem ajudar a trajetória.

2. Ocupados em atividades que já existem

Discursos do tipo: “não temos tempos”; “já estamos tocando outros projetos”, são comuns aos que recusam a inovação. As pessoas tendem a trabalhar dentro de seus procedimentos burocráticos e por vezes esquecem que esforço não significa necessariamente resultado. Para inovação acontecer é preciso que se criem espaços (não necessariamente físicos) e ambientes significativos, em que todos sintam “o clima” da inovação e abertura para criação. É necessário “esvaziar as xícaras”.

3. Peixes fora d’água

Em alguns casos as pessoas são competentes, o problema é que elas estão em ambiente inadequado. Com o tempo adquirem um modelo mental apático: “aqui não funciona”, “já tentamos antes”. Em casos assim, as ideias e os discursos são bons em prol da inovação, mas a capacidade de realização e mobilização são baixas.

“Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ele vai gastar toda a sua vida acreditando que é estúpido.”

ALBERT EINSTEIN* – *talvez

4. Qualquer inovação, desde que seja a minha

As instituições públicas, institutos, fundações e até empresas privadas, estão andando em círculos e batendo cabeças – pelo simples fato de não interagir, trocar e estarem mais vulneráveis. Cada um quer ter seu próprio laboratório de inovação, seu programa de aceleração e seu time de campeões. Retrabalho, desperdício de recursos e o sufocamento de um dos principais elementos para inovação acontecer; a colaboração verdadeira. O ego é a grande barreira desse ponto.

Conhece outras razões para recusarem a inovação? Compartilhe conosco nos comentários 😉

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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"Ah mas nós já investimos tanto..."

O restaurante era o mais conceituado do Sul da Ilha, dirigimos alguns quilômetros até o local. Chegando lá a fila de espera estava de quase 2 horas. Depois de 30 minutos eu disse à minha esposa: “Vamos embora.” Ela respondeu: “De jeito nenhum dirigimos até aqui e esperamos até agora.”
Tentei explicar que ela caiu na armadilha da falácia do custo irrecuperável. Ela respondeu meio a contragosto: “Você e suas teorias malucas.”

Projetos ruins e sem fim

Participo de inúmeras reuniões de negócios. Alguns projetos nunca cumprem as metas. Perco as contas de quantas decisões são pautadas com a mesma desculpa: “Já investimos tanto tempo / dinheiro nesse projeto que se o interrompermos agora, tudo terá sido em vão.” Projetos, campanhas de marketing, busca por novos clientes, ideias de negócios etc. Todos são vítimas da falácia do custo irrecuperável.

Mas afinal? O que é a falácia de custo irrecuperável?

Toda decisão ocorre em meio a insegurança. Aquilo que imaginamos pode dar certo ou não. É possível deixar a qualquer momento o caminho tomado, por exemplo, interrompendo um projeto e arcando com as consequências. Essa ponderação em meio a insegurança é um comportamento racional.

A falácia de custo irrecuperável nos abocanha quando já investimos, sobretudo, muito tempo, dinheiro, energia, amor etc. O dinheiro investido torna-se uma justificativa para continuar, mesmo quando, do ponto de vista objetivo, não faz sentido nenhum. Quanto maior o investimento, ou seja, quanto maiores forem os “custos irrecuperáveis”, tanto mais forte será a pressão para continuar o projeto. É como se um investidor da bolsa quisesse manter sempre em seu portfólio a ação que mais perdas acumular.

Por que temos esse comportamento irracional? Simples, as pessoas se esforçam para parecer consistentes. Com consistência sinalizamos credibilidade. Para nós, as contradições são socialmente péssimas. É quase um crime mudar de ideia ou posicionamento. Quando decidimos interromper um projeto na metade, geramos uma contradição: reconhecemos que antes pensávamos de maneira diferente da que pensamos hoje. Levar um projeto absurdo adiante protela esse doloroso reconhecimento. Assim, parecemos consistentes por mais tempo.

O efeito Concorde

custo-irrecuperavel

O Concorde foi o exemplo paradigmático de um projeto estatal deficitário. Mesmo tendo reconhecido antecipadamente que a empresa do avião supersônico nunca seria lucrativa, ambos os parceiros, França e Inglaterra, continuaram a investir altas somas – simplesmente para manter as aparências. Desistir seria ao mesmo que ceder. Por isso a falácia de custo irrecuperável é também conhecida como efeito Concorde.

Grandes projetos governamentais sofrem dessa ilusão. É como deixar um defunto ligado em equipamentos médicos.

“Agora que já fomos tão longe…”; “Agora que já estou há dois anos trabalhando nesse projeto…”. Com base nessas frases, você percebe que a falácia de custo irrecuperável já mostrou os dentes em alguma parte do seu cérebro.
Existem muitas boas razões para continuar a investir e dar fim a alguma coisa. Mas existe uma razão ruim: levar em conta o que já foi investido. Decidir racionalmente significa ignorar os custos acumulados. Pouco importa o que você já investiu; a única coisa que conta é o agora e sua estimativa do futuro.
“Desistir de gastar, não é desistir de sonhar.”


Fotos: Stefan Becker

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Um programa para incorporar o Design Thinking no trabalho de servidores do Reino Unido

Texto publicado pelo Design Council, no site Design for Europe, traduzido e publicado aqui com a autorização dos responsáveis.
O governo do Reino Unido reconheceu que os formuladores de políticas públicas deviam começar a fazer as coisas de forma diferente. Seus objetivos: dar aos funcionários públicos uma melhor compreensão das necessidades dos usuários (cidadãos), permitindo-lhes fazer mais com menos, e quebrar as “ilhas” de informação e conhecimento.
O plano de reforma do serviço civil do governo do Reino Unido publicado em 2012, fez um chamado para o Serviço Público tornar-se “mais ágil, mais inovador, menos hierárquico, com foco em resultados, não em processos”. Estabeleceu o desejo do governo de encontrar “novas formas de prestação de serviços” e para criar a políticas “ligadas à execução”.
A abordagem e os métodos de Design Thinking prometem soluções para muitas dessas necessidades, mas a consciência de seus benefícios entre os funcionários públicos do Reino Unido é relativamente baixa (no Brasil também).

“Precisamos de melhores competências, melhor tecnologia e uma mentalidade que gira em torno do usuário, e não do produtor”.
Rt Hon Francis Maude
Ministro do Gabinete do Governo, Governo do Reino Unido

Como o Design Thinking ajudou

O Civil Service Learning (Aprendizagem de Funcionários Públicos): Equipe responsável pela formação profissional dos funcionários públicos, deu carta branca para o Design Council (Conselho de Design) ajudar a aumentar a compreensão dos métodos de Design Thinking no governo.
O resultado foi uma série de oficinas introdutórias aos grupos de funcionários públicos de diferentes departamentos, com destaque especial para especialistas em políticas. Durante as oficinas interativas funcionários públicos foram conduzidos por meio de:
Exemplos de como o design tem sido aplicado para os desafios políticos;
Exemplos de como os princípios de design têm ajudado as organizações do setor público e privado a se transformarem;
Hands-on (mão na massa): trabalho com métodos-chave de design, incluindo protótipos, mapeamento visual e observação do usuário;
Sessões de especialistas sobre a aplicação de princípios de design para o desenvolvimento e implementação de políticas;
Treinamento prático na realização, resultados tangíveis e centradas nas pessoas inovadoras.
As oficinas foram entregues pelo Design Associates do Conselho de Design, uma rede de especialistas em design recrutados e treinados para oferecer programas de treinamento como estes. Os Design Associates são líderes em seu campo com experiência em uma gama de setores, tendo trabalhado para Philips, Tesco e Serviço Nacional de Saúde.

“Sabemos que temos que dar aos funcionários públicos novos tipos de habilidades, a fim de enfrentarem os desafios políticos de hoje. Foi ótimo para nós oferecermos treinamento em Design Thinking pela primeira vez, e como esperado a procura por vagas foi extremamente elevada.”
Tayo Ajibade
Coordenador Profissão Política, Office Home


Resultado:

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As taxas de satisfação foram medidas através de uma pesquisa pós-oficina. As oficinas tiveram uma taxa de satisfação 99-100%, sendo que 100% concordaram ou concordaram fortemente que eles iriam aplicar o projeto em seus trabalhos e políticas.
A medida clara de eficácia só será possível quando passar tempo suficiente para ver se os participantes fizeram uso a longo prazo destes métodos, se passam ou não a aprendizagem para os outros e, em última instância, quanta diferença houve na eficácia das próprias políticas. No entanto, as respostas iniciais indicam fortemente que estas habilidades atendem às necessidades reais em termos de trabalho dos funcionários públicos no dia-a-dia e os objetivos de longo prazo.
Como resultado das oficinas o Conselho de Design foi convidado diretamente para o aperfeiçoamento e formação de outros departamentos governamentais no Reino Unido e internacionais, foi convidado pelo UK Home Office (o departamento responsável pela imigração, segurança e policiamento) para trabalhar com eles em um novo e importante projeto de políticas públicas.

“Eu provavelmente não sabia que o quanto o programa tinha mudado meu pensamento. Demora um tempo para ele infiltrar em todos os aspectos do seu trabalho. Foi a peça mais útil e transformadora de desenvolvimento pessoal que eu participei.”
Tony Roberts
Coordenador Senior de Saúde Pública, Conselho do Condado de Lancashire

Texto publicado pelo Design Council, no site Design for Europe, traduzido e publicado aqui com a autorização dos responsáveis.


Design Thinking no Serviço Público

Nos dias 09 e 10 de julho em Florianópolis (SC), a WeGov realizará a 3ª turma de Design Thinking no Serviço Público – com Alvaro Gregorio. Participe \o/

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Hangout com Felipe van Deursen. Participe nos comentários.


Clique abaixo para assistir

Resumo da Palestra

Como os governantes dos 100 principais países do mundo usam as redes sociais? Da mera propaganda eleitoral à prestação de contas, das selfies despretensiosas a ações de interação criativas, das páginas com milhões de acessos aos perfis abandonados, o uso das redes por esses líderes globais reflete contextos sociopolíticos e digitais bastante variados.

Resumo profissional

Felipe van Deursen, 32 anos, é jornalista. Trabalha na Editora Abril desde 2006, onde passou pelas redações, impressa e digital, de Aventuras na História, VIP e Guia do Estudante. De 2011 a 2015, foi editor da Superinteressante, em que a reportagem “Quantos Likes Esse Presidente Merece?”, que serve de base para esta palestra, foi publicada. Especializou-se em matérias sobre cultura de internet e redes sociais. Atualmente é editor da Mundo Estranho.

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

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Evento aconteceu nos dias 06 e 07 de maio de 2015 em Brasília (DF)

Nos dias 06 e 07 de maio de 2015, 146 pessoas se encontraram no Centro de Convenções Israel Pinheiro em Brasília para a 4º edição do Redes eGov. O evento contou com alto nível dos debates e priorizou a interação e troca de conhecimentos entre os participantes.


Confira o vídeo do evento

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Pessoal, estamos encerrando mais um dia de trabalho por aqui e só posso dizer uma coisa: hoje tudo foi diferente! Brilho no olho que há algum tempo eu não conseguia ter e muita, muita vontade de fazer o novo – e já fazendo – e o melhor! Obrigada Gabi Tamura e André Tamura por esse evento grandioso. Obrigada, colegas, estar com vocês me fez sentir orgulho de ser servidora pública! Espero ano que vem levar mais gente daqui! Bom findi!
Alana Lacerda – Detran/RS

Só tenho a agradecer a ‪#‎WeGov‬ pela oportunidade de conviver com profissionais tão qualificados. MP de vários estados, Tribunais de Contas, Exercito, Presidência da Republica, Prefeituras de varias cidades, servidores públicos que não se deixaram cair na tentação do ‘Dolce far niente’ e estão ai produzindo conteúdo de verdade e sendo verdadeiros agentes transformadores da maneira como nós nos comunicamos. Cada vez mais orgulho de fazer parte disso. Parabéns Gabi Tamura e Andre Tamura, por superar nossas expectativas. Ano que vem o BAC vai estar lá disputando case na votação!
Daniel Puga – PMRJ

Palestras e Painéis Redes eGov

Dia 1


Painel: O Governo como Plataforma

Cristiano Ferri (Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados)Slides >>
Daniele Amaral (Votenaweb)Slides >>
Pedro Prata (Change.org)Slides >>


Como criar uma campanha de 0 a 100

Higor Faria (CSJT)Slides >>


#Dicas de Redes Sociais

Tarso Rocha (Senado)Slides >>


Speed Date Gov

Marcos Giovanella (Prefs de Curitiba)Slides >>


Como transformar o “juridiquês” em engajamento

Patrícia Almeida (CNJ)Slides >>



Dia 2


Inteligência e Monitoramento nas Redes Sociais

Fernando Nakamura (Scup)Slides >>


Branding no Serviço Público e o processo de inovação

Alex Lima (Glóbulo)Slides >>; Vídeo 1


A campanha de prevenção à Aids do Ministério da Saúde

Wesley Santos (Digital Group)Slides >>; Vídeo 1


Painel: Desenvolvimento da Presença Digital do Governo. Como contratar, gerir e manter

Vanessa Aguiar (MPSC)Site MPSC
Roberto Constante (ABRADi) e Wanessa Spiess (ABRADi)Slides >>


Painel: A relação entre Dados Abertos e Comunicação Institucional

Daniel Shim Esashika (Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados)Slides >>
Adilson Silveira (AdeptSys)Prezi >>
Marcus Vinicius (Serpro)Slides >>


O Exército Brasileiro desbravando as redes sociais

Major Paulo Sousa (Exército Brasileiro)15 Paulo Exército; Vídeo >>


Projeto Bem Comum e Pense Bem

Michael Guedes (Prefeitura de Juiz de Fora)Slides >>


Facilitação Gráfica com Lucas Alves da Ideia Clara


Interação e Networking


Mais informações

O álbum de fotos completo você encontra em nosso Flickr. Crédito das fotos: Thiago Sabino e Natália Valarini
Gostou do evento e quer fazer parte da próxima edição? Entre em contato conosco >>
Outras oficinas e eventos relacionados, acesse a nossa agenda >>

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Assista a palestra de Pia Mancini no TEDGlobal 2014

Fonte: TED.com
Pia Mancini e seus colegas querem atualizar a democracia na Argentina e além. Através de sua plataforma de celular, de código aberto, eles querem inserir os cidadãos no processo legislativo e lançar candidatos que vão ouvir o que eles dizem.

“Acho que todos concordamos que caminhamos rumo a um novo modelo de Estado e de sociedade, mas não temos a menor ideia do que isso significa, ou do que deve significar. Parece que precisamos ter um debate sobre democracia nos nossos dias atuais. Vamos pensar assim: somos cidadãos do século 21, fazendo o melhor que podemos para interagirmos com instituições criadas no século 19, baseadas em tecnologia da informação do século 15. Vamos analisar algumas das características desse sistema. Primeiro, ele é projetado para uma tecnologia da informação que tem mais de 500 anos. O melhor sistema possível que poderia ser criado para isso é aquele em que a minoria toma decisões diariamente em nome da maioria. E essa maioria vota uma vez a cada dois anos. Em segundo lugar, os custos de participação nesse sistema são incrivelmente altos. É necessário ter uma boa fortuna e influência, ou devotar sua vida inteira à política. É necessário tornar-se membro de partido e, lentamente, começar a subir, até que, talvez um dia, você consiga sentar-se à mesa em que as decisões são tomadas.”

Pia Mancini – TEDGlobal 2014

Assista a palestra de Pia Mancini

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Pia Mancini

Co-founder of @democracyOS & Partido de la Red – Director The DemocracyOS Foundation. YC15. http://go.ted.com/gnL The X-Lab. Par de una sociedad en red. http://piamancini.com/

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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As transições de governo podem trazer surpresas desagradáveis para comunicação

A cada dois anos acontecem eleições no Brasil. Em 2014 escolhemos o presidente, governadores, deputados e senadores. No próximo ano vamos definir quem serão os novos prefeitos e vereadores.
Desde a disputa de 2012 e especialmente no pleito do ano passado, um elemento especial tornou a troca de gestão ainda mais complexa. A pergunta que surge é: Quem vai cuidar das redes sociais?

O Contexto

Com as mudanças na sociedade e o avanço das tecnologias e ferramentas disponíveis, um departamento de governo em específico sofreu imensa transformação; as secretarias de comunicação.
O setor ganhou de presente a responsabilidade pelo gerenciamento¹, atuação e manutenção das contas em redes sociais das instituições (Facebook, Twitter, Instagram, etc.). Alguns governos inclusive criaram projetos dedicados exclusivamente às novas mídias.
As redes sociais já existiam em 2010, mas não havia tamanha taxa de adesão e disponibilidade de tecnologia como facilitadora de trabalho. As fan pages do Facebook eram pouco comuns antes de 2012. Em 2014 a disputa no meio digital alavancou debates em roda de amigos e dominou as manchetes da imprensa tradicional. Enfim, estar presente e atuante nas redes sociais tornou-se obrigação dos gestores e instituições públicas comprometidos com os cidadãos.
Durante esses anos, alguns trabalhos maravilhosos foram construídos do zero. Com as trocas de gestão, toda dedicação aplicada com competência pode perder-se em poucos cliques. Em um contexto de era da informação, a perda desse trabalho será extremamente prejudicial ao próximo responsável pelo setor e especialmente para nós cidadãos, que também passamos a enxergar esses meios como uma ponte entre sociedade e poder público.

Quem roubou minha senha?

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As redes sociais exigem um login e senha de acesso e esses dados estão sob responsabilidade de uma pessoa, ou de uma equipe (agência) terceirizada. Com a troca de gestão, essa informação pode simplesmente desaparecer, ou pior, ser ocultada propositalmente para nova gestão. Isso certamente provocará indignação e choradeira.
Na diferença sutil entre um trabalho de Estado e outro de Governo, os gestores e suas equipes devem ter maturidade e consciência suficientes para que possibilitem a continuidade dos serviços prestados nos mesmos canais de comunicação. Será uma afronta aos cidadãos caso os trabalhos construídos sejam descartados e tenha que se começar tudo do zero, reinventado a mesma roda com nosso dinheiro.
Prática comum na publicidade, a primeira coisa que o novo governo faz é eliminar qualquer resquício de sucesso de seu antecessor. Certamente, retrabalho e dinheiro no ralo.

Saia com dignidade e deixe seu legado

Pode ser difícil e doloroso ter que abandonar seu filho bonito, mas como diz o senso comum, criamos os filhos para o mundo, não é mesmo?
Servidores públicos de carreira em equipes de comunicação ainda são raros², por isso é importante que esses profissionais tomem medidas que possam facilitar a transição do trabalho, sem que ocorra derramamento de sangue.
Uma transição de governo já é complexa, cabe ao departamento de comunicação facilitar aquilo que está sob sua responsabilidade. Não é utopia ou maravilha do país de Alice, é uma questão puramente ética e profissional.
Mesmo considerando os interesses e divergências políticas, seu trabalho deve ser tratado como um serviço fundamental para os cidadãos.
Imagine um piloto e sua tripulação sabotando o avião para a equipe do próximo voo. Parece surreal, mas infelizmente é praxe em diversas gestões. Em outros segmentos do governo, temos exemplos recentes³ de ótimos trabalhos sendo desperdiçados.

Prepare-se para sair

Crie um documento registrando as atividades do setor de comunicação em relação às redes sociais. Principais dados de acesso (senhas), relatórios de uso, casos expressivos, alguns prints de telas que sejam interessantes, principais números etc.
Registre esse documento na instituição como forma de homologar e validar que tudo foi deixado para o trabalho seguir.
Comunique claramente através das redes, que o trabalho estará “sob nova direção” a partir de determinada data. Lembre-se o cidadão é sempre prioridade.
Nunca, em hipótese alguma, faça algo para dificultar ou prejudicar o trabalho da próxima gestão, pois você possivelmente pode enfrentar a mesma situação, e acho que não iria gostar.

Como nós podemos?

Participe nos comentários dando sugestões de como tornar a transição menos impactante para esse “novo setor”, que agora é parte fundamental da administração pública. Já passou por alguma situação difícil ao iniciar ou deixar um trabalho? Compartilhe conosco.
***
1. Em geral a responsabilidade é da área de comunicação, podendo ter funções divididas / integradas com outros setores como a ouvidoria. O gerenciamento também pode ser totalmente tercerizado para profissionais ou agências de comunicação.
2. Especialmente na comunicação digital do poder executivo.
3. Gabinete Digital do Rio Grande do Sul e Seed de Minas Gerais.

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.

André Tamura
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Promova mudanças através de questionamentos

“Ah não tente mudar, aqui sempre foi assim…”
Você já deve ter ouvido isso (e até dito) quando tentou promover algum tipo de mudança, fazer as coisas diferentes ou emplacar projetos novos. Agora, conheça essa história…

A história dos cinco macacos

Essa história é muito utilizada para descrever uma situação que acontece em muitas instituições. Embora não tenha sido encontrado o registro oficial desse experimento.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=ZAQtwFpkksw&w=720&h=400]

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, jogavam um jato de água fria em todos os macacos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada os outros o pegavam e enchiam de porrada, para que ninguém tomasse o banho de água fria. Depois de um certo tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então substituíram um dos macacos por outro novo.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo macaco foi substituído e o mesma coisa aconteceu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e afinal o ultimo dos veteranos foi substituído.
Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se pudéssemos perguntar aos macacos a razão de estarem apanhando (e batendo) a resposta seria sem dúvida: “Aqui sempre foi assim…”

Faça as boas perguntas

Quando lidamos com questões complexas, como por exemplo comportamento humano, tomada de decisões, escolha de políticas públicas e cultura organizacional, temos grande dificuldade em reconhecer e aceitar a mudança. O ambiente tem uma força que nos obriga a manter o status quo. Para romper essa barreira temos um pergunta poderosa: Por quê?
Subestimamos o poder de perguntar, evitamos parecer ignorantes e temos medo da dúvida ser somente nossa. As perguntas são tão importantes quanto as respostas. Não existirão respostas se não houver questionamentos adequados.

Vai ser sempre assim?

Se você enfrenta uma situação estagnada onde aparentemente não há mudanças, organizar uma boa conversa entre seus pares é um ótimo caminho para que surjam as perguntas certas, e claro, ótimas respostas.

Por André Tamura

Pai e Marido. Fundador e Diretor Executivo da WeGov. Empreendedor entusiasta da inovação no setor público e das transformações sociais. Estudou Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Desde que trabalhou como operário de fábrica no Japão, tem evitado as “linhas de produção”, de produtos, de serviços e de pessoas. Em 2017, foi condecorado com a Medalha do Pacificador do Exército Brasileiro.