Coronel Luis Haroldo faz uma reflexão que vai da internet das coisas ao Robotic Process Automation (RPA).
No meu artigo anterior para a WeGov, chamei a atenção para as coisas que estão monitorando você a todos os momentos. Recentemente, através da identificação facial, vimos diversas prisões e o reconhecimento de pessoa desaparecida nas ruas. Em Florianópolis, como em outras cidades do Brasil, a identificação facial começa a ser utilizada de forma experimental. A automação de vigilância eletrônica, usando o videomonitoramento urbano, está trazendo resultados: substituindo o ser humano na tarefa de vigiar os monitores de vídeo vigilância.
A “coisa do seu lado” está cada vez mais presente, integrada a sistemas de inteligência e a ferramentas de big data. Em alguns casos, já está até integrada com tecnologias de inteligência artificial mais sofisticadas. Logo, falar de internet das coisas é falar de tecnologias de inteligência lendo, armazenando e processando para entrega de valores. Não há como separar “coisas” de inteligência.
Por dentro do Robotic Process Automation (RPA)
Enquanto as tecnologias de inteligência artificial amadurecem para uso exponencial, temos uma tecnologia que não é nova – vem sendo utilizada há muitos anos para automação de processos e tarefas – e voltou a ficar em evidência neste ano, principalmente, pelo amadurecimento tecnológico da sociedade. Vamos da internet das coisas ao Robotic Process Automation (RPA). Seguindo a provocação do artigo anterior, vou chamar esta tecnologia (e esse artigo) de “A coisa no seu lugar”.
RPA são sistemas que substituem você em tarefas repetitivas. Como aplicação disso, podemos automatizar um grande número de processos repetitivos feitos no Programa de Governo sem Papel do Estado de Santa Catarina, como, por exemplo, o recebimento e registro automático em sistemas de notas fiscais e processos eletrônicos.
Implementar software de RPA está longe de ser uma solução de implementação robótica de processos sem a presença humana, mas pode otimizar e tirar o ser humano de tarefas simples e repetitivas. Fazer logins, registrar notas fiscais, informações de planilhas e qualquer outra atividade que não exija análise humana, são os processos indicados para RPA. E pode ser feito, portanto, sem a implementação complexa de software de automação.
No Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina, a fim de entender e ver aplicações destas tecnologias no governo, estamos realizando provas de conceito com RPAs de mercado. As aplicações testadas visam uso em funções administrativas e automação de testes via simulação de usuários robóticos remotos. Essa última função é para análise e identificação de performance e gargalos em redes e sistemas.
A coisa no meu lugar?
Nem toda coisa, neste novo mundo, tem forma de câmeras, drones ou smartphones. Muitos robôs são invisíveis – integrados a plataformas de software ou em serviços de nuvem – e exercerão algum tipo de atividade antes realizada por humanos.
Da internet das coisas ao RPA, essas coisas estão liberando o ser humano das atividades simples e repetitivas, dando a chance para ele reinventar seu trabalho. E aí, você está fazendo o trabalho de robôs?
Photo by Andy Kelly on Unsplash
Interessante esse texto. Parabéns !
Ótimo texto.